Ei, você que está assistindo agora, me conta nos comentários de onde você está assistindo esse vídeo, qual cidade, qual estado? E se você gosta de histórias intensas e apaixonantes, se inscreve no canal e deixa aquele like, porque essa narrativa vai mexer com cada fibra do seu coração. A noite estava particularmente fria naquela quarta-feira de inverno.
Joana Ferreira ajustou o jaleco branco e prendeu os cabelos castanhos em um coque firme, preparando-se para mais um turno interminável no pronto socorro do hospital São Lucas. Aos 26 anos, ela já tinha visto de tudo. Brigas de bar, acidentes de trânsito, overdoses, mas nada a prepararia para o que estava prestes a atravessar aquelas portas automáticas.
O relógio marcava 23:47, quando o estrondo das sirenes rasgou o silêncio do corredor. Politrauma vindo. Vítima de arma de fogo! Gritou Ricardo, o enfermeiro da triagem, enquanto corria para a entrada. Joana sentiu a adrenalina percorrer suas veias, largou a prancheta que segurava e correu para a sala de emergência.
Os paramédicos entraram em disparada com uma maca e nela estava um homem alto de terno caro encharcado de sangue. Mesmo ferido e pálido, havia algo magnético nele, uma mandíbula angular, cabelos negros desalinhados. E quando seus olhos se entreabriram por um segundo, Joana viu a intensidade de íris quase negras. Pressão caindo, 80 por 50, anunciou um dos paramédicos. Ferimento por arma de fogo no abdômen. Possível perfuração de órgãos completou outro. Dr.
Mendes, o cirurgião de plantão, assumiu o comando imediatamente. Preparem o centro cirúrgico. Joana, você vai comigo? Ela não hesitou. com mãos firmes, começou a preparar o paciente, cortando o tecido fino do terno italiano, enquanto outros enfermeiros conectavam monitores e iniciavam a transfusão de sangue. Foi então que aconteceu.
Os dedos do homem, frios e tremendo, agarraram seu pulso com uma força surpreendente para alguém à beira da morte. Joana olhou para baixo e encontrou aqueles olhos escuros fixos nela, vidrados de dor, mas intensos como brasas. Não me deixe”, ele sussurrou cada palavra, parecendo um esforço monumental. O coração de Joana falhou uma batida.
Havia algo naquele olhar, uma vulnerabilidade brutal, misturada com uma ordem silenciosa. Ela cobriu a mão dele com a sua, sentindo o sangue quente escorrer entre seus dedos. “Eu não vou deixar”, ela prometeu, sem entender porque aquelas palavras saíram com tanta convicção. “Você vai ficar bem. A cirurgia durou 4:37. Foram os minutos mais longos da vida de Joana. Dr.
Mendes trabalhou com precisão cirúrgica, literalmente, removendo dois projéteis e reparando um intestino perfurado e o fígado parcialmente lesionado. Joana permaneceu focada, antecipando cada movimento do médico, controlando hemorragias, monitorando sinais vitais que oscilavam perigosamente. “Esse homem tem sorte de estar vivo”, murmurou o Dr. Mendes, limpando o suor da testa. mais 5 minutos e teríamos perdido ele.
Quando finalmente o transferiram para a UTI, Joana deveria ter ido para casa. Seu turno tinha acabado há duas horas, mas algo aprendeu ali. Ela puxou uma cadeira para perto do leito e observou o homem desconhecido respirar pelo ventilador mecânico, mesmo inconsciente, sedado e com tubos por todo lado. Ele tinha uma presença imponente.
Quem era ele? Por que atiraram nele? E por que diabos ela sentia essa necessidade inexplicável de protegê-lo? Às 7:23 da manhã, os dedos dele se contraíram. Joana, que havia cochilado na cadeira, despertou instantaneamente. Os olhos do homem se abriram lentamente, confusos e desorientados. Ele tentou falar, mas o tubo da intubação impediu. Calma, calma.
Joana se levantou, tocando seu ombro suavemente. Você está no hospital. Você foi baleado, mas passou pela cirurgia. está seguro agora. Os olhos dele vagaram pelo quarto antes de encontrarem os dela. E então ele focou, realmente focou nela como se estivesse memorizando cada detalhe de seu rosto.
