Imaginem por um momento. Vocês acordam na manhã do seu casamento, sabendo que estão prestes a se casar com um completo estranho, não por amor, mas por dinheiro, por sobrevivência. Essa é a realidade de Marina Santos, uma jovem mineira que está há poucas horas de trocar sua liberdade pela salvação de sua família.
Mas o que ela não sabe é que este casamento, por conveniência, está prestes a se transformar na maior reviravolta de sua vida. De onde vocês estão assistindo? Comentem aí embaixo sua cidade e não se esqueçam de se inscrever no canal e deixar aquele like para mais histórias emocionantes como esta. O espelho refletia uma versão de Marina Santos que ela mal reconhecia.
O vestido de renda brasileira abraçava seu corpo esguio como uma segunda pele, e o colar de pérolas de sua falecida avó mineira pendia sobre seu colo, tremulando a cada respiração nervosa. Seus dedos gelados traçavam o contorno das joias ancestrais enquanto tentava encontrar coragem para o que estava prestes a fazer. “Você está, linda, filha.
” A voz embargada de seu pai, João Santos, ecuou no pequeno quarto dos fundos da igreja do Rosário. Suas mãos calejadas pelo trabalho na fazenda de café tocaram delicadamente os ombros da filha. Sua mãe estaria orgulhosa. Marina fechou os olhos, tentando conter as lágrimas que ameaçavam borrar a maquiagem cuidadosamente aplicada. “Pai, eu ainda posso?” Não.
João interrompeu com firmeza, mas sua voz carregava uma dor profunda. A fazenda, nossa família, tudo depende disto. Carlos Mendonça é um homem honrado. Ele cumprirá sua palavra. O som do órgão eando pela nave da igreja fez o coração de Marina disparar. Era hora. Ela ajeitou o véu e olhou uma última vez para o reflexo de uma mulher, prestes a se tornar esposa de um homem que conhecera apenas três vezes em reuniões formais de negócio. A caminhada até o altar pareceu uma eternidade.
Os convidados da alta sociedade paulistana observavam com curiosidade mal disfarçada quem era aquela jovem do interior que havia conquistado o coração do empresário mais cobiçado de São Paulo. Se soubessem que não havia conquista alguma, apenas um acordo comercial frio e calculado.
Carlos Mendonça aguardava diante do altar, impecável em seu smoking italiano. Aos 38 anos, ele emanava uma autoridade natural que fazia as pessoas se curvarem automaticamente em sua presença. Seus olhos cinzentos encontraram-os de Marina. E, por um breve momento, ela pensou ter visto algo além da frieza habitual, talvez nervosismo, mas a impressão desapareceu tão rapidamente quanto surgiu.
Aceita Carlos Eduardo Mendonça como legítimo esposo? A voz do padre ecoou pela igreja ornamentada. Marina respirou fundo pensando na fazenda de café que seria executada pelo banco em duas semanas, na dívida de meio milhão que seu pai acumulara tentando salvar a propriedade da família. Aceito as palavras saíram mais firmes do que ela esperava.
Carlos deslizou a aliança de ouro branco em seu dedo anelar, e seus dedos longos tocaram-os dela por alguns segundos a mais do que o necessário. Marina sentiu um arrepio inesperado percorrer sua espinha. pode beijar a noiva. O beijo foi casto, apenas um roçar de lábios que durou segundos. Mas algo na maneira como Carlos segurou gentilmente seu rosto, como seus olhos a estudaram com uma intensidade desconcertante, fez Marina questionar se conhecia realmente o homem com quem acabara de se casar. Os aplausos ecoaram pela igreja enquanto eles caminhavam de braços dados pelo
corredor central. Marina acenou mecanicamente para os convidados, mas sua mente estava em outro lugar. O que a esperava agora? Como seria viver com um estranho? Como seria a noite de nupcias com um homem que havia apenas como uma solução para um problema? Do lado de fora da igreja, Carlos a ajudou a entrar na limousine preta que os aguardava.
Quando as portas se fecharam, envolvendo-os em silêncio e privacidade, ele se virou para ela. Sei que isto não é fácil para você. disse Carlos, sua voz surpreendentemente suave, mas prometo que será respeitada em minha casa. Você terá tudo que precisar. Marina a sentiu incapaz de encontrar palavras.
Através da janela escura, ela observou São Paulo passar como um borrão de luzes e movimento. Em poucas horas, estaria em uma vida completamente nova, longe da simplicidade do interior mineiro. “Para onde estamos indo?”, perguntou. Finalmente. Carlos seguiu seu olhar pela janela. Para casa, nossa casa agora. A palavra nossa ecoou estranhamente em seus ouvidos.
Marina tocou inconscientemente o colar de pérolas da avó, como se pudesse absorver a força das mulheres que vieram antes dela. Ela precisaria dessa força para o que viria a seguir. Mas enquanto observava o perfil sério de Carlos iluminado pelas luzes da cidade, Marina não podia imaginar que em poucos dias o homem ao seu lado se tornaria muito mais do que apenas seu marido de conveniência. A mansão Mendonça se erguia majestosa contra o céu noturno de São Paulo, suas janelas iluminadas criando um padrão geométrico perfeito na fachada moderna.
Marina observou através da janela da limousine, tentando processar que aquela fortaleza de vidro e concreto seria seu novo lar. Os jardins perfeitamente projetados se estendiam como um tapete verde esmeralda até a entrada principal, onde uma fonte de mármore jorrava água cristalina sob a luz de postes elegantes. “É imponente”, murmurou Marina, sua voz perdida na imensidão do que via. Carlos notou sua hesitação.
Era da minha família há três gerações. Meu avô a construiu quando chegou do interior paulista. Ele fez uma pausa, como se compartilhar informações pessoais fosse um território desconhecido. Talvez você se sinta mais em casa, sabendo que também tem raízes rurais. O porteiro, um homem idoso, de aparência distinta, aproximou-se para abrir a porta da limousine.
“Bem-vinda, senora Mendonça”, disse com um sorriso genuíno. “Sou Luís Mordomo da casa há 20 anos, senora Mendonça.” O título soou estranho aos ouvidos de Marina, como uma roupa que não servia direito. Ela acenou timidamente para Luís, que irradiava uma cordialidade que contrastava com a frieza arquitetônica da mansão.
O hall de entrada era uma obra de arte em si, pé direito duplo, escadaria curva de mármore carara e um lustre de cristal que parecia flutuar no ar como uma constelação capturada. Marina sentiu seus sapatos de salto ecoarem contra o piso polido, cada passo ressoando como uma batida de tambor, anunciando sua chegada a um mundo que jamais imaginara pertencer.
A equipe doméstica foi dispensada esta noite”, explicou Carlos, notando como Marina observava tudo com olhos arregalados. “Pensei que seria melhor ter privacidade em nossa primeira noite aqui.” Marina assentiu, gratefulness misturada com nervosismo correndo por suas veias. Carlos guiou-a através de uma sala de estar que poderia facilmente acomodar toda a casa de sua família no interior de Minas, passando por uma sala de jantar formal, onde a mesa de Mógno refletia as chamas de um candelabro de prata.
Esta é a biblioteca”, disse Carlos, empurrando uma porta dupla de carvalho maciço. Marina prendeu a respiração. Prateleiras de livros se estendiam do chão ao teto, criando corredores de conhecimento que pareciam não ter fim. O aroma de couro envelhecido e papel antigo pairava no ar como um perfume intelectual.
Uma lareira de pedra creptava suavemente, lançando sombras dançantes sobre poltronas de leitura, posicionadas estrategicamente. “É magnífica”, sussurrou Marina, aproximando-se instintivamente das estanterias. Seus dedos traçaram as lombadas dos volumes enquanto lia títulos familiares. Machado de Assis, você tem a coleção completa. Carlos parou atrás dela e Marina podia sentir sua presença como uma energia palpável.
Você gosta de literatura? Adoro. Na fazenda eu Marina pausou percebendo que estava prestes a revelar demasiado sobre si mesma para um homem que era praticamente um estranho. Eu leio sempre que posso. Sinta-se à vontade para usar a biblioteca quando quiser. Talvez possamos discutir nossas leituras algum dia. Havia algo diferente no tom de Carlos, menos formal, quase interessado.
Eles continuaram o tour passando por um escritório moderno com vista panorâmica da cidade, uma sala de cinema privativa e, finalmente, chegaram ao segundo andar. O corredor era longo e ornamentado, com quadros de arte contemporânea brasileira que Marina reconheceu de livros de arte que folara na biblioteca municipal de sua cidade natal.
“Este é seu quarto?”, disse Carlos parando diante de uma porta dupla. Marina franziu a testa. “Meu quarto? Pensei que seria mais confortável se tivesse seu próprio espaço. Há um closet completo e um banheiro privativo. Meu quarto fica ao final do corredor. A confusão de Marina deve ter sido evidente em seu rosto, porque Carlos continuou.
Sei que este arranjo é inusual. Não quero que se sinta pressionada a nada. Podemos tomar as coisas devagar. Marina empurrou a porta e entrou em um quarto que era maior que toda a área comum de sua casa na fazenda. A cama kingsise estava coberta com lençóis de linho bege e grandes janelas ofereciam uma vista deslumbrante das luzes de São Paulo.
Um buquê de lírios brancos, sua flor favorita, como Carlos soubera disso, adornava uma mesa lateral. “É lindo”, disse ela, genuinamente tocada pela consideração. “Obrigada por por tornar isto mais fácil”. Carlos ficou na soleira da porta, como se respeitasse uma fronteira invisível. Boa noite, Marina. Se precisar de qualquer coisa, Luís estará disponível através do interfone.
Quando a porta se fechou atrás dele, Marina finalmente permitiu que seus ombros relaxassem. Ela caminhou até a janela e observou a cidade iluminada se estendendo até onde a vista alcançava. Em algum lugar lá embaixo, pessoas viviam suas vidas normais indo para casa após um dia comum de trabalho.
Enquanto isso, ela estava aqui no alto de uma torre de marfim. Casada com um homem que era consideração e mistério em partes iguais, Marina tocou novamente o colar de pérolas da avó. Que conselhos a matriarca da família Santos daria sobre esta situação? Como navegaria estas águas desconhecidas de luxo e formalidade? Quando finalmente se deitou na cama suntuosa, vestindo um camisola de seda que encontrara no closet, já equipado com roupas em seu tamanho exato, Marina se perguntou que outros segredos a mansão Mendonça guardava e, principalmente, que segredos guardava o homem que agora era seu marido. O som
distante de uma porta fechando ecoou pelo corredor, seguido de passos medidos que pausaram brevemente diante de seu quarto antes de continuarem. Marina fechou os olhos tentando não pensar no fato de que Carlos Mendonça estava a apenas alguns metros de distância, provavelmente se perguntando a mesma coisa que ela.
O que fariam com este casamento estranho e esta atração inesperada que parecia estar crescendo entre eles? O café da manhã foi servido na varanda com vista para os jardins. Marina acordara cedo, seus hábitos rurais resistindo ao luxo urbano, e encontrara a mesa já posta com louça de porcelana e um arranjo discreto de flores silvestres que a lembraram do campo.
Carlos estava lendo o jornal financeiro, seus cabelos ainda úmidos do banho matinal, vestindo uma camisa social azul clara que realçava seus olhos acinzentados. “Dormiu bem?”, perguntou ele, dobrando o jornal com um movimento preciso. Sim, obrigada. Marina serviu-se de café, notando como suas mãos tremiam ligeiramente. A proximidade dele a deixava inexplicavelmente nervosa. “A cama é muito confortável.” Ótimo. Carlos pausou como se estivesse calibrando suas próximas palavras.
Tenho uma reunião importante hoje, mas pensei que talvez gostasse de conhecer melhor a casa. Luiz pode fazer um tour completo. Marina assentiu, cortando um pedaço de pão francês fresquinho. Carlos, posso perguntar uma coisa? Ele ergueu uma sobrancelha, gesto que ela estava começando a reconhecer como seu sinal de atenção total. Claro. Por que você aceitou este arranjo? Quero dizer.
Marina hesitou, procurando as palavras certas. Você é rico, bem-sucedido, bonito. Poderia ter qualquer mulher. Porque escolheu casar com alguém que mal conhece para salvar a fazenda de um estranho? A pergunta pairou no ar matinal, como a bruma que se erguia dos jardins regados. Carlos colocou a xícara de café de volta no pir um toque quase inaudível, seus olhos se fixando em algum ponto distante além das árvores.
