Imaginem por um momento, vocês aceitariam se casar com alguém que nunca amaram, apenas por conveniência? E se eu dissesse que essa decisão pode mudar uma vida para sempre? Hoje vou contar a história mais emocionante de transformação através do amor que vocês já ouviram. Mas antes, me digam aí nos comentários de onde vocês estão assistindo esse vídeo. Quero conhecer minha audiência.
E não se esqueçam de se inscrever no canal e deixar aquele like maroto para me ajudar a alcançar mais pessoas com essas histórias incríveis. O mar de Búzios batia ritmicamente contra as rochas quando Beatriz Santos ajeitou pela décima vez o roupão de seda branca. Suas mãos tremiam enquanto observava através da janela da suí nupscial a lua cheia refletindo nas águas escuras do Atlântico.
Aos 23 anos, ela jamais imaginara que sua primeira noite como mulher casada seria marcada por tanto medo e incerteza. Respira, Beatriz. É apenas um contrato”, sussurrou para si mesma, tentando acalmar os batimentos acelerados do coração. A porta do banheiro se abriu com um ruído suave e Ricardo Silva emergiu vestindo apenas uma calça de pijama de seda preta.
Mesmo aos 42 anos, ele mantinha o porte imponente que o tornara um dos empresários mais respeitados do Rio de Janeiro. Seus cabelos escuros tinham fios prateados nas têmporas e seus olhos cinzentos pareciam dois pedaços de granito polido. “Você parece nervosa”, disse ele, sua voz grave ecuando no silêncio da suí.
Beatriz baixou o olhar, suas bochechas corando. Eu nunca nunca o quê? Ricardo se aproximou lentamente, como um predador estudando sua presa. Nunca pertencia a ninguém. As palavras saíram em um sussurro quase inaudível. Ricardo parou abruptamente, seus olhos se arregalando.
Durante todos os meses de negociação do casamento arranjado entre as famílias, essa possibilidade jamais havia lhe ocorrido. No mundo em que vivia, mulheres de 23 anos raramente preservavam tal inocência. Você está dizendo que Beatriz ergueu o queixo, encontrando seus olhos pela primeira vez naquela noite. Que sou virgem, sim. E sei que isso não faz parte do nosso acordo, mas pare. A voz de Ricardo saiu mais dura que pretendia.
Ele passou a mão pelos cabelos, caminhando até a sacada. Este casamento é um arranjo de conveniência, Beatriz. Você obtém segurança financeira. Eu ganho uma esposa adequada para os eventos sociais. Não precisamos complicar as coisas com com o quê? Com a verdade? Beatriz se levantou, o roupão esvoaçando ao redor de suas pernas.
Desculpe desapontá-lo, Ricardo. Sei que esperava uma mulher experiente que tornasse esta noite mais fácil para ambos. Ricardo se virou bruscamente e Beatriz pôde ver algo diferente brilhando em seus olhos cinzentos. Não era decepção, era algo muito mais perturbador, era vulnerabilidade.
“Você não me desaponta”, disse ele, se aproximando novamente. “Me assusta, assusta? Uma mulher como você não deveria existir no meu mundo, Beatriz. Mulheres inocentes são perigosas para homens como eu.” Ele estendeu a mão tocando levemente seu rosto. Beatriz estremeceu com o contato e Ricardo notou. Vamos com calma”, murmurou ele. “Se é para ser sua primeira vez, que seja memorável”.
E quando seus lábios finalmente se encontraram, Beatriz soube que sua vida havia mudado para sempre. Mas o que ela não sabia era que Ricardo Silva, o homem conhecido por seu coração de pedra, também havia começado a se transformar naquela noite sob o luar de Búzios. O amanhecer trouxe consigo um constrangimento palpável. Beatriz acordou sozinha na cama King Size.
O lugar ao seu lado já frio. Ela puxou os lençóis até o queixo, as memórias da noite anterior, inundando sua mente como ondas furiosas. Ricardo havia sido surpreendentemente gentil, quase irreverente. Suas mãos grandes e calejadas haviam explorado cada centímetro de sua pele, com uma paciência que ela não esperava de um homem conhecido por sua frieza nos negócios.
Mas agora, à luz do dia, ela se sentia exposta e vulnerável. O som de teclas sendo digitadas a conduziu até a sala da suí, onde Ricardo trabalhava em seu laptop, já vestindo um terno cinza impecável. Ele não levantou os olhos quando ela apareceu. “Bom dia”, disse Beatriz timidamente. “Bom dia.
O café da manhã está na mesa”, ele respondeu sem parar de digitar. O tom formal e distante a atingiu como um tapa na cara. Beatriz se serviu de café e frutas em silêncio, o constrangimento crescendo a cada segundo. Finalmente não conseguiu mais suportar. Ricardo sobre ontem à noite. O que tem ontem à noite? Desta vez ele levantou os olhos, mas sua expressão era indecifrável.
Você se arrependeu? Ricardo fechou o laptop com um estalo seco. Arrepender-me de quê? De cumprir minha parte do acordo. As palavras foram como uma punhalada. Beatriz sentiu lágrimas picar em seus olhos, mas se recusou a deixá-las cair. “Entendo”, disse ela, se levantando da mesa. “Obrigada por esclarecer”.
Ela começou a se dirigir ao quarto, mas a voz de Ricardo a deteve. “Beatriz!” Ela se virou, esperança reluzindo em seus olhos escuros. Vamos passar cinco dias aqui. Sugiro que aproveitemos para estabelecer as regras de nossa convivência. Regras? Sim. Em público seremos o casal perfeito. Eu te tratarei com respeito e carinho.
Você desempenhará o papel da esposa dedicada. Em privado. Ele fez uma pausa. Mantemos distância. Isso evitará complicações desnecessárias. Beatriz sentiu seu coração se despedaçar em mil pedaços. mas ergueu o queixo com orgulho. Perfeito. Afinal, é apenas um contrato, não é mesmo? Ricardo observou ela se retirar e algo em seu peito se apertou de forma desconfortável.
Ele havia passado a vida inteira construindo muros ao redor de seu coração e uma única noite com aquela mulher havia começado a rachadá-los. Isso era inaceitável. Ele voltou ao laptop, mas as palavras na tela pareciam borradas. A imagem de Beatriz na noite anterior, vulnerável, confiante, entregando-se completamente a ele, não saía de sua mente. “Maldição”, murmurou, fechando os olhos.
Lá fora, as ondas continuavam batendo nas rochas, como se fossem um lembrete constante de que algumas forças da natureza são simplesmente impossíveis de controlar. Três dias haviam-se passado desde a conversa na sala e a tensão entre eles era quase palpável. Durante o dia cumpriam perfeitamente seus papéis. O empresário bem-sucedido e sua jovem esposa, passeando pelas praias de búzios, jantando em restaurantes com vista para o mar, posando para fotos que seriam publicadas nas colunas sociais.