Talvez porque você seja a primeira pessoa em anos que não quer nada de mim além do acordo que fizemos, disse finalmente. Não há jogos, não há mentiras sobre amor eterno. Não há tentativas de me mudar. Ele a olhou diretamente. Há algo refrescante na honestidade brutal da necessidade. A resposta surpreendeu Marina pela vulnerabilidade inesperada. Por um momento, ela vislumbrou algo além da máscara empresarial.
Talvez solidão, talvez cansaço de relacionamentos interesseiros. E você? Carlos retribuiu a pergunta. Além da óbvia necessidade financeira, porque aceitou casar com um estranho? Marina considerou mentir, dar uma resposta diplomática, mas a honestidade que ele mencionara parecia importante. “Porque tenho medo?”, admitiu.
“Medo de que meu pai morra de desgosto se perder a fazenda. Medo de não ter força suficiente para reconstruir sozinha.” E ela pausou, surpresa com sua própria franqueza. “Medo de que este seja meu único chance de ver o mundo além dos cafezais”. Carlos estudou seu rosto com uma intensidade que fez Marina se sentir exposta, como se ele pudesse ler cada insegurança, cada sonho escondido. É o que você vê agora que está aqui.
Vejo um homem que é mais complexo do que imaginei, respondeu ela sem pensar, depois corou furiosamente ao perceber o que dissera. O silêncio que se seguiu foi carregado de uma tensão diferente, não desconforto, mas uma espécie de reconhecimento mútuo. Carlos se inclinou ligeiramente para a frente, seus olhos nunca deixando-os dela.
“Marina”, disse ele, sua voz mais baixa, mais íntima, “Sobre ontem à noite, agradeço sua paciência com minha consideração. Sei que quartos separados talvez tenham parecido rejeição, mas não pareceu rejeição. Marina o interrompeu rapidamente. Pareceu respeito. Obrigada por isso. Carlos a sentiu, mas ela percebeu algo mais em sua expressão. Talvez arrependimento.
Antes que pudesse analisar melhor, ele se levantou da mesa. Preciso ir. Se precisar de qualquer coisa, Luís sabe me encontrar. Ele pausou ao lado da cadeira dela e, por um momento, Marina pensou que ele tocaria seu ombro, mas ele apenas disse: “Estarei de volta para o jantar”.
Marina passou o dia explorando a mansão com Luís, que se revelou um companheiro encantador e uma fonte inesgotável de histórias sobre a família Mendonça. Ela aprendeu que Carlos assumira os negócios aos 25 anos após a morte prematura dos pais em um acidente de carro, que ele trabalhava 16 horas por dia e raramente tirava férias, que era conhecido por sua integridade nos negócios e sua generosidade discreta com instituições de caridade. “Ele é um homem bom, senhora”, disse Luís enquanto mostravam o jardim de inverno.
Apenas cauteloso com o coração. Noite, Marina se arrumou com mais cuidado do que na manhã anterior, escolhendo um vestido azul marinho simples, mas elegante do closet, misteriosamente bem abastecido. Quando Carlos chegou, ela estava na biblioteca, perdida em um volume de contos de Clarice Lispector.
“Boa escolha”, disse ele da porta, fazendo-a sobressaltar. “Clarice sempre me fascinou”, respondeu Marina, fechando o livro. A forma como ela desseca os sentimentos humanos. O mistério humano está na hora em que você desperta para a vida”, citou Carlos, surpreendendo-a. “Você conhece bem literatura. Meu pai era professor antes de herdar os negócios da família.
Ele me ensinou que um homem sem cultura é apenas um animal bem vestido. Carlos se aproximou e Marina notou que ele havia trocado o terno formal por calças de linho e uma camisa de algodão que o fazia parecer mais jovem, mais acessível. Durante o jantar, a conversa fluiu mais naturalmente do que Marina esperava.
Eles discutiram livros, política, a diferença entre a vida no campo e na cidade. Carlos era inteligente e bem informado, mas também demonstrava uma curiosidade genuína sobre as experiências de Marina, fazendo perguntas detalhadas sobre a vida rural, sobre seus sonhos antes do casamento. Sempre quis viajar, admitiu Marina over sobremesa. Conhecer outros países, outras culturas.
Parece bobo, considerando por ser bobo? Uma garota de fazenda sonhando com Paris. Marina riu, mas havia melancolia no som. Meu pai dizia que sonhos não enchem barriga, nem pagam dívidas. Seu pai estava errado disse Carlos com uma firmeza que a surpreendeu. Sonhos são combustível. Sem eles somos apenas máquinas funcionando. Quando se levantaram da mesa, Carlos hesitou.
Marina, posso posso te mostrar algo? Ele a conduziu de volta à biblioteca, mas desta vez para uma sessão que não haviam explorado pela manhã. Atrás de uma estante móvel, havia uma pequena sala secreta forrada de mapas antigos e fotografias de viagens. Era o escritório particular, explicou Carlos. Ele colecionava relatos de viagens, mapas históricos.
Sempre dizia que conhecer o mundo era a única educação que realmente importava. Marina tocou reverentemente um mapa da Europa do século XVII, seus olhos brilhando com fascínio. É extraordinário. Talvez quando você se sentir mais confortável aqui, possamos planejar algumas viagens”, disse Carlos, sua voz carregada de uma hesitação incaracterística.
Marina se virou para ele, surpresa pela proposta. Eles estavam muito próximos na sala pequena, próximos o suficiente para ela sentir o aroma amadeirado de seu perfume, para notar as pequenas linhas ao redor de seus olhos, que sugeriam mais riso do que ele deixava transparecer publicamente. “Por que está sendo tão gentil comigo?”, sussurrou ela. Carlos ergueu a mão hesitante, tocando levemente uma mecha do cabelo dela que escapara do penteado.
Porque você me faz lembrar que existe beleza no mundo, além de planilhas e contratos? O momento se estendeu entre eles, carregado de possibilidades. Marina sentiu seu coração acelerar, uma atração que ia muito além da gratidão ou conveniência. Carlos se inclinou ligeiramente, seus olhos questionando, pedindo permissão silenciosa.
Mas antes que qualquer um pudesse tomar uma decisão, o telefone de Carlos tocou estridentemente, quebrando o encanto. Ele atendeu com irritação evidente, sua máscara profissional voltando instantaneamente ao lugar. Mendonça, o quê? Agora não, eu Ele olhou para Marina com algo que parecia genuína frustração. Estarei aí em uma hora. Quando desligou, Carlos passou a mão pelos cabelos.
Problema na fábrica de Santos. Preciso ir. Claro! Disse Marina, tentando disfarçar sua própria frustração. Negócios em primeiro lugar. Marina. Carlos começou, mas ela já estava saindo da sala secreta. Boa noite, Carlos. dirija com cuidado. Sozinha novamente em seu quarto luxuoso, Marina se perguntou se havia imaginado o momento na biblioteca, se havia projetado desejos próprios na gentileza dele, mas enquanto se deitava, não conseguia tirar da mente a sensação dos dedos dele em seu cabelo, nem esquecer como ele a olhara, como se ela fosse algo precioso e inesperado. Do
lado de fora, o som de um carro partindo ecoou pela noite, levando embora o homem que estava lentamente, transformando o que deveria ser apenas um acordo comercial em algo muito mais perigoso e real. Nos dias seguintes, Marina estabeleceu uma rotina peculiar na mansão Mendonça. Acordava cedo, tomava café na varanda observando os jardineiros cuidarem das rosas.
passava as manhãs na biblioteca e à tardes explorando São Paulo com um motorista discreto que Carlos insistira em colocar a sua disposição. Era uma vida de luxo dourado, mas pontilhada de solidão e questionamentos. Carlos chegava tarde do escritório, geralmente encontrando apenas um prato coberto e um bilhete de boa noite deixado por Marina.
Eles se cruzavam nos corredores como estranhos educados, trocando cortesias e observações sobre o tempo. Mas Marina começou a notar pequenas mudanças, gestos quase imperceptíveis que sugeriam que ela não era apenas uma inquilina temporária em sua vida. Na quinta-feira pela manhã, ela encontrou uma primeira edição de Dom Casmurro em sua mesa de cabeceira, sem cartão ou explicação.
Na sexta, descobriu que o chefe havia preparado brigadeiros, como Carlos soubera de sua paixão pelo doce mineiro de sua infância. No sábado, ao retornar de uma caminhada pelos jardins, encontrou uma pequena orquídea branca em um vaso de cerâmica artesanal em seu quarto. “Luí”, perguntou ela ao mordomo durante o almoço. “Quem está deixando essas coisas em meu quarto?” O homem idoso sorriu com conhecimento óbvio.
Acredito que o Sr. Carlos esteja tentando demonstrar aço. Apreço. Ele tem observado seus hábitos, senhora, os livros que prefere, os lugares onde passa tempo nos jardins, suas expressões durante as refeições. Luiz serviu mais suco de laranja em seu copo. É um homem de detalhes quando algo lhe interessa verdadeiramente.
Marina sentiu uma borboleta peculiar no estômago. É o que mais ele observou. Que a senhora fica na biblioteca até muito tarde, que prefere ler perto da lareira, que sorri quando vê os beijflores nas Jasmim. Luís fez uma pausa significativa e que tem faltado apetite nos últimos dias. Era verdade.
Marina estava comendo apenas o suficiente para manter as aparências. seu estômago fechado pela tensão constante de viver em um estado de suspensão emocional. Ela estava casada, mas não casada, desejada, mas não tocada, cuidada, mas não amada. Naquela noite, Carlos chegou mais cedo que o usual.
Marina estava na biblioteca, enrolada em um chale de lã, perdida em um romance de Jorge Amado, quando ouviu passos no corredor de mármore. Ela simulou não notar quando ele parou na entrada, observando-a por longos momentos antes de se aproximar. “Está gostando de dona Flor?”, perguntou ele, referindo-se ao livro em suas mãos. Jorge Amado tem uma forma única de capturar as paixões humanas”, respondeu Marina, fechando o livro, mas mantendo o dedo marcando a página.
Seus personagens amam com uma intensidade que é ao mesmo tempo beautiful e destrutiva. Carlos se instalou na poltrona across from her, afrouxando a gravata com um gesto cansado. “E você acredita nesse tipo de paixão? No amor que consome e transforma?”, a pergunta pegou Marina desprevenida. Eles raramente discutiam temas tão pessoais. Não sei respondeu honestamente.
Nunca experimentei algo assim. E você? Pensei que sim. Uma vez. Aos 28 anos, me apaixonei por uma mulher chamada Patrícia, uma paixão avaçaladora, exatamente como Amado descreveria. Carlos olhou para as chamas da lareira e Marina percebeu uma sombra cruzar seu rosto. Descobri dois anos depois que ela estava interessada apenas na minha conta bancária.
Havia apostado com amigas sobre quanto tempo levaria para me convencer a casar. Lamento disse Marina suavemente. A revelação explicava muita coisa sobre a cautela dele, sobre sua preferência por acordos claros, instead of declarações românticas. Não lamente. Aprendi que honestidade brutal é preferível a mentiras doces. Carlos a olhou diretamente. É por isso que aprecia a nossa arranjo.
Você nunca fingiu sentir algo que não sentia. Marina sentiu uma pontada aguda no peito. Se ele soubesse como sua percepção dele estava mudando, como ela se pegava esperando seus retornos do trabalho, como observava através da janela até vê-lo chegar, Carlos, e se E se os sentimentos mudassem? Hypotetically? Como assim? E se One of Us desenvolvesse afeição real? Isso complicaria as coisas? Carlos se levantou abruptamente, caminhando um tilda window que dava para os jardins iluminados. Suas mãos se fecharam em punhos at his sides e Marina
percebeu que ela havia tocado em um nervo sensível. Marina, disse ele finalmente, sua voz controlada. Nosso acordo funciona porque é baseado em necessidades práticas. Sentimentos tornariam everything instável. Mas e se os sentimentos já estivessem lá? insistiu ela, surprised por sua própria coragem.
E se fosse tarde demais para prevention? Carlos se virou para ela então e Marina viu algo raw em seus olhos. Fear, desire, confusion, all mix together. Ele deu dois passos em sua direção, parou, então dois mais. Antil estava standing directly in front of her. Marina, disse ele, sua voz rouca. Você não compreende o que está sugerindo, então me explique.
Carlos beside her chair bringing his face level with her. Significa que esta marriage of convenience se tornaria real. Significa sharing a bad, sharing dreams, sharing disappointments. Significa que você would be stuck with a workolic who doesn’t know how to love properly, quees home late sometimes come home at all. Isso significa que você ficaria stuck com uma farm girl knows how would attend marina voice faltered was rather than attend carlos repeated softly parasua shock was smiling gets excited so old maps he historical travels treats my employees with more kindness than most of my business
associates treat me they were so Close Marina could see the gold flex so’s gry eyes could feel his breath warm so skin. Carlos, you asked what if feelings developed? He said his hand rising to touch her cheek. Truth is, Marina, I think mine already have.
Before she could respond, Ante she could process the implications of his confession, Carlos’s phone rang again. This time, however, Laed at the caller ID and simply turned it off. Tonight, he said firmly, business can wait. Marina’s heart raced as she realized that everything was about to change between them. The careful distance they had maintained, the polite arrangements, the separate bedrooms, all of it was crumbling under the weight of an attraction that had been building since their wedding day.
But as Carlos leaned closer, his lips are penis inches from hers, Marina wondered if they were making a mistake that would transform their practical arrangement into something beautiful. Something catastrophic. A tensão na biblioteca era palpável, thick como a bruma matinal sobre os cafezais de Minas.
Carlos hand ainda rested against Marina’s cheek, his thumb gently tracing the delicate bone structure he had found himself memorizing durante quiet moments when she didn’t know he was watching. The grandfather clock the corner ticked steadily, marking seconds key felt like eternities. Carlos, Marina whispered her voice barely audible a seam of the crackling fire. said tes what you’re saying.
Instead of answering with words, Carlos moved even closer, his other hand finding Su waste. I’ve been certain days our wedding night, he confessed. When you fell asleep the limousine, he looked so peaceful, so trusting. I realized in Tonkey I didn’t want to just protect you. I wanted to deserve that trust. Marina’s breath caught. She had fallen asleep.
She didn’t remember that, but the tenderness his voice quando he spoke about it made her heart flutter unexpectedly. I don’t remember. You were exhausted. The stress, the ceremony, leaving everything familiar behind. Carlos’s fingers moved to tuck a strand of hair behind her ear. I carried V up to your room. He tucked you in.
For the first time in years, Ki, I felt protective of someone besides myself. The vulnerability of his admission quabrew down Marina’s last reserves. Without thinking, she placed her hand over his heart, feeling the steady rhythm through his shirt.
I was terrified, first night, terrified of you of this house of what I had gotten myself into. And now, Marina looked up into his gray eyes, seeing her propried. Now I’m terrified for completely different reasons. Tell me, I’m terrified. This feeling growing inside me is real. Ke not gratitude or relief ke my life was saved something deeper. Her voice gained strength as she continued. I’m terrified might change your mind.
Decide I’m not sophisticated enough per this world you live in. Carlos’s laugh was soft mass filled with surprise. Marina V couldn’t be more wrong. Before she could ask what he meant, Carlos stood e extended his hand para her comigo, there’s something I need para show you. He let her out of the library e through the house, past rooms Ella still hadn’t fully explored.
At they reached his private study unlike the formal elegance of the other rooms, Estace was intensely personal. Family photos, books with worn spines, a Uma desk covered with papers cospoke of long working hours.
Carlos walked to a wall safe Marina hadn’t noticed, hidden behind Uma painting of the San Paulo Skyline. His fingers worked the combination quickly. A pulled out Uma pasta thick with documents. “After our wedding,” he said, “Sitting down no sofa epating the space beside him, I made some changes to my will.” Marina’s blood ran cold. “Your will? Carlos, you don’t have to listen, he interrupted gently.
Three days after we married, I went to my lawyer. If something happens to me, you inherit everything. The house, the company, the properties in six countries. Marina stared at him in shock. But why? Nos agreement was just That’s exactly why. Carlos opened the folder, he showed her the official documents. If this were truly only Uma business arrangement, I would have protected myself with a prenuptial agreement.
I would have limited your inheritance to Uma reasonable sum. He ensured the company stayed family hands. Marina’s hands trembled as she looked at the legal papers. The figures were staggering, more money than she could imagine them several lifetimes. I don’t understand. Don’t you see? Carlos took her hands and his.
From the moment I saw V walking down that aisle, looking terrified, as determined, something shifted inside me. I couldn’t treat you like UMA transaction anymore, but Vos was so formal, so distant those first days. Because I was fighting it, he admitted. I had convinced myself Kovas um luxury I couldn’t afford weakness could be exploited. But he shook his head smiling. You read my books. You treat my staff like family.
intelligent questions about most people just see dollar signs. Marina felt tears welling up her eyes. You noticed all that. I noticed everything about you. Carlos’s voice was tender. How your reading? How you touch your grandmother’s pearls quando you’re nervous. How your whole face lights up quando of us see something beautiful.
You’ve been infiltrating my heart deer day one you was too stubborn to admit it. The confession hung between them transformative terrifying. Marina realized she was at humor crossroads. She could maintain the safe distance they had established or she could step into the unknown territory of real marriage, real intimacy.
“Carlos,” she said finally, “I need you to know something, too.” He waited, his gray eyes patiently encouraging. I used to lie awake at night in my room, listening for Vose to come home. When I heard your car in the driveway, I would feel this relief like something incomplete had finally been made whole. Marina’s voice grew stronger.
I told myself it was just because I was lonely a new place, must now I realized it was more than that. Carlos’s hands tightened on hers. What was it? It was me falling in love with my husband, she whispered. The words seemed to electrify the air between them. Carlos brought her hands to his lips, kissing her knuckles gently. Marina Santos Mendona, he said for would you like to start our marriage over this time for all the right reasons? Marina laughed, tears streaming down her face.
I thought you’d never ask. When Carlos kissed her then, it wasn’t the chased peck they had shared at the altar. This was Uma kiss full of promise a hope of admissions finally spoken a fears finally conquered. Marina felt herself melting into his embrace her hands tangling his hair her heart racing with the knowledge everything had changed between them.
But as they broke apart both breathing heavily Uma thought occurred to Marina K made her stomach clench with uncertainty. Carlos, there’s something I need to tell you. Something about our wedding night. About me? Carlos studied her face, seeing the nervousness that had returned. Whatever it is, Vossa can tell me anything. Marina took Uma deep breath, knowing that total honesty was the only way forward.
I need V to know when we make this marriage real, it will be my first time with anyone. The admission hung the air between them, vulnerable and terrifying. Marina watched Carlos’s face carefully, searching for any sign of shock or disappointment. What she found instead was something key took her breath away.
Tenderness so profound it made her heartche. But before Carlos could respond, the sound of Uma car door slamming echoed from the front of the house, followed by urgent voices. M the F. Carlos frowned, checking his watch. “We’re not expecting anyone,” he said, standingly walking to the window. His face darkened as he looked outside.
“Merida, it’s Carla, your sister. She’s supposed to be in Paris for another month. Carlos turned back to Marina, frustration clear his expression. Her timing is problematic. The sound of high heels clicking determinedly across marble floors grew closer. A marina felt her moment of perfect happiness slipping away.
Whoever Carla Mendon was, her unexpected arrival was about to complicate everything. Carlos came Uma voice from the hallway cultured a sharp. We need to talk now. Marina watched her husband’s jaw tighten. If she realized their conversation, they everything that might have followed would have to wait. But she had seen something in his eyes quando she made her confession. Something gave her hope.
Kand they finally had privacy again. Carlos would handle her inexperience with the same gentle care he had shown her since their wedding day. The question was what did his sister want? Why did Carlos look like he was preparing for Uma battle? Carla Mendon entered the study like Uma Tempest in designer clothing tall elegant with the same gre eyes Carlos Mass aura of sophistication seemed to crackle with barely contained energy she surveyed the scene before her Carlos Aarina sitting close together no sofa papers scattered around them the obvious intimacy of Uma interrupted moment I see
I’m interrupting something Carla said her voice carrying hint of amusement something else Marina couldn’t identify Carlos stood immediately his posture shifting into what Marina was beginning to recogniz his defensive business mode carla you said wouldn’t be back until next month plans change.
Carla’s eyes fixed on Marina with curious intensity and Vos must be the famous Marina Santos who has had all of San Paulo Society buzzing for weeks. Marina rose somewhat awkwardly, suddenly self-conscious about her simple dress, a casual appearance compared to Carla’s obvious old coutura. It’s nice to meet you, Carla. Mendoncera, Carla corrected with Uma’s smile didn’t quite reach her eyes.
Carla Mendona, we may be family now, must I haven quite adjusted to the idea of sharing my brother with Uma complete stranger? Carla, Carlos’s voice carried Uma warning. Relax, Carlos. I’m not here to cause problems. Carla moved to the window, looking out at the illuminated gardens.
Actually, I bring news might interest you both. Marina felt Carlos tense beside her. What kind of news? Carla turned back to them. A Marina noticed she was carrying Uma thick envelope. I’ve been in Paris on business, come, you know, but I also took some time to investigate our new family members background. Marina’s blood ran cold. You investigated me. Don’t take it personally, Kida.
When someone marries into the Mendoncer family, especially under such unusual circumstances due diligence is required, Carla opened the envelope E pulled out several documents. The results were quite illuminating. Carlos stepped forward, his face dark with anger.
What the hell did you do, Carla? I discovered why Marina Santos was so eager param dear brother Carla’s smile was shar blade and it has nothing to do with saving the family farm marina felt the room spinning around her I don’t know what you think you found oh but I do know held up document this is uma medical report from the clinicos dealdus dated three days before your wedding career explain why needed uma pregnancy test marina the words hit Marina like Uma physical blow. She had completely forgotten about that day. The strange nauseia that had been plaging her for um
week, the missed period she had attributed to stress, the quick trip to the local clinic para rule out the impossible. “The test was negative,” Marina said weekly, but even as the words left her mouth, she realized how damming the situation looked. “Was it Carla’s eyebrows rose elegantly, or did V simply wait until after the wedding para announced the happy news? Carlos was staring at Marina with um expression of confusion, a growing alarm.
Marina, what is she talking about? I can explain. Marina started. Her voice sounded guilty even to her proprier ears. Can you? Carla continued relentlessly. Because I find it fascinating, Kuma Virgin. Yes, I heard your little confession through the door would need um a pregnancy test. Unless of course you’re not as innocent, you pretend.
That’s enough, Carlos said sharply, but Marina could see doubt creeping into his eyes. Marina felt everything falling apart around her. The beautiful moment they had shared, the confessions of love, the hope for Uma real marriage, all of it crumbling under the weight of circumstances suspicion. I was late, Marina said desperately.
I was stressed about the wedding, about leaving home, I was late. My friend convinced me paraekum test just to be sure, mus it was negative. I swear you Carlos I have never been with anyone then explain this Carla said producing another document um from doctor Rodriguez inos dealdus for prenatal consultation dated him a week after your wedding marina’s confusion must have shown on her face because Carlos steed forward Marina did you see Uma doctor after our wedding no I I don’t understand Marina reached for the paper
studing it carefully this isn’t signature. I never saw Dr. Rodriguez for prenatal anything. I don’t even know who he is. Carla was watching Marina’s face carefully. Is something her expression shifted. You genuinely don’t know anything about this, do you? No about what? Marina’s voice was rising with panic.
Carla, I don’t know what you’re trying to approve, must I have never been pregnant. I have never been with um man. I don’t understand these documents. Carlos took the papers from Marina’s hands, studying them with the sharp eye of Uma businessman accustomed paradetecting fraud. After Uma long moment, he looked up at his sister. These are fake. What? The signature is wrong.
The clinic letter head is slightly off and the doctor’s license number doesn’t match the one registered with the medical board. Carlos’s voice was cold. Who gave these to you, Carla? Carla’s confidence faulted for the first time since she had entered the room. I um a private investigator in Saulo. He said he was thorough, had contacts. He was paid paracreate evidence of infidelity, Carlos said grimly.
The question is who paid him? Before anyone could answer, Marina suddenly doubled over. Uma wave of nauseia hitting her so hard she had para sit down immediately. I don’t feel well, she gasped. Carlos was beside her instantly, his hand on her forehead. You’re pale, what’s wrong? Just nauseated.
It’s been happening for um a few days. Marina tried par stand. He found her legs unsteady. Maybe the stress of all this. Carla moved forward, her expression shifting from suspicion par concern. Marina, when did the nause start? I don’t know maybe a week ago. It comes waves usually in the morning. Carlos Carlo exchanged a look Marina couldn’t interpret.
Marina, Carlos said carefully, when was your last period? The question struck Marina like lightning. She had been so caught up her new life the luxury confusion of her marriage she hadn’t been paying attention her body’s natural rhythms du casamento. It was irregular because of the stress must her voice trailed off as realization dawned.
How long before the wedding? Carla asked gently. Marina counted backwards her heart beginning para race. Seven weeks maybe eight. The silence the room was deafening. Carlos was staring at her with um mixture of shock is something else. Hope, fear. Marina couldn’t tell. That’s impossible, Marina whispered. I mean, we haven’t.