Mas à noite, quando as portas do quarto se fechavam, a frieza de Ricardo retornava como uma muralha intransponível. Beatriz estava na varanda da suí, observando o pôr do sol pintar o céu de tons alaranjados e rosados, quando ouviu passos atrás de si. “Admirando a vista?”, perguntou Ricardo, se posicionando ao seu lado. É difícil não admirar tanta beleza. Ela respondeu sem olhar para ele.
Beatriz, eu preciso te contar algo. Algo no tom de sua voz fez ela se virar. Ricardo estava com as mãos apoiadas na grade da varanda, os nós dos dedos brancos de tanto apertar. “Meu primeiro casamento”, ele começou, sua voz saindo rouca. “Durou 8 anos.
oito longos anos em que acreditei estar vivendo um conto de fadas. Beatriz se aproximou, sentindo que finalmente as defesas dele estavam começando a ruir. Ela se chamava Débora, linda, inteligente, charmosa, tudo que um homem poderia desejar numa esposa. Ele soltou uma risada amarga, ou pelo menos era o que eu pensava.
O que aconteceu? Descobri que ela estava vendendo informações confidenciais dos meus negócios para a concorrência. Durante anos, ela usou nossa intimidade, nossa cama, para extrair segredos que quase destruíram meu império. A dor em sua voz era palpável e Beatriz sentiu seu coração se partir por ele. Ricardo não. Ele levantou a mão, impedindo-a de continuar. Deixe-me terminar.
Quando descobri a traição, ela riu na minha cara. disse que eu era um tolo romântico, que havia facilitado tudo para ela, que nunca havia sentido nada além de nojo quando me tocava. Beatriz engoliu em seco, começando a entender a frieza dele. Foi por isso que você propôs este casamento arranjado para não correr o risco de ser traído novamente. Exato.
Um contrato limpo, sem sentimentos envolvidos. Eu obteria uma esposa para as aparências. Você e sua família ganhariam estabilidade financeira. Simples assim. Mas então eu apareci e complicei tudo disse Beatriz, uma lágrima escorrendo por seu rosto. Ricardo se virou para ela, seus olhos cinzentos brilhando com uma intensidade que ela não havia visto antes.
Você não complicou nada, Beatriz. Você me lembrou de que ainda sou capaz de sentir e isso me aterroriza. Antes que ela pudesse responder, o céu se abriu em uma chuva torrencial. Eles correram para dentro da suí, encharcados e ofegantes. Quando se olharam, algo mudou no arre. A máscara de frieza de Ricardo havia finalmente caído completamente.
“Eu não consigo mais fingir”, disse ele, se aproximando dela. “Não consigo mais manter distância de você”. E quando a beijou desta vez foi diferente. Não havia gentileza calculada ou paixão contida. Era desespero puro, medo e desejo se misturando em uma combinação explosiva que prometia mudar tudo entre eles. A chuva continuou caindo toda a noite e, pela primeira vez desde o casamento, Ricardo permaneceu no quarto principal.
Beatriz acordou aninhada em seus braços, o som da respiração dele acalmando os medos que haviam dominado seu coração nos últimos dias. “Você está acordada”, disse ele, sua voz rouca de sono. “Há pouco tempo, ela se virou para encará-lo. Você vai fugir de novo?” Ricardo suspirou, passando os dedos pelos cabelos escuros dela. “Provavelmente deveria.
” “Seria mais seguro para nós dois. Mais seguro ou mais covardia?”, A pergunta direta o surpreendeu. Durante anos, ninguém havia usado confrontá-lo dessa forma. Cuidado, Beatriz. Você não conhece o monstro com quem está brincando. Não vejo nenhum monstro aqui. Ela tocou seu rosto, traçando a linha de sua mandíbula. Vejo apenas um homem ferido que está com medo de viver novamente.
Ricardo fechou os olhos, permitindo-se sentir o toque dela. Você não entende. Eu não sou um homem bom, Beatriz. Destruí pessoas em nome dos negócios. Fui implacável com quem se colocou no meu caminho. E daí? Como assim? E daí? Beatriz se apoiou no cotovelo, olhando diretamente em seus olhos.
Você acha que eu me importo com o que você fez antes de me conhecer? Que me importa com suas batalhas empresariais? Ou com quantas pessoas você precisou ser duro para proteger seu império? Ricardo a estudou, procurando por sinais de falsidade ou interesse financeiro, mas tudo que via era sinceridade absoluta. Por que não se importa? Porque o homem que fez amor comigo há três noites não é o mesmo que você descreve.
O homem que me tocou como se eu fosse feita de cristal, que parou a cada segundo para ter certeza de que eu estava bem, que murmurou palavras doces em meu ouvido. Ela sorriu. Esse homem é incapaz de ser um monstro. Beatriz. Não, agora deixe-me terminar. Sua voz ficou mais firme. Você quer saber por me casei com você, Ricardo? Não foi apenas pela segurança financeira da minha família.
Foi porque vi algo em seus olhos no dia em que nos conhecemos. Vi uma solidão tão profunda que espelhava a minha própria. Ricardo engoliu em seco, sentindo suas defesas desabarem completamente. E ontem à noite, quando você finalmente se permitiu ser vulnerável comigo, confirmou o que eu já suspeitava. Você não é o homem frio e calculista que finge ser.
É alguém que foi machucado tanto que esqueceu como é ser amado de verdade. E você acha que pode me ensinar? A pergunta saiu mais rude do que ele pretendia. Beatriz sorriu e foi como se o sol nascesse em seus olhos escuros. Não preciso te ensinar nada, Ricardo. Você já sabe amar. Só precisa se permitir fazer isso novamente. Ele a puxou para um beijo desesperado, sentindo pela primeira vez em anos que talvez, apenas talvez, merecesse uma segunda chance na vida.
Lá fora, a tempestade estava diminuindo e os primeiros raios de sol começavam a atravessar as nuvens. Um novo dia estava nascendo e com ele a possibilidade de um novo homem emergir das cinzas do passado de Ricardo Silva. Os dois dias seguintes foram uma revelação para ambos.
Ricardo se permitiu ser o homem que havia enterrado sob anos de desconfiança e dor. Ele levou Beatriz para caminhar pela praia ao amanhecer. Seus pés descalços, deixando pegadas na areia molhada enquanto ele contava sobre seus sonhos de juventude. “Você queria ser escritor?”, Beatriz perguntou incrédula, enquanto se sentavam numa pedra com vista para o oceano infinito.