You said yourself I’m um Virgin Berth, Carla suggested dry, but her tone had lost its earlier sharpness. Carlos was already reaching for his phone. I’m calling Dr. Olivera. He can come here tonight discreetly. Carlos, this is crazy. Marina protested. I can’t be pregnant. We haven’t even. But even as she said the words, Marina was thinking about the fatigue she had been experiencing, the food versions she had attributed parahomesickness, the emotional sensitivity had seemed excessive even for her situation. There’s only one way para find out,
Carlos said, dialing the number. Dr. Olivera this is Carlos Mendon. I need per the house tonight. It’s urgent. As Carlos made arrangements for the doctor’s visit, Marina sat him stunned silence, one hand unconsciously moving Para her abdomen. If she was pregnant, the very thought seemed absurd, then the implications were staggering.
But how could she be carrying Carlos’s child they had never been intimate? The answer of that question would change everything between them. A marina wasn’t sure if the change would be Uma blessing or UMA disaster. Carla sat down beside her. her earlier hostility replaced by genuine concern. Marina, I oversee um apology. Someone was clearly trying para make look bad. I fell for it.
Marina nodded absently, her mind racing. If I’m pregnant, she said softly, then everything changes, doesn’t it? Carlos finished his phone call. He turned back par Olivera will be here an hour. He knelt beside Marina’s chair, taking her hands. Whatever the test shows, we face it together.
Marina looked into his gray eyes, seeing the sincerity there, but she couldn’t shake the feeling K positive pregnancy test would raise questions would destroy the fragile trust they had been building. How could she be pregnant by UMA man she had never made to? And more importantly, would Carlos believe her quando the impossible became reality? Dr.
Olivera arrived within the hour carrying Uma discreete medical bag e wearing the expression of Uma man accustomed para handling delicate family situations. Marina had heard enough about him from Louise Paranoki he had been the Mendon family physician for over duers decades. He was known for his discretion as much as his medical expertise. Carlos he said shaking hands with his long patient and must be Marina.
I apologized for the unusual circumstances of our meeting. Marina nodded nervously. Her hands twisted together in her lap. Carlos had insisted they conduct the examination in one of the guest suites had been converted into UMA’s small medical facility for emergencies. Apparently UMA common feature the homes of wealthy families. Now then, Dr.
Olivera said, settling into Uma chair across from the couple. Carlos told me over the phone might be pregnant there seem some complications with the timing. Marina felt her cheeks burn. We haven that is our marriage has been platonic. Carlos finished diplomatically until very recently relationship was purely um arrangement of convenience. Dr. Olivera nodded without judgment. I see.
And when was your last menstrual cycle, Marina? about seven or eight weeks ago, but I took Uma home pregnancy test just before the wedding. It was negative. Home tests aren’t always accurate, especially when taken very early. Doctor Olivera opened his bag. He pulled out UMA small collection of medical supplies.
If Vos permit me, I’d like parake UMA blood sample. Blood tests are much moreiable. He can detect pregnancy earlier than urine tests. Marinaed, extending her arm. The needle pinch was minor compared par of the anxiety coursing through her veins. Dr. Olivera worked efficiently, filling Uma’s small viile with her blood.
“This will take about 15 minutes par process,” he said, labeling the vi E placing it a portable testing device he had brought. “While we wait, may I ask about symptoms? nauseia, fatig breast tenderness all of the above. Marina admitted but I attributed it paress from the major life changes. Understandable many women do. Dr. Olivera turned para Carlos.
Carlos, if don’t mind me asking, have you had any recent fertility issues or concerns? Carlos shifted uncomfortably. Actually, yes. I had um vectomy eight years ago. The doctor’s eyebrows rose significantly. A ver, and haven’t had it reversed. No, I was quite certain I never wanted children. Carlos glanced at Marina. That perspective has changed recently. Dr. Olivera made um note in his chart. I see.
Well, if Marina is pregnant, K would certainly complicate the paternity question. Marina felt her heart sink. Doctor, I swear para you I have never been with anyone else if I’m pregnant. She trailed off, realizing how impossible her situation sounded. “Let’s wait for the test results before we jump para conclusions,” Dr. Olivera said kindly.
There are occasionally medical explanations for seemingly impossible situations. The 15 minutes stretched like hours. Carlos paced the room while Marina sat rigidly a chair. Ala hovered near the window unusually quiet since her earlier accusations had been proven false. The tension was thick enough paracut with Uma knife. Finally, the testing device beeped. Dr. Olivera checked the results, then looked at the read out again with UMa frown.
Well, he said slowly are definitely pregnant Marina. About six weeks along, I would estimate. Marina’s world tilted. Even though she had suspected, hearing the confirmation was shocking. “Six weeks,” she repeated numly, which would conception at approximately Dr. Olivera consulted Uma calendar. “The of your wedding.” Carlos stopped pacing.
“Your wedding night, but we didn’t.” Marina’s voice was barely Uma whisper. Dr. Olivera was studing Carlos with Uma peculiar expression. Carlos, I need para ask something important. When Vose had your did V follow up with sperm count testingo recommended? I had one test six months later. It showed no sperm present. And since then, any additional testing? Carlos shook his head.
I saw no need. I was told the procedure was permanent. Dr. Olivera set down his chart E regarded Clo seriously there’s something I need paraxlain m rare cases very rare less than 1% can spontaneously reverse themselves through UMA process called recanalyzation what does that mean Marina asked it means the vast deference which were cut during the vctomy can sometimes grow back together allowing sperm para reach the seamon again Dr. turned para Carlos.
Given that Marina is pregnant, you’ve both confirmed that intercourse occurred only on your wedding night. I believe may have experienced duma spontaneous reversal. The room fell completely silent. Marina stared at Dr. Olivera then at Carlos, trying parrocess what she was hearing. You’re saying that Carlos could be the father even though he had umectomy? I’m saying it’s the only medical explanation fits the facts. Spontaneous recalization occurs roughly 0.2% ofctomy cases.
It’s extraordinarily rare, must not impossible. Carlos sank into um chair, looking stunned. But we only I mean it was just once. Once is all it takes, especially if the timing coincides with ovulation. Dr. Olivera smiled slightly. Some might call it Uma miracle. Medically speaking, Marina felt tears beginning para well up her eyes.
A miracle, she repeated softly. There’s one way para confirm paternity definitively. Dr. Olivera continued. We can do non-invasive prenatal testing at around eight weeks. But given the timeline of the medical circumstances, I’m quite confident K. Carlos is the father.
Carla, who had been silent throughout the examination finally spoke. This is extraordinary. The odds of this happening are astronomical. Dr. Olivera agreed. In 40 years of practice, I’ve seen maybe cases of spontaneous recanalyation to have it result in pregnancy on the first sexual encounter. He shook his head amazement. As I said, some might call it Uma miracle.
Marina looked at Carlos, who was still processing the news. Carlos, are you how do you feel about this? Carlos met her eyes e slowly. Uma’s smile began para spread across his face. I feel like the luckiest man alive, he said quietly. Six months ago, I thought I would never be Uma’s father. And now he moved Paranil beside her chair.
Now I’m going father with the woman I love. Marina started para cry in tears of relief joy overwhelming emotion I was so scared V wouldn’t believe me. I believe you Carlo said taking her hands. I believe you am us. He apparently am miracles. Dr. Olivera began packing up his equipment. I’ll want Para my office next week a proper prenatal care marina and Carlos, I recommend V come aim for follow testing confirm the recalization as the doctor prepared para leave he paused at the door conratulations para both of you this child will be truly a miracle baby. After Dr. Olivera departed the three of
them satuned silence for several minutes. Finally Carla spoke. said with small laugh this certainly wasn’t how I expected tonight Parago. I came here para expose Marina Uma frud instead I witnessed Uma medical miracle Carlos was still holding Marina’s hands his thumb tracing circles on her skin.
“Six weeks,” he said wonderingly, “We’re going para Uma baby about seven months.” “Are you happy?” Marina asked uncertainly. “I know this changes everything.” “Happy?” Carlos pulled her into his arms. Marina, I’ve spent the last eight years convinced I would never have Uma family. Never experience this kind of joy.
And now with you, he kissed her forehead tenderly. I’ve never been happier in my entire life. Marina melted into his embrace, feeling the last of her fears dissolving. But as she rested against Carlos’s chest, listening para his steady heartbeat, Uma’s small voice and the back of her mind wondered if their happiness was too perfect, to complete.
Em her experience, when things seemed too good, para be true, they usually were, and unknown para any of them, someone else had been listening para their conversation from the shadows outside the window. Someone who would soon use this miraculous news para devastating effect. Três semanas se passaram desde a confirmação da gravidez e a mansão Mendonça havia se transformado em um santuário de felicidade doméstica.
Carlos cancelara duas viagens de negócios para ficar mais tempo com Marina. Algo que surpreendeu até mesmo Luiz, que conhecia seu patrão há duas décadas. Todas as manhãs, Carlos trazia café da manhã para Marina na cama, cuidando dela durante os episódios de enjoo matinal, com uma ternura que derretia todas as suas defesas.
“Você vai me mimar demais”, murmurou Marina, recostada contra as almofadas, enquanto Carlos ajeitava uma bandeja com torradas secas e chá de gengibre sobre suas pernas. “É impossível mimar a mãe do meu filho”, respondeu ele, beijando suavemente sua testa. Além disso, Dr. Oliveira disse que esses cuidados são essenciais no primeiro trimestre.
Marina sorriu observando como Carlos havia se dedicado inteiramente à preparação para a paternidade. Ele havia comprado uma pequena biblioteca de livros sobre gravidez e desenvolvimento infantil, estudando cada página com a mesma intensidade que dedicava aos contratos empresariais. era tocante e engraçador ao mesmo tempo. “O que você está lendo hoje?”, perguntou ela, anotando um livro espesso em sua mesa de cabeceira.
O desenvolvimento emocional do bebê nos primeiros 1 dias, respondeu Carlos sem constrangimento. “Sabia que as conexões neurais se formam numa velocidade incrível durante a gestação? Cada experiência que você tem agora pode influenciar nosso filho. Marina estendeu a mão para tocar seu rosto.
Carlos Mendonça, você vai ser um pai maravilhoso. Espero que sim. Quero ser tudo que meu pai não foi. A sombra que cruzou seus olhos foi rápida, mas Marina a capturou. Você nunca fala sobre ele. Carlos hesitou, então se sentou na borda da cama. Ele era um homem difícil, brilhante nos negócios, mas emocionalmente ausente.
Eu cresci acreditando que demonstrações de afeto eram sinais de fraqueza. E agora? Agora sei que a força real está em ser vulnerável com as pessoas que amamos. Carlos tomou sua mão. Nosso filho vai crescer sabendo que é amado incondicionalmente. O momento íntimo foi interrompido pelo som do interfone. Carlos franziu a testa.
Era domingo de manhã e eles não esperavam visitas. Senr. Carlos veio a voz de Luís pelo sistema. A senhorita Mercedes Valdez está aqui. Diz que é urgente. Marina sentiu Carlos se enrijecer ao lado dela. Mercedes? Sussurrou ela. Quem é Mercedes? Carlos já estava se levantando, sua expressão mudando para algo que Marina não conseguia decifrar.
Uma conhecida de negócios. Não sei o que ela quer aqui. Carlos a voz de Marina o fez parar na porta. Você está bem? Você parece Estou bem. Provavelmente é algo relacionado ao trabalho. Mas a maneira como ele evitou seu olhar contradisse suas palavras. Fico só uns minutos.
Marina observou o sair, uma sensação incômoda se instalando em seu estômago. Havia algo na maneira como Carlos reagira ao nome Mercedes, que não parecia profissional. E por que uma conhecida de negócios viria à mansão num domingo de manhã? Incapaz de resistir à curiosidade, Marina se levantou cuidadosamente e caminhou até a janela que dava para o jardim frontal.
Lá embaixo, próximo à fonte, ela viu uma mulher espetacular, alta, morena, usando um vestido vermelho que custava provavelmente mais que a renda anual da fazenda de café de sua família. Mercedes Valdez era deslumbrante no estilo que Marina jamais poderia alcançar, mesmo com todo o dinheiro do mundo. E a maneira como ela olhava para Carlos quando ele se aproximou.
Marina sentiu um nó no estômago que não tinha nada a ver com a gravidez. Do jardim. As vozes chegavam apenas como murmúrios indistintos, mas a linguagem corporal falava volumes. Mercedes gesticulava dramaticamente, aproximando-se de Carlos de uma forma íntima demais para conhecidos de negócios.
E quando ela colocou a mão no braço dele, Marina se afastou da janela, seu coração disparando. Estava sendo paranoica. Carlos tinha sido completamente honesto sobre seu passado romântico, mencionando Patrícia e algumas outras relacionamentos fracassados, mas ele nunca havia mencionado Mercedes Valdés. 20 minutos se passaram antes de Carlos retornar ao quarto. Sua expressão estava cuidadosamente controlada, mas Marina percebeu a tensão em seus ombros.
“Como foi a reunião?”, perguntou ela, tentando soar casual. Apenas alguns assuntos pendentes da exportação para a Argentina. Carlos começou a se arrumar para sair. Preciso ir ao escritório por algumas horas. No domingo, negócios internacionais não respeitam fins de semana. Ele beijou sua bochecha rapidamente. Descanse e cuide-se.
Depois que Carlos saiu, Marina não conseguiu se concentrar em nada. Tentou ler, mas as palavras se embaralhavam. tentou assistir televisão, mas sua mente continuava voltando para a imagem de Mercedes Valdés, tocando o braço de seu marido. Foi quando decidiu fazer algo que jamais havia feito antes, usar a internet para investigar. No escritório de Carlos, Marina abriu seu laptop e digitou: “Mercedes Valdez Argentina”.
Os resultados a atingiram como uma bofetada. Mercedes Valdés, herdeira de um império têxtil argentino, socialite internacional, ex-noiva de Carlos Eduardo Mendonça. Ex-noiva. Com mãos trêmulas, Marina clicou em artigo após artigo fotos de Carlos e Mercedes em galas beneficentes, em jantares empresariais, em um IAT na Costa del Sol.
Eles pareciam perfeitamente adequados. Dois magnatas lindos e poderosos, dominando tanto os negócios quanto as páginas sociais. O artigo mais recente era de se meses atrás. Mercedes Valdez retorna a Buenos Aires, após término com empresário brasileiro. A matéria especulava sobre os motivos da separação, mencionando que os dois haviam estado praticamente noivos antes do relacionamento terminar abruptamente. Marina sentiu náusea que não tinha nada a ver com a gravidez.
Carlos havia terminado com Mercedes seis meses atrás, exatamente quando começou as negociações para se casar com ela. Seria apenas coincidência. O som de uma porta batendo ecoou pela casa, seguido de passos rápidos no corredor de mármore. Marina fechou rapidamente o laptop, mas não foi rápida o suficiente para voltar ao quarto antes de Carla aparecer na porta do escritório.
“Fazendo pesquisas interessantes?”, perguntou Carla, observando Marina com uma expressão indecifrável. Eu estava apenas descobrindo sobre Mercedes. Carla entrou no escritório e fechou a porta atrás de si. Era inevitável que você descobrisse eventualmente. Marina sentiu as pernas fracas. Carla, o que você sabe sobre ela? Carla se aproximou, sua expressão mais séria que Marina já havia visto.
Sei que ela e Carlos estiveram juntos por dois anos. Sei que toda a sociedade paulistana esperava que eles se casassem. E sei que ela desapareceu repentinamente quando Carlos anunciou que estava se casando com você. Desapareceu? voltou para Buenos Aires sem explicação. Até hoje não sabemos porque eles terminaram. Carla fez uma pausa significativa, mas agora ela está de volta.
Marina se apoiou na mesa, tentando processar as informações. Por que Carlos nunca me contou sobre ela? Talvez porque não quisesse que você soubesse que se casou com uma desconhecida do interior, logo depois de terminar com a mulher que toda São Paulo achava que seria sua esposa. A voz de Carla era gentil, mas as palavras cortaram como lâminas.
Você acha que Marina não conseguiu terminar a pergunta? Acho que meu irmão é complicado, Marina. E acho que Mercedes Valdés não veio aqui num domingo de manhã para discutir exportações para a Argentina. Antes que Marina pudesse responder, o som de um carro voltando ecoou pelo pátio. Carla olhou pela janela e seu rosto se endureceu. Ela voltou com ele.
Marina correu para a janela e viu Carlos descendo de seu Mercedes com Mercedes Valdés saindo do lado do passageiro. Eles estavam conversando intensamente e quando Mercedes riu de algo que Carlos disse, colocando a mão em seu peito num gesto familiar, Marina sentiu seu mundo desmoronar. Marina, disse Carla suavemente. Acho que precisamos conversar sobre algumas coisas que você não sabe sobre meu irmão e sobre por Mercedes Valdez escolheu exatamente agora para voltar à vida dele.
Marina observou seu marido subir as escadas com outra mulher, uma mulher que claramente conhecia cada sorriso, cada gesto, cada expressão dele de uma forma que ela ainda estava aprendendo. E pela primeira vez desde que descobrira estar grávida, Marina se perguntou se o milagre médico havia sido apenas o primeiro ato de uma tragédia que estava apenas começando.
A sala de estar principal da mansão Mendonça nunca havia parecido tão grande e intimidante. Marina se sentou rigidamente no sofá de couro italiano, observando Carlos apresentar Mercedes como se ela fosse apenas uma conhecida de negócios, visitando para uma reunião casual de domingo.
Mas a intimidade entre eles era óbvia demais para ser ignorada. A maneira como Mercedes conhecia cada canto da casa, como se servia de água sem perguntar, como olhava para Carlos com uma familiaridade que fazia o estômago de Marina se revirar. Marina, disse Carlos, sua voz estranhamente formal. Mercedes tem uma proposta de negócios que pode interessar a empresa.
Mercedes sorriu, um sorriso perfeitamente calibrado que não chegou aos seus olhos escuros. Era uma mulher deslumbrante. Marina tinha que admitir isso. Com o tipo de sofisticação internacional que vinha de berço e educação nos melhores colégios europeus. É um prazer finalmente conhecê-la, Marina”, disse Mercedes em português perfeito, com um leve sotaque argentino que soava exótico. “Carlos me falou muito sobre você.
Engraçado”, respondeu Marina, encontrando coragem que não sabia possuir. “Ele nunca me falou sobre você. O silêncio que se seguiu foi tenso. Carlos lançou um olhar de advertência para Marina, o que apenas intensificou sua irritação. Carla, que havia se juntado ao grupo, observava a dinâmica com interesse óbvio. “Bem”, disse Mercedes, aparentemente imperturbável.
Carlos sempre foi discreto sobre sua vida pessoal. é uma de suas qualidades mais admiráveis, entre outras”, murmurou Carla, ganhando outro olhar severo do irmão. Mercedes continuou como se não houvesse tensão na sala. Estava contando ao Carlos sobre uma oportunidade de expandir os negócios da família para a América do Sul.
Meu pai está interessado em uma parceria estratégica que poderia ser muito lucrativa. Marina observou Carlos durante a explicação, notando como ele evitava seu olhar. Havia algo errado com a história toda. Mercedes não havia voado de Buenos Aires num domingo apenas para discutir negócios.
Que tipo de parceria? Perguntou Marina, decidindo participar da conversa. Têteis de luxo. A família Valdez controla uma das maiores operações de Cashimir da América do Sul. Com a rede de distribuição de Carlos, Mercedes gesticulou elegantemente. Seria uma combinação perfeita, como você e Carlos costumavam ser. A pergunta escapou antes que Marina pudesse se censurar. O ar na sala se tornou eletrificado.
Carlos se levantou abruptamente. Marina, posso falar com você em particular? Na verdade, disse Mercedes antes que Marina pudesse responder. Talvez seja melhor colocar as cartas na mesa. Marina tem direito de saber porque estou realmente aqui. Carlos se virou para ela com uma expressão de alarme. Mercedes. Não, Carlos querido. Mercedes se levantou, caminhando até ficar próxima demais dele.
Segredos entre casais nunca terminam bem. Eu deveria saber. Marina sentiu seu coração acelerar. Que segredos? Mercedes olhou diretamente para ela. O segredo de que Carlos e eu terminamos nosso relacionamento apenas depois que ele precisou se casar urgentemente com outra pessoa para cumprir os termos do testamento de seu avô. O mundo de Marina parou.
O quê? O avô de Carlos deixou uma cláusula muito específica em seu testamento, continuou Mercedes implacavelmente. Carlos deve estar casado antes de completar 40 anos ou perde o controle da empresa para Carla. Marina olhou para Carlos, esperando uma negação veemente. Em vez disso, viu confirmação em seu rosto pálido.
Carlos, isso é verdade, Marina, posso explicar? É verdade ou não? A voz de Marina estava subindo de tom. Sim, admitiu Carlos relutantemente. Mas não é o que você está pensando, não é? Marina se levantou, sua visão embaçando com lágrimas de raiva. Então você não se casou comigo porque precisava de uma esposa antes de janeiro? No início? Sim, mas no início? Marina repetiu sua voz quebrando.
Então tudo foi mentira? Toda essa conversa sobre sentimentos, sobre me amar? Mercedes observava o confronto com interesse óbvio. Carlos completará 40 anos em duas semanas, acrescentou helpfully. Timing perfeito, não acham? Carla finalmente interveio. Mercedes, você já causou dano suficiente. Dano? Mercedes se virou para Carla.
Estou simplesmente revelando a verdade. Marina merece saber que foi escolhida porque era conveniente, não porque era amada. Isso não é verdade. Carlos disse desesperadamente, se aproximando de Marina. Marina, por favor, deixe-me explicar. Marina recuou, colocando distância entre eles. Explicar o quê? Que me usou para garantir sua herança? Que eu fui apenas uma solução conveniente para seu problema? No começo, talvez, mas não agora. Não depois de conhecê-la, não depois de me apaixonar por você. Como posso acreditar
em qualquer coisa que você diz? Marina tocou inconscientemente sua barriga ainda plana. E o bebê? Isso também é conveniente para você? Um herdeiro para selar o negócio. A acusação atingiu Carlos como uma bofetada física. Você sabe que não é assim. O bebê é um milagre. Você estava lá quando o doutor Oliveira explicou.
Um milagre muito conveniente, interrompeu Mercedes. Uma vaseectomia que se reverte exatamente quando Carlos precisa de um herdeiro. Que coincidência extraordinária. Marina sentiu o chão desaparecer sob. O que você está insinuando? Estou insinuando que talvez vocês deveriam confirmar a paternidade antes de celebrarem muito”, disse Mercedes com um sorriso venenoso. “Chega, Carlos explodiu.
Mercedes, você foi longe demais. Fui.” Mercedes se virou para ele. “Ou estou simplesmente protegendo uma jovem ingênua de ser enganada pelo homem que afirmou me amar dois meses atrás?” O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Marina olhou para Carlos, procurando algum sinal de que Mercedes estava mentindo.
Em vez disso, viu culpa estampada em seu rosto. “Você disse que a amava”, sussurrou Marina. Carlos passou as mãos pelos cabelos. “Marina, isso foi antes de conhecer você, antes de entender o que amor realmente significa. Responda à pergunta. Você disse a Mercedes que a amava?” Sim”, admitiu Carlos em voz baixa. Mas Marina não esperou para ouvir o resto.
Ela correu da sala, subindo as escadas dois degraus por vez, ignorando os gritos de Carlos atrás dela. Trancou-se em seu quarto e deslizou pela porta até o chão, soluçando. Tudo havia sido uma mentira. O casamento, os sentimentos, até mesmo a gravidez estava sendo questionada.
Ela havia sido uma idiota por acreditar que um homem como Carlos Mendonça poderia se apaixonar genuinamente por uma garota simples do interior. Uma batida suave na porta atirou de seus pensamentos. Marina, era a voz de Carla. Posso entrar? Marina abriu a porta relutantemente. Carla entrou com uma xícara de chá e um maço de lenços. Mercedes se foi disse Carla se sentando na borda da cama.
E Carlos está no escritório, parecendo um homem quebrado. Ele mentiu para mim, Carla. Sobretudo. Mentiu sobre o testamento. Sim. Mas, Marina, você viu como meu irmão mudou desde que se casou com você. Isso não pode ser fingido. Marina balançou a cabeça. Como posso ter certeza? Como posso confiar em qualquer coisa agora? Carla hesitou, então disse: “Há algo que Mercedes não mencionou, algo que pode mudar sua perspectiva sobre tudo isso?” Marina a olhou através das lágrimas.
O quê? Três dias depois do casamento de vocês, Carlos mudou completamente seu testamento. Se fosse apenas sobre cumprir a cláusula do avô, ele teria protegido seus bens com um acordo prénupicial. Em vez disso, ele fez você, sua herdeira universal. Marina piscou confusa. O que isso significa? Significa que se algo acontecer com Carlos, você herda tudo.