“Acredita?” Ricardo riu, um som que ela estava começando a amar. Passei anos escrevendo contos e poesias. Tinha uma gaveta cheia de histórias que nunca mostrei para ninguém. E o que aconteceu com elas? Sua expressão se ensombreu levemente. Débora as encontrou um dia. Riu tanto que me sentiu humilhado. Disse que eram infantilidades de um homem que deveria se preocupar apenas com dinheiro. Você ainda as tem? Não.
Queimei todas depois do divórcio. Beatriz sentiu uma dor profunda no peito ao imaginar a cena. Que desperdício. Por quê? Ela estava certa. Era perda de tempo. Não, Ricardo. Beatriz se virou para encará-lo completamente. Ela estava com medo. Medo de quê? De que você descobrisse que tinha uma alma sensível por baixo de toda aquela dureza.
Mulheres como ela se alimentam do controle e um homem que sabe sentir profundamente é impossível de controlar completamente. Ricardo ficou em silêncio por um longo momento, processando as palavras dela. “Você me faz querer escrever de novo”, disse ele finalmente. “Então escreva sobre o quê?” Beatriz sorriu, seus olhos brilhando com malícia.
sobre uma jovem inocente que desarmou um empresário perigoso com apenas um sorriso. E isso seria ficção? Você me diga. Ele a beijou então ali mesmo na pedra, com o vento salgado chicoteando seus cabelos e o som das ondas como trilha sonora. E pela primeira vez em 8 anos, Ricardo Silva se sentiu verdadeiramente vivo. Naquela noite, durante um jantar íntimo no terraço da Suíte, ele segurou a mão dela por cima da mesa. Beatriz, eu preciso te dizer algo. O coração dela disparou.
O que é? Quando voltarmos ao rio, as coisas vão ser diferentes. A sociedade, os negócios, as obrigações, tudo vai tentar nos separar novamente e você vai deixar. Nunca mais. A intensidade em sua voz a fez arrepiar. Você mudou algo fundamental em mim, Beatriz. Me fez lembrar do homem que eu queria ser antes do mundo me endurecer.
E que homem é esse? Um que não tem medo de amar, um que protege o que é precioso, um que constrói ao invés de apenas destruir. Beatriz sentiu lágrimas de felicidade correrem por seu rosto. Esse homem sempre esteve aqui, Ricardo. Só estava escondido. Prometa-me uma coisa. O que for, nunca desista de mim, mesmo quando eu tropeçar, quando meus velhos hábitos voltarem, promete que vai continuar lutando por nós? Prometo, disse ela, selando o pacto com um beijo.
E sob o céu estrelado de búzios, dois corações feridos começaram a curar as feridas um do outro, descobrindo que o amor verdadeiro não é apenas sobre encontrar a pessoa certa, mas sobre se tornarem as pessoas certas um para o outro. A volta ao Rio de Janeiro, trouxe consigo a pressão sufocante da realidade. A mansão de Ricardo em Petrópolis, com seus jardins impecáveis e arquitetura imponente, parecia mais um museu do que um lar. Beatriz caminhou pelos corredores de mármore, sentindo-se pequena e deslocada.
“É muito grande”, murmurou ela, observando o lustre de cristal que dominava o hall principal. Era da minha família há três gerações, explicou Ricardo, notando seu desconforto. Você pode mudar o que quiser. É sua casa agora também. Beatriz assentiu, mas internamente se perguntava se algum dia se sentiria em casa ali. Na primeira semana, Ricardo tentou manter o comportamento carinhoso que haviam desenvolvido em búzios.
Tomva um café da manhã juntos no jardim de inverno. Ele chegava mais cedo do escritório para jantarem em família e suas noites eram preenchidas com conversas íntimas e carícias suaves, mas a pressão dos negócios começou a cobrar seu preço. “Senr Silva, a reunião com os japoneses foi remarcada para hoje à tarde”, anunciou Márcia, sua secretária particular, durante uma ligação que interrompeu o jantar.
Hoje não, Márcia, reagende para amanhã, senhor. Eles voam de volta para Tóquio amanhã de manhã. Se perdermos essa reunião, perdemos o contrato de 50 milhões. Beatriz viu o conflito nos olhos de Ricardo. Ela tocou sua mão suavemente. Vá, eu entendo. Tem certeza? Seus negócios são importantes. Não quero ser a esposa que atrapalha seu sucesso. Ricardo hesitou, mas finalmente beijou sua testa.
Volto assim que possível. Ele voltou às 2as da manhã, encontrando Beatriz lendo na biblioteca. Ela levantou os olhos quando ele apareceu na porta com o terno amarrotado e olhar cansado. “Como foi assim?”, perguntou ela. “Fechamos o contrato.” Ele se aproximou, mas havia uma distância em seus olhos que ela não havia visto desde búzios. “Beatriz, talvez você tenha razão.
Talvez seja melhor mantermos certas fronteiras.” O coração dela despencou. Fronteiras. O mundo dos negócios é implacável. Não posso me dar ao luxo de ficar distraído. E você? Ele engoliu em seco. Você me distrai de forma perigosa. Então foi isso? Uma semana de vida real e você já volta a ser o homem frio de antes.
Não é isso, Beatriz. É que é que eu tenho razão. Ela se levantou, fechando o livro com força. Você tem medo? medo de que, se permitir me amar de verdade, vai se tornar vulnerável como foi com ela. Isso não tem nada a ver com Débora, tem tudo a ver com ela. A voz de Beatriz ecoou pela biblioteca.
Ela pode ter saído da sua vida, Ricardo, mas ainda controla cada decisão que você toma. ainda escolhe por você quando deve amar e quando deve se proteger. Ricardo ficou em silêncio, o impacto das palavras dela atingindo-o como um soco no estômago. “Boa noite, Ricardo”, disse Beatriz, passando por ele em direção à porta. Quando decidir se quer ser o homem que conhecia em Búzios ou a marionete que ela transformou você, me avise.
Ela subiu as escadas, deixando-o sozinho na biblioteca, confrontado com uma verdade que não queria admitir. Beatriz estava certa e ele estava permitindo que fantasmas do passado sabotassem seu futuro. Três semanas se passaram em uma tensão crescente. Ricardo mergulhou completamente no trabalho, saindo antes do amanhecer e voltando tarde da noite.
Beatriz, por sua vez, tentou encontrar seu lugar naquela vida, decorando alguns cômodos da casa e estabelecendo rotinas que a fizessem sentir-se útil. Foi numa manhã de quinta-feira que ela acordou com náuseas violentas. correu para o banheiro, vomitando tudo que havia comido no jantar da noite anterior.