A empresa, as propriedades, os investimentos, tudo. Carla se inclinou para a frente. Um homem não faz isso por uma mulher que vê apenas como conveniente Marina. Ele faz isso por uma mulher que ama. Marina absorveu a informação, sentindo uma faísca de esperança em meio ao desespero, mas uma dúvida permanecia. E quanto ao que Mercedes disse sobre a paternidade, Carla sorriu pela primeira vez desde que chegara.
Ah, quanto a isso, tenho uma resposta definitiva. Dr. Oliveira ligou esta manhã com os resultados do teste de confirmação que Carlos fez na semana passada. A recanalização é real, Marina. Himing torna impossível que qualquer outro homem seja o pai. Marina sentiu lágrimas de alívio escorrendo por seu rosto. Pelo menos o bebê real. Era de Carlos.
Mas isso não muda o fato de que ele me enganou sobre o motivo do casamento”, disse ela tristemente. “Não”, concordou Carla, “mas talvez explique por ele fez isso. E talvez, se você estiver disposta a ouvir, ele possa explicar por o que começou como conveniência se tornou amor verdadeiro.” Marina olhou pela janela, onde podia ver Carlos caminhando pelos jardins, suas mãos enfiadas nos bolsos, seus ombros curvados pelo peso da confissão forçada.
A pergunta era: “Elava disposta a dar a ele uma chance de explicar?” ou “O que Mercedes havia revelado destruíra irrevogavelmente a confiança entre eles”. Marina passou a noite em claro, alternando entre raiva e confusão. A cada hora que passava, sua mente revisitava cada momento, cada conversa, cada gesto carinhoso de Carlos, tentando distinguir entre o que era genuíno e o que havia sido calculado.
O amanhecer a encontrou na varanda do seu quarto, observando o jardim onde Carlos caminhava desde as 5 da manhã, claramente incapaz de dormir também. Quando finalmente desceu para o café da manhã, encontrou apenas Luís na sala de jantar, arrumando a mesa com sua eficiência habitual. Bom dia, senhora Marina”, disse ele com sua cordialidade de sempre, mas Marina percebeu preocupação em seus olhos experientes. O Senr.
Carlos pediu que eu informasse que ele não tomará café da manhã hoje. Teve que sair cedo para uma reunião. Marina assentiu, tentando disfarçar o alívio e a decepção que sentia simultaneamente. Parte dela queria confrontá-lo imediatamente, exigir explicações completas. Outra parte não se sentia preparada para mais revelações devastadoras. “Luí”, disse ela impulsivamente.
“Posso perguntar uma coisa?” “Claro, senhora. Você conhece a família há muito tempo, Carlos? Ele é capaz de mentir para conseguir o que quer?” Luiz pausou no meio do movimento de servir café, considerando a pergunta com o cuidado de alguém que havia navegado décadas de dinâmicas familiares complexas. Senr.
Carlos é um homem de negócios disse finalmente. Nos negócios estratégia às vezes requer descrição sobre certas informações. Mas em questões do coração, Luís balançou a cabeça. Em 20 anos trabalhando para esta família, nunca vi o Sr. Carlos demonstrar com ninguém o que demonstra com a senhora. O que você quer dizer? Ele cancelou três viagens internacionais desde que se casaram.
Em 20 anos, ele nunca cancelou nenhuma reunião por motivos pessoais. Luiz se aproximou, sua voz baixando confidencialmente. Toda manhã, antes da senhora acordar, ele vai ao jardim e colhe flores frescas para o quarto dela. Ele lê livros sobre gravidez, como se fossem contratos empresariais.
E ontem à noite, o quê? Ontem à noite, depois que a senorita Mercedes foi embora, encontrei o Senr. Carlos na biblioteca, segurando uma ultrassom que doutor Oliveira deixou na semana passada. Ele estava chorando, senora Marina. Em 20 anos, nunca vi aquele homem derramar uma lágrima. Marina sentiu seu coração apertar.
Ele estava chorando como um homem que perdeu algo precioso demais para ser substituído. Antes que Marina pudesse responder, o som do interfone ecoou pela sala. Luiz atendeu, depois se virou para ela com expressão surpresa. É a senrita Mercedes Valdez. Diz que gostaria de falar com a senhora em particular. Marina franziu a testa.
Comigo? Por quê? Não sei, senhora, mas ela parece diferente hoje, menos combativa. Marina hesitou. A última coisa que queria era outro confronto com a ex-namorada sofisticada de Carlos, mas curiosidade venceu cautela. Diga para ela entrar. Mercedes apareceu na porta da sala de jantar alguns minutos depois e Marina teve que admitir que Luí estava certo.
Ela parecia diferente, menos polida, menos calculista. Suas roupas ainda eram impecáveis, mas havia algo vulnerável em sua postura. Marina, disse Mercedes, hesitando na entrada. Obrigada por concordar em me ver. O que você quer? Marina não estava com humor para cortesias.
Mercedes se aproximou lentamente, como se estivesse se aproximando de um animal ferido. Quero me desculpar e quero explicar algumas coisas que deveria ter explicado ontem. Como o quê? Como o fato de que eu terminei com Carlos, não o contrário. Mercedes se sentou na cadeira across from Marina e terminei porque descobri sobre o testamento do avô. Marina piscou confusa.
Você descobriu? Carlos nunca me contou sobre a cláusula. Eu descobri por acidente quando vi documentos legais em seu escritório. Mercedes olhou para suas mãos. Percebi que ele estava comigo há dois anos e nunca havia mencionado o casamento até o prazo começar a se aproximar. Então você terminou com ele.
Terminei porque não conseguia suportar a ideia de que ele pudesse estar comigo apenas para cumprir uma obrigação legal. Mercedes levantou os olhos para Marina. Exatamente como você se sente agora. Marina estudou o rosto de Mercedes, procurando sinais de manipulação. Em vez disso, viu dor genuína. Por que está me contando isso? Porque ontem à noite, depois que saí daqui, Carlos me seguiu. Mercedes fez uma pausa.
Ele queria explicações sobre porque eu havia revelado sobre o testamento, porque eu estava tentando destruir seu casamento. E o que você disse? disse que estava com ciúmes. Disse que achava que se vocês se separassem, talvez ele voltasse para mim. Mercedes riu amargamente. Mas então ele me disse algo que mudou completamente minha perspectiva.
Marina se inclinou para a frente, apesar de si mesma. O quê? Ele me disse que mesmo se você o deixasse, mesmo se o casamento acabasse, ele nunca voltaria para mim, porque descobriu com você o que realmente significa amar alguém. Mercedes pausou. Ele disse que o que tivemos foi confortável, familiar, mas que com você ele descobriu que o amor não deveria ser fácil, deveria ser transformador.
Marina sentiu lágrimas picando seus olhos, mas se forçou a manter a compostura. Ele pode estar mentindo. Pode estar, concordou Mercedes. Mas então me lembrei de algo que deveria ter notado há muito tempo. O quê? Nos dois anos que estivemos juntos, Carlos nunca mudou. Eu me moldei para caber na vida dele, mas ele permaneceu exatamente o mesmo.
Trabalho em primeiro lugar, emoções em segundo, relacionamento quando conveniente. Mercedes se inclinou para a frente. Mas você, Marina, você conseguiu algo que eu nunca consegui. O quê? Você o fez mudar. Luís me contou que Carlos cancela reuniões para ficar com você. Carla me disse que ele sorri mais em duas semanas do que sorriu em dois anos comigo.
E ontem à noite, quando ele falou sobre você, sobre o bebê, Mercedes balançou a cabeça. Era um homem completamente diferente. Marina absorveu as palavras, sentindo sua resolução vacilar, mas ele ainda mentiu sobre o motivo do casamento. Sim, mentiu. Mas, Marina, às vezes os homens fazem coisas estúpidas quando estão com medo. Mercedes se levantou para sair. A questão é: você acredita que o que começou como conveniência se tornou amor verdadeiro? Porque se acredita, então talvez valha a pena dar a ele uma chance de provar isso. Marina observou Mercedes se dirigir à porta, então a chamou.
Mercedes, por que está fazendo isso? Por que está me ajudando em vez de tentar me destruir? Mercedes se virou com um sorriso triste. Porque reconheço amor verdadeiro quando vejo. E porque merece a chance de ser feliz, mesmo que seja com o homem que eu não consegui fazer feliz.
Depois que Mercedes saiu, Marina ficou sozinha na sala de jantar, suas emoções em turbulência. Parte dela queria acreditar que Carlos havia se apaixonado genuinamente por ela, mas a parte ferida, a parte que se sentia enganada e manipulada, resistia. O som de um carro na entrada atirou de seus pensamentos. Através da janela, ela viu Carlos descendo de seu Mercedes, parecendo exausto e derrotado.
Ele parou no meio do pátio, olhando para cima, na direção da janela do quarto dela, como se esperasse vê-la lá. Era hora de uma conversa honesta. Era hora de descobrir se o amor que ela pensava ter encontrado era real ou apenas uma ilusão criada por conveniência mútua.
Marina respirou fundo e se dirigiu para encontrar seu marido, sabendo que a conversa que estavam prestes a ter determinaria o futuro de seu casamento e de sua família. Marina encontrou Carlos na biblioteca, de pé diante da lareira apagada, observando as chamas inexistentes, como se elas pudessem fornecer respostas para os dilemas que enfrentava. Ele não a ouviu entrar, perdido em pensamentos que pareciam tão pesados quanto o silêncio que pairava entre eles desde a revelação de Mercedes. Carlos disse ela suavemente.
Ele se virou rapidamente e Marina viu imediatamente que Luís estava certo. Carlos havia chorado. Seus olhos estavam vermelhos e havia uma vulnerabilidade em sua expressão que ela nunca havia visto antes. Marina. Sua voz saiu rouca. Eu não sabia que você estava aqui. Precisamos conversar.
Carlos assentiu, passando as mãos pelos cabelos em um gesto que Marina estava aprendendo a reconhecer como sinal de nervosismo extremo. “Sei que você tem perguntas. Sei que deve me odiar agora.” Não te odeio”, disse Marina, surpreendendo-se com a própria honestidade. “Mas preciso entender. Preciso saber a verdade sobre tudo.” Carlos se aproximou lentamente, como se ela fosse um pássaro ferido que poderia voar a qualquer momento.
“Onde você gostaria que eu começasse?” “Comece com o testamento do seu avô.” Carlos respirou fundo. Meu avô era um homem da velha escola. acreditava que um homem sem família era um homem sem propósito. Ele se sentou em uma das poltronas, gesticulando para que Marina fizesse o mesmo.
Quando ele morreu há 5 anos, deixou uma cláusula específica: “Eu devia estar casado antes dos 40 anos ou perderia o controle da empresa para Carla? Por que você nunca me contou? Porque quando comecei a me apaixonar por você, a cláusula se tornou irrelevante. Eu não queria que você pensasse que era por isso que eu estava desenvolvendo sentimentos.
Carlos olhou diretamente para ela. E por que tinha medo de que você descobrisse e não acreditasse que meus sentimentos eram genuínos? Marina processou isso. E Mercedes, qual era exatamente o relacionamento de vocês? Carlos hesitou, então decidiu pela honestidade completa. Estivemos juntos por dois anos. Era confortável, familiar, duas pessoas da mesma classe social com objetivos compatíveis.
Eu pensava que era amor. Pensava até conhecer você. Carlos se inclinou para a frente. Marina, o que senti por Mercedes era conforto, companheirismo. O que sinto por você é transformador. Você me fez questionar tudo sobre mim mesmo, sobre o que quero da vida. Marina sentiu seu coração acelerar, mas forçou-se a manter a objetividade.
Como posso saber que não está dizendo isso apenas para me manter aqui? Para garantir que o bebê nasça dentro do casamento, Carlos se levantou abruptamente e caminhou até sua mesa. Abriu uma gaveta e retirou uma pasta espessa. Estes são documentos legais que preparei três dias depois do nosso casamento. Marina olhou os papéis que ele colocou diante dela.
Eram cópias de um testamento revisado, documentos de transferência de propriedade e algo que a fez respirar fundo. uma escritura colocando metade de suas propriedades no nome dela, datada de uma semana após o casamento. “Não entendo”, disse ela. “Se eu fosse um homem calculista interessado apenas em cumprir os termos do testamento, eu teria protegido meus bens com um acordo prénupcial rigoroso, limitaria sua herança a uma quantia razoável e garanti que a empresa permanecesse no controle da família”.
Carlos apontou para os documentos. Em vez disso, fiz você minha herdeira universal e transferi propriedades substanciais para seu nome. Marina estudou os papéis tentando compreender as implicações. Por que você faria isso? Porque três dias depois de me casar com você, eu já sabia que havia encontrado algo que nunca pensei que existisse e queria garantir que você estivesse protegida, não importa o que acontecesse comigo.