Quando isso se repetiu pelos próximos três dias, uma suspeita aterrorizante começou a tomar forma em sua mente. “Não pode ser”, sussurrou para si mesma, observando seu reflexo pálido no espelho do banheiro. Naquela tarde, enquanto Ricardo estava em mais uma de suas reuniões intermináveis, Beatriz pediu para o motorista levá-la à farmácia.
Sua mão tremia quando pegou o teste de gravidez e ela se escondeu atrás de óculos escuros como uma criminosa. De volta à mansão, trancou-se no banheiro da suí principal e seguiu as instruções com o coração disparando. Os 3 minutos de espera pareceram 3 horas, duas linhas rosa. Positivo. Beatriz se sentou na borda da banheira, o teste tremendo em suas mãos. Um bebê.
Ela estava esperando um bebê de Ricardo Silva, um homem que mal conseguia manter uma conversa civilizada com ela nos últimos dias. “O que eu faço agora?”, murmurou, passando instintivamente a mão sobre o ventre ainda liso. O som da porta principal sendo fechada, atirou de seus devaneios. Ricardo havia chegado mais cedo que o usual.
Ela escondeu o teste na gaveta da penteadeira e desceu para encontrá-lo. “Você chegou cedo”, disse ela, tentando manter a voz normal. Cancelei a última reunião. Ele a estudou com atenção. “Você está pálida? Está se sentindo bem?” “Estou ótima.” A mentira saiu rápido demais e Ricardo franziu o senho.
Beatriz, se há algo errado, não há nada errado. A reação exagerada dela confirmou suas suspeitas. Você está mentindo para mim. Ele se aproximou, sua voz ficando mais baixa. O que está acontecendo? Beatriz respirou fundo. Não havia como adiar aquela conversa para sempre. Ricardo, eu nós Ela engoliu em seco.
Eu preciso te contar algo, mas primeiro preciso que você entenda que não foi planejado, que eu nunca faria isso de propósito para te prender. Ou pelo amor de Deus, Beatriz, fale logo. Estou grávida. O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. Ricardo ficou parado como uma estátua, seus olhos cinzentos processando a informação. Beatriz observou cada nuance de sua expressão, procurando por pistas sobre sua reação.
Grávida ele repetiu como se testasse a palavra. Sim, descobri hoje. Deve ter acontecido em Búzios. E eu sei que isso muda tudo entre nós, mas preciso que saiba que nunca foi minha intenção. Pare. Ele levantou a mão e ela se calou imediatamente. Você realmente acha que eu acreditaria que você planejou isso? Eu não sei. Você tem estado tão distante que, Beatriz.
Sua voz saiu mais suave desta vez. Você realmente acredita que eu sou capaz de pensar tão mal assim de você? Lágrimas começaram a rolar pelo rosto dela. Não sei mais o que pensar, Ricardo. Você constrói muros entre nós sempre que começamos a nos aproximar.
Ele se aproximou lentamente, como se ela fosse um animal assustado, que pudesse fugir a qualquer momento. “Você está carregando meu filho”, disse ele. Uma reverência estranha em sua voz. Nosso filho, ela corrigiu. Nosso filho, ele repetiu. E pela primeira vez em semanas, ela viu o homem de búzios brilhando em seus olhos.
E quando ele finalmente a envolveu em seus braços, Beatriz soube que, independente dos medos e incertezas que viriam, eles enfrentariam tudo juntos. A notícia da gravidez trouxe uma mudança radical em Ricardo. Como se um interruptor tivesse sido ligado em sua alma, ele voltou a ser o homem carinhoso e atencioso que ela havia conhecido em Búzios, mas agora com uma intensidade protetor que às vezes chegava a ser sufocante. “Você não pode carregar isso”, disse ele, tirando uma pequena sacola de compras das mãos dela.
“Ricardo, são apenas algumas vitaminas que o médico receitou. Não vou quebrar. E se você tropeçar? E se forçar demais? Beatriz riu, tocando o rosto dele. Então você vai estar aqui para me amparar, não vai? Aquela simples resposta o fez parar no meio do corredor da mansão.
A confiança dela nele, mesmo depois de semanas de distanciamento, o atingiu como um raio. “Por que você ainda acredita em mim?”, perguntou ele, sua voz carregada de emoção. “Porque eu te amo, Ricardo! Amo o homem que você é quando para de lutar contra si mesmo. Eu também te amo”, disse ele. E foi a primeira vez que falou essas palavras. Te amo tanto que me apavora.
Por quê? Porque agora não é apenas você que posso perder. É nossa família inteira. Beatriz segurou as mãos dele, colocando-a sobre seu ventre ainda liso. Então não perca. Lute por nós. Naquela noite, Ricardo surpreendeu Beatriz com um jantar no jardim da mansão, iluminado por centenas de velas. Ela desceu às escadas usando um vestido azul marinho que realçava seus olhos escuros e ele sentiu o coração disparar como um adolescente. “O que é tudo isso?”, perguntou ela maravilhada.
Uma celebração”, disse ele, puxando a cadeira para ela. “Estamos esperando um bebê e eu quero que este seja o primeiro de muitos momentos especiais que vivenciaremos como família”. Durante o jantar, ele contou sobre os planos que já estava fazendo. Transformar um dos quartos em bersário, contratar a melhor babá do Rio de Janeiro, garantir que ela tivesse o melhor acompanhamento médico possível.
Ricardo, ela interrompeu suavemente. Você está planejando tudo, mas não me perguntou como eu me sinto em relação a ser mãe. Ele parou de falar, percebendo que estava fazendo exatamente o que sempre fazia, tentando controlar tudo. “Como você se sente?”, perguntou, segurando sua mão por cima da mesa. “Apavorada”, admitiu ela.
“Mal consigo cuidar de mim mesma direito. Imagine de um bebê. E se eu não souber o que fazer? E se não for uma boa mãe? Impossível. Como você pode ter tanta certeza? Porque vi como você cuidou de mim quando nem mesmo eu me achava digno de cuidado. Vi como você lutou por nós quando eu estava pronto para desistir.
Ele levantou a mão dela aos lábios. Uma mulher capaz de amar um homem difícil como eu vai ser uma mãe extraordinária. Lágrimas de felicidade brilharam nos olhos de Beatriz. E você está com medo também? Morto de medo, admitiu ele, mas também mais feliz do que jamais pensei que poderia ser.
Você me deu não apenas amor, Beatriz, me deu uma chance de ser o homem que sempre quis ser. E que homem é esse? Um pai, um marido, um homem que constrói um lar ao invés de apenas um império. Ela se levantou e contornou à mesa, sentando-se no colo dele. Eu te amo, Ricardo Silva, e vou amar nosso filho. Nosso filho? Ele repetiu maravilhado. Ainda não acredito que isso é real.