Carlos se ajoelhou ao lado da cadeira dela. Um homem não coloca toda sua fortuna nas mãos de uma mulher que vê apenas como conveniente. Marina Marina sentiu lágrimas queimando seus olhos. Mas você ainda me enganou sobre o motivo inicial. Sim, enganei e me desculpo por isso. Mas, Marina, posso perguntar uma coisa? Ela assentiu.
Se eu tivesse sido completamente honesto no início, se tivesse dito que precisava me casar por causa do testamento, mas que estava desenvolvendo sentimentos reais por você, você teria acreditado ou teria pensado que eu estava manipulando suas emoções? A pergunta a atingiu com força. Marina refletiu honestamente e percebeu que provavelmente teria sido cética demais para acreditar.
Provavelmente teria pensado que você estava me manipulando. Então você entende por escolhi mostrar meus sentimentos através de ações em vez de palavras? Porque deixei meu comportamento falar por mim. Marina pensou em todas as pequenas gentilezas, as flores frescas, os livros escolhidos especificamente para ela, o cuidado durante seus enjoos matinais, a maneira como ele a olhava quando pensava que ela não estava prestando atenção. “Carlos,” disse ela lentamente.
“Preciso saber uma coisa. Se eu decidir te perdoar, se decidir que podemos reconstruir nossa confiança, você promete nunca mais me esconder algo importante?” Prometo, não mais segredos. Marina estudou seu rosto, procurando sinais de desonestidade. Em vez disso, viu um homem completamente vulnerável, oferecendo seu coração sem reservas.
E sobre Mercedes, ela ainda significa algo para você? Carlos balançou a cabeça veemente. Mercedes representa meu passado. Um passado onde eu pensava que amor era compatibilidade e conveniência. Você representa meu futuro, um futuro onde aprendi que amor é transformação e crescimento. Marina tocou inconscientemente sua barriga, onde uma vida nova estava crescendo.
E o bebê? Como você realmente se sente sobre isso? Carlos colocou sua mão sobre a dela. Esse bebê é um milagre, Marina. Não apenas medicamente, mas emocionalmente. Há 8 anos, eu fiz uma vaseectomia porque tinha certeza de que nunca queria ser pai, porque meu próprio pai foi tão terrível que eu não confiava em mim mesmo para fazer melhor.
E agora, agora não posso esperar para conhecer nosso filho, para ser o pai que nunca tive, para quebrar o ciclo de frieza emocional da família Mendonça. Carlos pressionou um beijo suave em sua mão. Esse bebê representa esperança, Marina. esperança de que posso ser um homem melhor do que pensava ser possível. Marina sentiu as últimas barreiras de resistência, começando a desmoronar.
Carlos, eu quero acreditar em você. Quero acreditar em nós. Mas como reconstruímos a confiança? Começamos de novo, disse ele simplesmente. Começamos com honestidade total, comunicação completa e a compreensão de que estamos construindo algo real e duradouro. Marina olhou nos olhos cinzentos de Carlos e viu sinceridade absoluta.
Mais importante, viu amor, não o amor confortável e familiar que ele havia descrito com Mercedes, mas algo mais profundo e transformador. Tá bem”, disse ela finalmente. “Vamos tentar de novo. Mas Carlos, sim, se você me magoar novamente, se mentir para mim sobre qualquer coisa importante.” Marina fez uma pausa, sua voz ganhando força.
“Eu vou embora e levarei nosso filho comigo.” Carlos assentiu solenemente. “Entendo. E você tem todo o direito de estabelecer essa condição.” Ele segurou suas mãos com firmeza. Marina Santos Mendonça, prometo a você, diante de Deus e de minha consciência que nunca mais esconderei nada importante de você. Nosso casamento será baseado em transparência total.
Marina sentiu uma onda de alívio percorrer seu corpo. Pela primeira vez, desde a revelação de Mercedes, ela sentia que podia respirar livremente. Então, vamos tentar de novo. Mas desta vez, como marido e mulher de verdade. Carlos se levantou e estendeu a mão para ela. Posso lhe mostrar algo? Algo que preparei semanas atrás, mas não tive coragem de dar a você até agora.
Curiosa, Marina o seguiu até seu escritório particular. Carlos abriu um cofre pequeno e retirou uma pequena caixa de veludo azul marinho. Dentro, aninhada em seda branca, estava uma aliança de noivado mais linda que Marina já havia visto, um solitário de diamante delicado, cercado por pequenas esmeraldas que brilhavam como gotas de orvalho matinal.
Comprei isso uma semana depois do nosso casamento”, disse Carlos, sua voz embargada de emoção. Quando percebi que queria renovar nossos votos, desta vez por amor. As esmeraldas me lembraram dos seus olhos quando você fica emocionada. Marina estendeu a mão trêmula enquanto Carlos deslizava o anel em seu dedo. O encaixe era perfeito, como se tivesse sido feito especificamente para ela.
“É lindo”, sussurrou Marina, admirando como a luz se refratava através das pedras preciosas. “Não tão lindo quanto você.” Carlos levou sua mão aos lábios, beijando suavemente o anel. “Marina, você aceitaria renovar nossos votos? Desta vez, com amor verdadeiro de ambos os lados, Marina sentiu lágrimas de felicidade escorrendo por seu rosto. Sim, Carlos, aceito.
O beijo que compartilharam então foi diferente de qualquer outro, carregado de promessas renovadas, de confiança reconstruída, de um futuro que finalmente parecia possível e real. O jardim da mansão Mendonça estava transformado em um cenário de conto de fadas. Pequenas luzes brancas piscavam entre as árvores como estrelas capturadas, e pétalas de rosas brancas formavam um tapete natural ao longo do corredor improvisado entre as cadeiras de madeira rústica.
Era uma cerimônia íntima, apenas o padre Gonçalves Luís Dr. Oliveira, alguns funcionários de confiança da empresa e surpreendentemente Carla, que havia pedido perdão sincero por sua participação na confusão com Mercedes. Marina caminhava lentamente pelo corredor de pétalas, vestindo um vestido de seda marfim, que acomodava graciosamente sua barriga, já pronunciada de 5 meses.
Suas mãos descansavam protetivamente sobre o ventre arredondado, onde Alexandre, como haviam decidido chamar o bebê após descobrirem que seria um menino, crescia saudável e forte. Carlos a esperava sob um arco entrelaçado de jasmins e rosas, vestindo um terno azul marinho que realçava seus olhos cinzentos.
Mas foi a expressão em seu rosto que fez o coração de Marina disparar. pura adoração, amor incondicional e uma felicidade que irradiava dele como luz solar. Meus queridos”, disse padre Gonçalves com um sorriso caloroso, “reunimo-nos hoje não para uni-los em matrimônio, pois isso já foi feito.
Reunimo-nos para renovar e abençoar um amor que nasceu nas circunstâncias mais improváveis e floresceu na verdade e no perdão.” Marina olhou nos olhos de Carlos enquanto o padre falava, vendo neles o reflexo de sua própria jornada, de desconhecidos, unidos por necessidade a um casal genuinamente apaixonado, construindo uma família baseada em amor verdadeiro.
Carlos, disse padre Gonçalves, você gostaria de expressar seus novos votos? Carlos tomou as mãos de Marina, sua voz clara e firme. Marina, quando nos casamos pela primeira vez, eu estava procurando uma solução para um problema, mas você me deu muito mais que isso. Você me deu uma razão para ser um homem melhor.
Você trouxe luz para cantos escuros da minha alma, que eu nem sabia que existiam. Sua voz se embargou ligeiramente. Prometo a você e ao nosso filho que nunca mais esconderei meu coração atrás de contratos e cálculos. Prometo amar você com transparência total, proteger nossa família com minha vida e ser o pai que Alexandre merece. Marina sentiu lágrimas escorrendo por seu rosto.
Carlos, você me ensinou que o amor pode crescer nos lugares mais inesperados, que às vezes os finais mais belos nascem dos começos mais improváveis. Ela tocou sua barriga suavemente. Prometo caminhar ao seu lado como sua parceira igual, apoiar seus sonhos assim como você apoia os meus e criar com você um lar onde nosso filho aprenda que o amor verdadeiro vale qualquer risco.
Pela autoridade que me foi concedida por Deus e pela Igreja, disse padre Gonçalves, eu os abençoo novamente como marido e mulher. Que suas promessas renovadas sejam a fundação de uma família cheia de amor, risadas e milagres. O beijo que compartilharam foi interrompido por um movimento súbito na barriga de Marina. Ela riu, colocando a mão de Carlos sobre o local onde Alexandre havia dado um chute particularmente forte.
“Acho que alguém está aprovando a cerimônia”, disse Carlos, maravilhado, sentindo seu filho se mover sob sua palma. “Doutor”. Oliveira se aproximou com champanhe sem álcool para Marina e champanhe tradicional para os outros convidados. “Um brinde”, disse ele, erguendo sua taça. “Ao casal mais improvável que se tornou a família mais perfeita que já tive o privilégio de conhecer”.
Enquanto bebiam e riam, Marina olhou ao redor do jardim iluminado para as pessoas que haviam se tornado sua família escolhida, para o homem que era seu marido de coração e alma, e sentiu uma gratidão profunda pela jornada extraordinária que a havia trazido até ali. “Em que você está pensando?”, perguntou Carlos, notando sua expressão contemplativa.
“Estou pensando que há seis meses eu estava desesperada para salvar a fazenda da minha família”, disse Marina. E agora estou aqui, amada por um homem extraordinário, esperando um bebê milagroso, vivendo uma vida que jamais sonhei ser possível. Carlos a abraçou por trás, suas mãos se juntando às delas sobre a barriga onde Alexandre crescia.
E eu estou pensando que há seis meses eu era um homem que acreditava que o amor era uma fraqueza. Agora sei que é a maior força do universo. Mas enquanto celebravam sob as estrelas, nenhum dos dois podia imaginar o desafio final que os aguardava. Um desafio que testaria não apenas seu amor, mas sua capacidade de enfrentar juntos as tempestades que a vida ainda tinha reservadas para eles.
Dois meses se passaram em felicidade quase perfeita. Marina estava com s meses de gravidez, radiante e saudável. Enquanto Carlos se dedicava a equilibrar os negócios com a preparação para a paternidade, eles haviam transformado um dos quartos em um bersário digno de revista, com móveis de madeira artesanal e uma vista deslumbrante dos jardins onde Alexandre brincaria um dia.
Foi numa manhã de terça-feira que o mundo deles foi novamente abalado. Marina estava na biblioteca lendo sobre parto natural. Quando ouviu vozes agitadas no hall de entrada, reconheceu a voz de Carlos, tensa e preocupada, falando com alguém que ela não conseguia identificar. Curiosa e levemente alarmada, ela se dirigiu lentamente até o topo da escadaria, onde podia ver o que estava acontecendo sem ser vista.
Na entrada principal estavam Carlos, um homem de terno que ela não reconhecia, e, surpreendentemente, Mercedes Valdés. Mas desta vez Mercedes parecia genuinamente angustiada, suas roupas habitualmente impecáveis, ligeiramente amassadas, seus olhos vermelhos como se tivesse chorado. “Carlos, você tem que acreditar em mim”, dizia Mercedes, sua voz carregada de desespero.
“Descobri algo terrível sobre Alejandro”. Marina franziu a testa. “Quem era Alejandro?” Carlos passava as mãos pelos cabelos, claramente estressado. Mercedes, mesmo que isso seja verdade, por que está me contando? E por que agora? Porque Alejandro descobriu sobre o bebê, sobre Marina, e ele Mercedes parou, lutando para encontrar palavras.
Carlos, ele não vai parar até destruir sua felicidade. É assim que ele opera. O homem de terno, que Marina agora percebia ser algum tipo de investigador particular, abriu uma pasta e mostrou alguns documentos para Carlos. Marina viu seu marido empalidecer visivelmente enquanto lia. Isso não pode ser verdade, murmurou Carlos.
Infelizmente é”, disse o investigador. Alejandro Vega tem estado investigando sua família há meses. Ele tem planos específicos para prejudicar tanto você quanto sua esposa. Marina sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Sem fazer ruído, ela desceu alguns degraus para ouvir melhor. “Quem é esse Alejandro?”, perguntou Carlos. Mercedes respirou fundo.
Meu primo e o homem com quem meu pai quer que eu me case para unir as famílias Valdés e Vega em um império têxtil. Quando descobriu que eu ainda tinha sentimentos por você, ele decidiu que você era um obstáculo que precisava ser eliminado. Eliminado? A voz de Carlos estava perigosamente baixa. Não fisicamente.