Acredite, disse ela, beijando-o suavemente. Somos uma família agora. E sob o céu estrelado do jardim, cercados pelo perfume das flores e pelo brilho das velas, eles selaram o compromisso de construir juntos não apenas um casamento, mas um lar cheio de amor e esperança. O primeiro evento social, após o anúncio da gravidez, foi um teste de fogo para o casal.
O baile beneficente da Sociedade das Damas de São Paulo reunia a nata da elite brasileira e Beatriz sabia que seria julgada pelos olhares mais críticos do país. “Você está linda”, disse Ricardo, ajeitando o colar de diamantes no pescoço dela. O vestido preto de grife realçava suas curvas ainda sutis da gravidez inicial.
“Estou nervosa”, admitiu ela, observando-se no espelho do quarto. “Por quê? É apenas um evento social. Beatriz se virou para encará-lo. Ricardo, você sabe que elas vão sussurrar pelas minhas costas, que vão dizer que engravidei de propósito para garantir meu lugar na sua vida. E você se importa com o que pensam? Me importo quando pode afetar você ou nossa família. Ricardo segurou o rosto dela entre as mãos. Deixe-as falar.
Eu sei a verdade, você sabe a verdade. O resto é irrelevante. Mas mesmo com suas palavras de encorajamento, Beatriz sentiu o peso dos olhares assim que entraram no salão do Copacabana Palace. Conversas eram interrompidas quando passavam. Sorrisos falsos eram oferecidos em cumprimentos superficiais. Ricardo, que surpresa maravilhosa.
Clarice Monteiro, uma das rainhas da sociedade carioca, se aproximou com um sorriso que não chegava aos olhos. E esta deve ser sua jovem esposa, Beatriz, disse ela, estendendo a mão. Claro. Ouvi dizer que vocês têm novidades para comemorar. O olhar de Clarice desceu rapidamente para o ventre de Beatriz antes de voltar para seu rosto.
“Estamos muito felizes”, respondeu Ricardo, passando o braço pela cintura da esposa de forma possessiva. “Que romântico! Um bebê da lua de mel. O tom de Clarice carregava uma insinuação venenosa. Beatriz sentiu o sangue ferver, mas manteve o sorriso. A natureza tem seus próprios planos, não é mesmo? Respondeu com elegância.
Clarice sorriu friamente antes de se afastar e Beatriz soube que a batalha havia apenas começado. Durante o jantar, sentada à mesa principal, ela ouviu fragmentos de conversas das mesas vizinhas. Tão jovem e já grávida. Coincidência interessante. Pelo menos conseguiu garantir a herança. Ricardo deve ter percebido seu desconforto, pois segurou sua mão por baixo da mesa.
“Quer ir embora?”, sussurrou ele. Não, não vou dar a elas essa satisfação. Foi na hora do café quando as mulheres se reuniram no terraço enquanto os homens fumavam charutos, que o confronto inevitável aconteceu. “Beatriz querida”, disse Valéria Sarmento, esposa de um banqueiro. “Você deve estar tão feliz por ter conseguido engravidar tão rapidinho.” “Conseguido?”, Beatriz repetiu, fingindo não entender.
Bem, todas sabemos como esses casamentos arranjados funcionam. A pressão para produzir um herdeiro deve ter sido enorme. Várias mulheres riram baixinho e Beatriz sentiu a raiva queimar em seu peito. “Sinto muito se as decepcionei”, disse ela se levantando. “Mas meu casamento não é arranjado, é baseado em amor, algo que talvez algumas de vocês não reconheçam mais.” O silêncio foi absoluto.
Então, Beatriz deu o golpe final. E quanto à pressão por herdeiros, posso garantir que Ricardo e eu não precisamos de pressão para sermos íntimos. Na verdade, tem sido difícil mantê-lo longe de mim. As faces chocadas das mulheres foram recompensa suficiente. Beatriz sorriu docemente e se retirou, deixando um burburinho escandalizado para trás. Mas quando chegou ao hall, ouviu passos atrás dela.
Era Ricardo com uma expressão que ela não conseguiu decifrar. “Você ouviu?”, disse ela. Não era uma pergunta. “Cada palavra”. Ele se aproximou lentamente. “Você as destruiu?” “Estou com problemas?” Ricardo sorriu e foi como se o sol nascesse em seu rosto. “Problemas, Beatriz? Você foi magnífica.
Nunca me senti tão orgulhoso de uma mulher na minha vida. E ali mesmo, no meio do hall do hotel mais luxuoso do rio, ele a beijou como se fossem os únicos no mundo, provando para qualquer um que tivesse dúvidas que aquele casamento era muito mais do que um simples arranjo. Os meses seguintes trouxeram uma rotina tranquila e feliz.
Beatriz floresceu durante a gravidez e Ricardo se transformou no marido mais atencioso do mundo. Ele instalou um escritório em casa para poder trabalhar mais perto dela. Contratou uma chefe particular garantir que ela tivesse a melhor nutrição e todas as noites lia para o bebê que crescia em seu ventre.
“Você acha que ele pode nos ouvir?”, perguntou Beatriz uma noite, enquanto Ricardo lia um conto de machado de Assis com a cabeça apoiada em sua barriga de se meses. Tenho certeza que sim. Quando termino de ler, ele sempre se mexe mais. Beatriz passou os dedos pelos cabelos escuros dele. Que pai você vai ser? Espero ser melhor que o meu. Foi. Era a primeira vez que Ricardo mencionava seu pai e Beatriz percebeu a dor em sua voz.
Quer falar sobre ele? Ricardo ficou em silêncio por um momento, depois se sentou na cama ao lado dela. Meu pai era um homem brilhante nos negócios, mas terrível como pai. O orcaholic obsessivo, que acreditava que demonstrar afeto era sinal de fraqueza.
Passei toda minha infância tentando conquistar sua aprovação e quando finalmente consegui, já era tarde demais. Ele havia morrido de um infarto aos 52 anos. Você sente falta dele? Sinto falta do pai que ele poderia ter sido, do homem que talvez existisse por trás de toda aquela frieza. Ricardo colocou a mão sobre a barriga dela. Prometo que nosso filho nunca vai se perguntar se é amado. E nossa filha? Nossa filha. Ele sorriu.
Você acha que é menina? Intuição feminina. E você o que acha? Não me importo se é menino ou menina. Só quero que seja saudável e se pareça com você. Comigo? Por quê? Porque você é a pessoa mais corajosa que conheço. Enfrentou a sociedade, me enfrentou quando eu estava sendo impossível, transformou esta casa fria em um lar. Ele beijou sua testa.
Se nosso filho herdar metade da sua força, será imbatível. Naquela noite, Beatriz sonhou com uma menina de cabelos escuros e olhos cinzentos como os do pai, correndo pelos jardins da mansão, enquanto Ricardo a perseguia, rindo como ela nunca o havia visto rir. Ela acordou com uma sensação estranha no baixo ventre.
No início, pensou que fosse apenas o bebê se mexendo, mas a sensação se intensificou. Ricardo Ela o balançou suavemente. Raicardo, acorde. O que foi? Ele se levantou imediatamente alerta. Acho que acho que está na hora. O pânico que tomou conta do rosto dele foi quase cômico. Em questão de minutos, ele havia ligado para o médico, preparado a mala que já estava pronta há semanas e carregado Beatriz para o carro.
“Calma, Ricardo, ainda temos tempo”, disse ela entre uma contração e outra. Tempo? Não temos tempo. E se algo der errado? E se chegarmos tarde? E se Ricardo? Ela segurou o rosto dele. Respira, está tudo bem. Nosso bebê está vindo e isso é maravilhoso. Ele respirou fundo, tentando se acalmar. Você tem razão. Desculpe. É que eu está com medo. Eu sei. Eu também estou.
Mas estamos juntos. Durante todo o trajeto até a maternidade, Ricardo segurou sua mão, sussurrando palavras de encorajamento e amor. E Beatriz soube que, independente do que o futuro trouxesse, eles enfrentariam tudo juntos, como uma família de verdade. O choro forte e saudável que ecoou pela sala de parto às 3:47 da madrugada foi o som mais bonito que Ricardo Silva já havia escutado em toda sua vida.
Quando o médico colocou o pequeno embrulho em seus braços, ele sentiu lágrimas correrem pelo rosto pela primeira vez desde a infância. “É um menino”, anunciou o Dr. Carvalho, sorrindo forte e perfeito. Ricardo olhou para o rostinho vermelho e enrugado de seu filho e sentiu como se estivesse vendo um milagre.
Os olhos pequeninos se abriram por um instante, revelando um cinza claro idêntico ao do pai. Oi, pequeno”, sussurrou ele, sua voz embargada. “Eu sou seu papai.” “Como se sente?”, perguntou Beatriz, exausta, mas radiante na maca. “Como se tivesse sido criado novamente”, respondeu Ricardo, aproximando o bebê dela.
“Olhe para ele, Beatriz.” “Olhe o que criamos.” “Miguel”, disse ela, tocando a mãozinha minúscula. “Seu nome é Miguel.” Miguel Silva, repetiu Ricardo, testando o som. Perfeito. As primeiras semanas foram uma mistura de maravilha e exaustão. Ricardo se recusou a contratar uma babá noturna, insistindo em se levantar junto com Beatriz para alimentar o bebê.
Sua empresa passou a ser administrada remotamente, pois ele não conseguia ficar longe de casa por mais de algumas horas. Você vai se cansar”, alertou Beatriz uma manhã, encontrando-o adormecido na poltrona do quarto do bebê com Miguel no colo. “Impossível”, murmurou ele sem abrir os olhos. “Poderia ficar aqui para sempre”. E era verdade.
A mansão, que antes parecia fria e impessoal, havia se transformado em um lar cheio de vida. Os corredores ecoavam com o choro do bebê, o riso de Beatriz e a voz suave de Ricardo cantando canções de Ninar. que ele inventava na hora. “Você mudou completamente”, observou Beatriz tarde, observando Ricardo fazer caretas engraçadas para o bebê no trocador.
Para melhor ou para pior? “Definitivamente para melhor. Às vezes mal reconheço o homem frio que conheci.” “Aquele homem morreu no dia em que você entrou na minha vida”, disse ele sem parar de fazer caretas para Miguel. Este aqui é um homem novo, um homem que sabe o que realmente importa. E o que importa? Ricardo parou o que estava fazendo e a olhou diretamente.
Você, ele, esta vida que construímos juntos, o resto é apenas ruído. Foi naquela mesma tarde que receberam uma visita inesperada. Márcia, sua secretária, ligou informando que Débora estava na recepção do escritório pedindo para falar com ele. “Débora?” A expressão de Ricardo se endureceu imediatamente. “Quem é Débora?”, perguntou Beatriz, embora já suspeitasse da resposta.
“Minha ex-esposa, não a vejo há três anos.” O silêncio que se seguiu foi tenso. Beatriz observou o conflito passar pelo rosto de Ricardo, como nuvens escuras atravessando o céu. “Você vai falar com ela?” “Não sei porque ela quer me ver depois de todo esse tempo. Talvez devesse descobrir.” Ricardo a estudou.
Você não se importa? Me importo, admitiu Beatriz, mas também confio em você. E talvez seja importante fechar essa página de vez. Duas horas depois, Ricardo voltou para casa mais cedo que o habitual. Beatriz o encontrou parado no bersário, observando Miguel dormir. “Como foi?”, perguntou ela suavemente. “Esclarecedor”, disse ele, sem tirar os olhos do bebê.
Ela veio pedir dinheiro. Aparentemente gastou toda a pensão que recebeu no divórcio e está falida. E você disse que o advogado dela poderia entrar em contato com o meu para discutir um empréstimo, não um favor. Você ainda sente alguma coisa por ela? Ricardo finalmente se virou para encará-la.
Sabe o que senti quando a vi? Nada. Absolutamente nada. Ela parecia uma estranha falando sobre a vida de outra pessoa. Beatriz suspirou aliviada. Mas sabe o que mais me impressionou? Continuou ele. Durante toda a conversa, tudo que eu conseguia pensar era em voltar para casa, para você e para Miguel, para a vida real que construímos juntos.
A vida real, sim, porque tudo que vivi antes de você não passou de um ensaio. Esta é minha vida real. Vocês são minha vida real. E quando Miguel acordou naquele momento, como se estivesse concordando com as palavras do pai, Ricardo soube que havia finalmente encontrado seu lugar no mundo, não em salas de reunião ou escritórios luxuosos, mas naquele quarto simples com sua esposa e seu filho, sendo simplesmente um homem apaixonado por sua família.
O jardim da mansão em Petrópolis estava decorado com balões azuis e vermelhos para a festa de quarto aniversário de Miguel. O menino corria entre os convidados com a energia inesgotável típica da idade, seus cachos escuros brilhando sob o sol da tarde e seus olhos cinzentos idênticos aos do pai, irradiando felicidade pura. “Papai, vem brincar de pega pega”, gritou ele, puxando a mão de Ricardo.
“Já vou, campeão. Deixa o papai terminar de conversar com o tio Carlos.” Beatriz observou a cena do terraço, um sorriso brincando em seus lábios. Aos 28 anos, ela havia se tornado uma mulher confiante e a maternidade havia lhe dado uma elegância natural que chamava atenção onde quer que fosse, mas era a felicidade em seus olhos que mais impressionava as pessoas.