Mercedes se apressou a esclarecer. Alejandro é mais sutil que isso. Ele planeja destruir sua reputação nos negócios, criar escândalos que forcem você à bancar rota. E ela hesitou. E o quê? E provar que Marina se casou com você apenas por dinheiro, usando documentos falsificados que farão parecer que ela tem um passado que você desconhece. Marina prendeu a respiração.
Depois de tudo que haviam passado, depois de reconstruir sua confiança, alguém estava tentando destruí-los novamente. Carlos começou a andar de um lado para o outro, sua mente claramente trabalhando em alta velocidade. O que exatamente Alejandro planeja fazer? O investigador consultou seus documentos.
Ele já plantou histórias falsas em algumas publicações menores sobre sua família. Nada grande ainda, mas está construindo uma narrativa e ele tem planos para uma revelação maior, justamente quando seu filho nascer. Que tipo de revelação? Mercedes olhou para o investigador, que a sentiu como se lhe desse permissão para continuar.
Alejandro contratou falsificadores para criar evidências de que Marina teve um relacionamento anterior que ela escondeu de você. Documentos que sugerem que o bebê pode não ser seu. Marina sentiu náusea que não tinha nada a ver com a gravidez. Alguém estava criando mentiras elaboradas para destruir sua família antes mesmo de ela estar completamente formada.
Isso é ridículo disse Carlos firmemente. Temos provas médicas inequívocas de que o bebê é meu. Sim, mas a ideia não é convencer um tribunal, explicou o investigador. É plantar sementes de dúvida na mídia. e na sociedade destruir sua reputação por associação. Carlos parou de andar e olhou diretamente para Mercedes.
Por que você está me ajudando? Se Alejandro é seu primo? Se sua família quer essa aliança, porque percebi algo durante nossa conversa há dois meses?”, disse Mercedes suavemente. Percebi que o amor verdadeiro que você tem por Marina é exatamente o que eu sempre quis, mas nunca consegui de você e percebi que não posso construir minha felicidade destruindo-a de vocês. Marina sentiu lágrimas nos olhos.
Mercedes havia mudado genuinamente. Além disso, continuou Mercedes, Alejandro é um homem perigoso e controlador. Se eu me casar com ele, passarei o resto da vida sendo dominada por alguém que usa a crueldade como ferramenta de negócio. Carlos parou diante dela. O que você propõe que façamos? Que antecipemos os movimentos dele? Que revelemos seus planos antes que ele possa executá-los? Tenho evidências de suas tentativas de falsificação, registros de suas conversas sobre destruir você.
Mercedes entregou uma gravação digital para Carlos. Aso deveria ser suficiente para expor as verdadeiras intenções dele. Marina decidiu que havia ouvido o suficiente. Ela desceu o resto da escadaria, sua mão apoiada na barriga proeminente e como isso nos afeta exatamente. Os três se viraram surpresos por sua presença.
Carlos imediatamente se aproximou, preocupação estampada em seu rosto. “Marina, você não deveria estar de pé há tanto tempo?” O médico disse, o médico disse muitas coisas, mas não disse que eu deveria ignorar ameaças à minha família. Marina olhou diretamente para Mercedes. Quanto tempo temos antes que esse Alejandro haja? Mercedes pareceu impressionada com a calma de Marina.
Duas semanas, talvez três, ele planeja fazer as revelações falsas coincidirem com o nascimento do bebê para máximo impacto emocional. Marina assentiu, sua mente já trabalhando nas possibilidades. Então, temos duas semanas para expor a verdade primeiro. Carlos a olhou com admiração e preocupação misturadas.
Marina, você não precisa se envolver nisso. Posso resolver, Carlos? Marina o interrompeu firmemente. Somos uma família agora. Enfrentamos as tempestades juntos. Ela se virou para Mercedes. O que você precisa de nós para tornar isso possível? Mercedes sorriu pela primeira vez desde que chegara.
Preciso que vocês confiem em mim mais uma vez e preciso que estejam preparados para uma batalha pública que pode ficar feia antes de ficar melhor. Marina olhou para Carlos, vendo nele a mesma determinação que sentia. Estamos prontos”, disse ela. “Nossa família vale qualquer luta.” Mas enquanto planejavam sua defesa contra as mentiras de Alejandro, Marina não podia saber que dentro de algumas horas Alexandre decidiria chegar ao mundo duas semanas mais cedo, forçando-os a enfrentar tanto uma crise pessoal quanto uma batalha pública simultaneamente. Era 3 da manhã quando Marina acordou com uma dor intensa, atravessando sua
barriga. Inicialmente, ela pensou que fosse apenas desconforto da gravidez avançada, mas quando a dor se repetiu 10 minutos depois, mais forte e duradoura, ela soube que Alexandre havia decidido que era hora de conhecer o mundo. “Carlos”, sussurrou ela, sacudindo gentilmente o ombro do marido que dormia profundamente ao seu lado.
Eles haviam finalmente começado a dividir o mesmo quarto após renovarem os votos. Carlos acordou instantaneamente, como se seu corpo estivesse programado para responder a qualquer chamado dela. O que aconteceu? Você está bem? Acho que Alexandre não quer esperar mais duas semanas, disse Marina com um sorriso tenso enquanto outra contração a atingia. Carlos saltou da cama como se tivesse levado um choque elétrico.
Agora, mas é cedo demais, Dr. Oliveira disse. Doutor Oliveira disse que bebê seguem seus próprios cronogramas. Marina o lembrou, respirando profundamente através da contração. E aparentemente nosso filho herdou sua impaciência. Carlos estava correndo pelo quarto, pegando a mala da maternidade que haviam preparado meticulosamente, ligando para Dr.
Oliveira, acordando Luiz tudo ao mesmo tempo. Marina observava com divertimento e amor como o homem que comandava uma empresa multimilionária com mão firme estava completamente em pânico com a perspectiva do nascimento de seu filho. Carlos disse ela calmamente durante uma pausa entre as contrações. Respire. Você está mais nervoso que eu.
Ele parou e olhou para ela, maravilhado com sua serenidade. Como você está tão calma? Porque sei que vamos enfrentar isso juntos, assim como enfrentamos todo o resto. Marina estendeu a mão para ele. Agora venha me ajudar a chegar ao carro antes que Alexandre decida que o quarto é um lugar adequado para nascer. A viagem para o hospital foi uma aventura em si.
Carlos dirigia com o cuidado excessivo de alguém transportando os tesouros mais preciosos do mundo, parando completamente a cada sinal amarelo e perguntando a cada dois minutos se Marina estava bem. Entre as contrações que estavam ficando mais frequentes, Marina até conseguiu rir. “Se você continuar dirigindo assim, Alexandre vai nascer no trânsito”, brincou ela.
“Não é engraçado”, murmurou Carlos, mas ela viu um sorriso tentando escapar no hospital, doutor Oliveira os aguardava com sua equipe, calmo e eficiente como sempre. Bem, parece que Alexandre decidiu que quer conhecer seus pais antes do programado”, disse ele após examinar Marina. “Tudo está progredindo normalmente, apesar de ser um pouco prematuro.” “Ele está bem?”, perguntou Carlos, segurando a mão de Marina, perfeitamente saudável, pelo que posso avaliar, apenas ansioso para chegar. Dr. Oliveira sorriu claramente herdou a personalidade do pai.
As horas seguintes passaram em uma névoa de dor, esperança, medo e amor. Carlos não largou a mão de Marina nem por um segundo, sussurrando palavras de encorajamento, limpando seu suor, sendo exatamente o parceiro que ela precisava. Estou vendo a cabeça, anunciou Dr. Oliveira. Marina, na próxima contração, preciso que você faça força como se sua vida dependesse disso.
Marina segurou a mão de Carlos com força suficiente para quebrar ossos e empurrou com toda a energia que tinha. E então, às 6:47 da manhã de uma terça-feira chuvosa de março, Alexandre Mendonça chegou ao mundo com um choro robusto que preencheu a sala de parto com música. É um menino perfeito”, disse Dr.
Oliveira colocando o bebê no peito de Marina. Saudável, forte e definitivamente não há dúvida sobre a paternidade. Ele é a cara do papai. Marina olhou para o rosto minúsculo de seu filho e sentiu seu coração explodir com um amor tão intenso que a deixou sem palavras. Alexandre tinha os olhos cinzentos de Carlos e seu nariz delicado, uma combinação perfeita de ambos os pais.
Carlos estava chorando abertamente, tocando delicadamente a cabecinha de Alexandre com dedos trêmulos. Ele é, ele é perfeito, Marina. Nós fizemos isso. Nós criamos essa vida perfeita. Fizemos, concordou Marina, lágrimas de alegria escorrendo por seu rosto. Nossa família está completa. Foi então que Luís apareceu discretamente na porta da sala de parto, carregando uma bandeja com champanhe e três taças.
Perdoem a intrusão”, disse ele com um sorriso radiante, “mas achei que talvez quisessem celebrar adequadamente. Luís disse Carlos sem conseguir parar de sorrir. Como você sempre sabe exatamente o que precisamos? 20 anos de prática, senhor. Eles brindaram ao nascimento de Alexandre, a família que haviam criado, ao amor que havia crescido das circunstâncias mais improváveis.
Marina observava Carlos segurando seu filho pela primeira vez. vendo a reverência e o amor absoluto em seus olhos, e soube que todas as dificuldades que haviam enfrentado tinham levado a este momento perfeito. “Marina”, disse Carlos suavemente, beijando sua testa. “Obrigado por me dar a família que eu nem sabia que queria.
” Obrigada por me mostrar que o amor verdadeiro pode transformar qualquer situação”, respondeu ela. Três dias depois, quando voltaram para casa com Alexandre, encontraram a mansão decorada com faixas de boas-vindas e um jardim cheio de presentes de funcionários, vizinhos e até mesmo colegas de negócios que haviam sido tocados pela história de amor improvável do casal.
Mercedes veio visitá-los uma semana após o nascimento, trazendo um presente para Alexandre e notícias sobre Alejandro. “Os planos dele desmoronaram quando apresentamos as evidências de falsificação”, relatou ela. Ele foi exposto publicamente e perdeu credibilidade. “Meu pai cancelou qualquer discussão sobre casamento arrangeado.
” “E?”, perguntou Marina Alexandre, dormindo pacificamente em seus braços. “O que vai fazer agora? Mercedes sorriu. Vou fazer o que deveria ter feito há muito tempo. Viver minha própria vida, tomar minhas próprias decisões, talvez até encontrar meu próprio Carlos algum dia. Tenho certeza de que encontrará”, disse Marina sinceramente.
Depois que Mercedes partiu, Carlos e Marina se sentaram na varanda com Alexandre, observando o pôr do sol pintar o céu de São Paulo em tons dourados e rosados. “Em que você está pensando?” perguntou Carlos, notando a expressão contemplativa de Marina. Estou pensando que há um ano eu era uma garota do interior que se casou por dinheiro com um homem que eu mal conhecia. Marina ajustou Alexandre em seus braços.
E agora sou uma mulher que descobriu que o amor verdadeiro pode nascer nos lugares mais inesperados e florescer das maneiras mais bonitas. Carlos a puxou para mais perto, envolvendo sua família em um abraço protetor. E eu era um homem que acreditava que o amor era apenas uma distração dos negócios.
Agora sei que o amor é o negócio mais importante da vida. Eles ficaram ali enquanto a noite caía sobre São Paulo. Três pessoas unidas por um amor que havia começado como conveniência e se transformado em algo verdadeiramente mágico. Alexandre dormia entre eles, inconsciente do milagre de sua própria existência. Um bebê nascido de um amor improvável, prova viva de que às vezes os finais mais belos realmente nascem dos começos mais inesperados.
No jardim iluminado pela lua, onde haviam renovado seus votos meses antes, o vento sussurrava através das rosas que Carlos ainda colhia todas as manhãs para a Marina. E se alguém estivesse ouvindo com atenção, poderia jurar que o vento carregava ecos promessa. A promessa de que o amor verdadeiro, uma vez encontrado, é capaz de superar qualquer obstáculo e criar milagres que duram para sempre.
Parina olhou para o marido, que havia aprendido a amar profundamente, e para o filho que representava o melhor de ambos, e soube com absoluta certeza que havia encontrado seu lugar no mundo. Não nos salões elegantes da Alta Sociedade Paulistana, nem nas salas de reunião empresariais, mas aqui, neste círculo sagrado de amor incondicional que ela, Carlos e Alexandre, haviam criado juntos. Às vezes, as maiores aventuras começam com os menores passos e os amores mais verdadeiros nascem das circunstâncias mais improváveis. M.
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