Uma luz que parecia vir de dentro. “Ele é igualzinho ao pai”, comentou Helena, esposa do sócio de Ricardo. Fisicamente, sim, mas no temperamento é mais parecido comigo, graças a Deus, rio Beatriz. Como assim? Ricardo era uma criança séria demais para sua idade. Miguel é pura alegria. Acho que isso vem do ambiente em que está crescendo. Vocês parecem tão felizes.
É impressionante como Ricardo mudou desde que se casaram. Beatriz observou o marido sendo perseguido por Miguel e mais três crianças pelo jardim. Seu terno caro, completamente amarrotado, mas o sorriso mais genuíno que ela já havia visto iluminando seu rosto. “Ele não mudou”, disse ela suavemente, apenas se permitiu ser quem sempre foi por dentro.
Naquela noite, depois que todos os convidados foram embora e Miguel finalmente adormeceu exausto, cercado pelos brinquedos novos, Ricardo e Beatriz se sentaram na varanda com vista para as montanhas de Petrópolis. Foi uma festa perfeita”, disse ela, aninhando-se em seus braços. “Miguel adorou. Não para de falar sobre o poney que você contratou.
Você viu o rosto dele quando montou pela primeira vez? Pura magia.” Ricardo ficou em silêncio por um momento, apenas observando as estrelas no céu limpo da serra. “Em que está pensando?”, perguntou Beatriz. “Em como tudo mudou? Há cinco anos, se alguém me dissesse que eu estaria aqui nesta casa cheia de risos de criança, casado com uma mulher que me faz querer ser melhor a cada dia, eu teria achado impossível.
E agora? Agora não consigo imaginar nenhuma outra vida. Não consigo me lembrar como era existir sem você e sem Miguel. Beatriz se virou para encará-lo. Você se arrepende de alguma coisa? de ter demorado tanto para me permitir ser feliz, de ter quase desperdiçado a chance de ter uma família de verdade por causa do medo.
O medo passou? Ricardo sorriu beijando sua testa. Não, completamente. Ainda tenho pesadelos ocasionais de que vou acordar e descobrir que tudo isso foi um sonho. Mas aí Miguel aparece no nosso quarto às 6 da manhã querendo panquecas e você reclama que ele herdou meus horários malucos e eu lembro que isso é real e será para sempre. Para sempre. Concordou ele.
Sabe o que mais me impressiona? O quê? Como você me conhecia melhor que eu mesmo desde o primeiro dia. Você viu o homem que eu poderia ser quando nem eu acreditava que ele existia. Beatriz tocou o rosto dele, traçando a linha de sua mandíbula com os dedos. Eu não criei esse homem, Ricardo. Apenas ajudei você a tirá-lo do esconderijo.
E agora Miguel vai crescer vendo esse homem, não o outro. Vai crescer numa casa cheia de amor, não de frieza e distanciamento. Ele já está crescendo assim. Olhe para ele. É a criança mais feliz do mundo. Como nós”, disse Ricardo, puxando-a para um beijo longo e apaixonado. E ali, na varanda da casa, que havia se tornado um verdadeiro lar, cercados pelo perfume das flores do jardim e embalados pelo som distante das cigarras, eles renovaram silenciosamente a promessa de continuarem construindo, dia após dia, a vida extraordinária que haviam criado
juntos. Não sabiam que o maior teste de seu amor ainda estava por vir, escondido nas sombras do futuro próximo. A carta chegou numa segunda-feira chuvosa de julho. Beatriz a encontrou na mesa do R principal quando desceu para o café da manhã. O envelope creme com o timbre de um escritório de advocacia chamando sua atenção imediatamente.
Ricardo ela chamou, mas ele já havia saído para uma reunião matinal. Miguel apareceu nas escadas ainda de pijama, esfregando os olhos sonolentos. “Bom dia, mãe”, disse ele, se jogando em seus braços. “Bom dia, meu amor. Que tal tomarmos café juntos hoje?” Mas durante todo o café da manhã, a carta permaneceu em sua mente como uma sombra.
Quando Ricardo finalmente voltou para casa no início da tarde, ela estava esperando na biblioteca. Chegou uma carta para você”, disse ela, entregando o envelope ainda lacrado. Ricardo franziu o senho ao ver o remetente, mas abriu a carta na frente dela. Enquanto lia, sua expressão se tornava cada vez mais sombria.
“O que é?”, perguntou Beatriz, o coração começando a acelerar. Débora está processando para tentar anular o acordo do divórcio. Alega que foi coagida a assinar e que tem direito a 50% de tudo que construir. Beatriz sentiu como se o chão tivesse desaparecido sob seus pés. Ela pode fazer isso? Pode tentar.
Não significa que vai conseguir, mas se conseguir, Ricardo guardou a carta no boleto do palitó, sua mandíbula se endurecendo. Se conseguir, perdemos metade de tudo. A casa, as empresas, as economias de Miguel. E o que fazemos? Lutamos, disse ele, puxando-a para seus braços. Com unhas e dentes, lutamos. As semanas seguintes, foram um turbilhão de reuniões com advogados, investigadores particulares e preparação para uma batalha judicial que prometia ser brutal.
Débora havia contratado um dos escritórios mais agressivos de São Paulo e estava determinada a destruir Ricardo financeiramente. “Ela quer vingança”, explicou o Dr. Moreira, o advogado de Ricardo. “Descobrimos que ela gastou toda a pensão do divórcio em apostas e está com dívidas enormes. Ver vocês felizes e prósperos a deixou amargurada.” “Que evidências ela tem de coação?”, perguntou Beatriz.
Nenhuma real, mas ela está alegando que Ricardo a ameaçou e que ela assinou com medo. É a palavra dela contra a dele. Foi naquela noite que Ricardo finalmente demonstrou o peso da pressão. Beatriz o encontrou no escritório às 2as da madrugada, cercado por papéis e com uma garrafa de whisky meio vazia ao lado. Ricardo Ele levantou os olhos e ela viu neles uma dor que não via desde os primeiros dias do casamento.
E se ela conseguir, Beatriz? E se eu perder tudo? Não vai perder. Você não entende. Ele se levantou bruscamente, passando as mãos pelos cabelos. Se ela conseguir provar qualquer coisa, mesmo que seja mentira, posso perder não apenas o dinheiro, mas minha reputação, meus negócios, tudo pelo que trabalhei a vida inteira.
E daí? A pergunta simples o fez parar no meio da sala. Como assim? E daí? Beatriz se aproximou, segurando as mãos dele. Ricardo me olha nos olhos e me responde: “O que realmente importa para você? Você e Miguel, sempre vocês. Então, o que mais importa? Dinheiro, prestígio, posses? Não, mais nada.
Nós vamos continuar existindo, não vamos? Eu vou continuar te amando se você for o homem mais rico do Rio ou se tivermos que recomeçar do zero. Miguel vai continuar te vendo como herói se morarmos numa mansão ou num apartamento simples. Ricardo fechou os olhos, sentindo as palavras dela penetrarem em sua alma. Você não entende, Beatriz.
Eu prometi te dar segurança, estabilidade e você me deu me deu a segurança de saber que sou amada. A estabilidade de uma família unida. O resto ela deu de ombros. O resto são apenas coisas. Você realmente acredita nisso? Com cada fibra do meu ser.
Ricardo a puxou para um abraço desesperado, sentindo pela primeira vez em semanas que talvez conseguissem sobreviver à tempestade. “Eu te amo tanto”, sussurrou ele em seu ouvido. “E eu te amo. Não importa o que aconteça, nós vamos superar juntos”. Mas nenhum dos dois estava preparado para a revelação devastadora que Débora reservava como último golpe. Ela havia descoberto que Miguel não era filho biológico de Ricardo e estava pronta para usar essa informação para destruir a família que eles haviam construído com tanto amor.
O exame de paternidade forjado que ela apresentou como evidência chegou numa sexta-feira e quando Ricardo leu os resultados falsificados, sentiu como se seu mundo tivesse desabado completamente. A sala de audiência estava mergulhada em um silêncio tenso quando o juiz anunciou o resultado do exame de DNA verdadeiro solicitado pela Corte após as irregularidades descobertas no exame apresentado por Débora.
Os resultados confirmam com 9,99% de certeza que o Sr. Ricardo Silva é o pai biológico da criança, Miguel Silva”, declarou o magistrado. Débora empalideceu ao lado de seus advogados enquanto Ricardo sentiu as pernas fraquejarem de alívio. Beatriz segurou sua mão, sussurrando uma oração de gratidão. Além disso, continuou o juiz.
As investigações revelaram que a requerente forjou documentos, apresentou evidências falsas e tentou chantagear a família Silva. Desta forma, não apenas nego o pedido de revisão do acordo de divórcio, como determino que a senora Débora Santos pague uma indenização por danos morais no valor de R 2 milhões deais.
A sentença ecoou pela sala como um trovão. Débora tentou protestar, mas foi silenciada pelos próprios advogados, que já sabiam que a situação era irreversível. Do lado de fora do tribunal, sob o céu azul de um outubro primaveril, Ricardo abraçou Beatriz com uma força que parecia tentar compensar todos os momentos de angústia dos últimos meses.
“Aou”, murmurou ele em seu ouvido. “finalmente acabou. Eu sabia que íamos vencer”, disse ela, beijando seu pescoço. “Sempre soube como podia ter tanta certeza?” Beatriz se afastou para olhá-lo nos olhos, um sorriso radiante iluminando seu rosto. “Porque amor verdadeiro sempre vence o ódio, Ricardo? Sempre.
Naquela noite, depois de buscar Miguel na casa dos sogros, onde havia passado o dia, os três se reuniram na sala de estar da mansão. Miguel, agora com 5 anos, não compreendia completamente o que havia acontecido, mas percebia a felicidade radiante dos pais. “Papai, por que você e mamãe estão tão felizes hoje?”, perguntou ele sentado no colo de Ricardo.
Porque hoje tivemos a confirmação de algo que já sabíamos, campeão, que somos uma família de verdade para sempre. Nós já não éramos uma família, éramos, disse Beatriz, se sentando ao lado deles no sofá. Mas às vezes pessoas ruins tentam estragar coisas boas. Hoje um juiz disse que essas pessoas não podem mais nos incomodar. Miguel processou a informação com a seriedade típica das crianças.
Então, agora podemos ser felizes para sempre. Ricardo e Beatriz trocaram um olhar carregado de emoção. Sim, meu amor, disse Ricardo, sua voz embargada. Para sempre. Mais tarde, depois que Miguel adormeceu em sua cama, os dois caminharam pelos jardins da mansão, sob a luz da lua cheia. Era uma noite perfeita, com o ar perfumado pelas flores e o som distante das cigarras.
criando uma sinfonia natural. “Ricardo”, disse Beatriz parando próxima à fonte central do jardim. “Sim, quero te agradecer.” Me agradecer? Por quê? Por ter me ensinado o que é amor verdadeiro, por terme mostrado que contos de fada existem, mesmo quando começam com contratos e arranjos.
Ricardo segurou as mãos dela, observando como a luz da lua fazia seus olhos brilharem como estrelas. Eu que deveria te agradecer. Você me salvou, Beatriz. Me salvou de uma vida vazia, de um coração de pedra, de um futuro solitário. Nós nos salvamos mutuamente, corrigiu ela. E agora temos uma vida inteira pela frente. Uma vida inteira, repetiu ele maravilhado.
Às vezes ainda não acredito que isso é real. Acredite, porque esta é apenas a nossa primeira história. Vamos ter muitas outras pela frente. Como assim? Beatriz sorriu, colocando a mão dele sobre seu ventre ainda liso. Porque Miguel vai ganhar um irmãozinho ou irmãzinha em alguns meses? Ricardo ficou parado por um momento, processando a informação.
Depois, seu rosto se iluminou com um sorriso tão radiante que parecia que ele havia engolido o sol. Outro bebê. Outro bebê. confirmou ela, rindo da expressão de êxtase absoluto dele. Ele a ergueu do chão, girando-a pelos ares enquanto gritava de alegria. Quando finalmente a colocou no chão, seus olhos estavam cheios de lágrimas de felicidade.
“Como é possível ser tão feliz?”, perguntou ele, beijando-a apaixonadamente. “É fácil quando você encontra a pessoa certa”, respondeu ela. “E quando você se permite amar sem medo?” E ali no jardim que havia se tornado testemunha de sua transformação de estranhos em amantes, de amantes em família, eles selaram com um beijo a promessa de continuarem escrevendo juntos a mais bela história de amor que já havia existido.
10 anos depois, sentados na mesma varanda onde haviam tido tantas conversas importantes, cercados pelos risos de Miguel e de sua irmã Sofia, Ricardo e Beatriz ainda se olhavam com o mesmo amor ardente do primeiro dia, porque algumas pessoas têm a sorte de encontrar não apenas o amor da sua vida, mas a vida do seu amor, e viveram felizes para sempre, como nos melhores contos de fada, que se tornam realidade quando duas almas corajosas decidem apostar tudo no poder transformador do amor verdadeiro.
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