Havia uma intensidade naquele olhar que fez Joana recuar instintivamente. Dr. Mendes entrou para o exame matinal e, após confirmar que tudo estava estável, autorizou a remoção do ventilador. Joana assistiu ao procedimento e assim que o tubo foi retirado, o homem tociu, engasgou, mas seus olhos nunca deixaram os dela. Qual? Ele raspou a garganta, a voz rouca e áspera.
Qual é o seu nome? Joana hesitou. Era protocolo não dar informações pessoais aos pacientes, mas algo, naquela voz exigente, mesmo fraca, a fez responder. Joana, Joana Ferreira. Um fantasma de sorriso tocou os lábios pálidos dele. “Joana”, ele repetiu como se estivesse provando cada sílaba. “Você ficou comigo a noite toda.” Não era uma pergunta, era uma constatação.
“Como ele sabia? Eu sem”, ela admitiu, ajeitando nervosamente o jaleco. “Alguém precisava monitorá-lo. “Mentirosa”, ele disse. “Mas sem raiva. Você prometeu que não me deixaria”. O rosto de Joana esquentou. Ele se lembrava daquilo durante a admissão em meio ao caos e dor, e eu não deixei.
Ela respondeu erguendo o queixo com uma confiança que não sentia. Algo mudou nos olhos dele. Uma faísca de interesse, admiração, possessão. Joana não soube definir, mas a forma como ele a observava fez sua pele formigar. “Como você se chama?”, ela perguntou. Profissionalismo retornando. Fernando ele disse simplesmente, Fernando Monteiro. O nome não significou nada para ela naquele momento, mas deveria ter significado.
Nas horas seguintes, enquanto Joana cuidava de outros pacientes, ela não conseguia tirar Fernando Monteiro da cabeça. Cada vez que entrava na UTI, encontrava aqueles olhos escuros a seguindo, observando cada movimento seu. Era perturbador, era intenso, era perigoso. Sussurrou uma voz em sua mente. Esse homem é perigoso.
No final da tarde, quando finalmente se preparava para ir embora, Joana fez uma última checagem em Fernando. Ele estava acordado, observando o teto com uma expressão indecifrável. “Sua pressão está estável”, ela anunciou, verificando os monitores. “A recuperação está indo bem. Logo você será transferido para um quarto comum, Joana.
A forma como ele disse seu nome fez algo estranho no estômago dela. Virou-se para encará-lo. “Obrigado”, Fernando disse. E havia uma sinceridade bruta naquelas duas palavras que a desarmou completamente. “Por me salvar. Eu só fiz meu trabalho”, ela respondeu, mas sua voz saiu mais suave do que pretendia. Não”, ele insistiu.
E pela primeira vez ela viu emoção real cruzar aquele rosto esculpido. “Foi mais do que isso. Você”. Ele pausou como se as palavras fossem difíceis. “Você me deu algo para lutar. Quando acordei e vi você ali, soube que valia a pena sobreviver. O coração de Joana acelerou perigosamente. Aquilo era inapropriado. Era um paciente por Deus.
Mas o jeito que ele a olhava, como se ela fosse a única pessoa em todo o universo, mexeu com algo profundo dentro dela. Descanse, Senr. Monteiro! Ela disse, lutando para manter a voz firme. Você precisa de forças para se recuperar. Virou-se para sair, mas a voz dele a deteve na porta. Eu vou te ver de novo, Joana Ferreira. Isso eu prometo.
Havia algo na promessa que soou mais como uma garantia, uma inevitabilidade. Joana saiu daquele quarto com as mãos tremendo e o coração disparado, sem saber que aquela noite havia selado seu destino de formas que ela jamais poderia imaginar. Três dias se passaram. Três dias nos quais Joana tentou, sem sucesso, esquecer o homem de olhos negros da UTI.
Mas Fernando Monteiro tinha outros planos. No primeiro dia após sua transferência para um quarto privativo, o mais caro do hospital ela anotou, ele recusou terminantemente ser atendido por qualquer enfermeira que não fosse Joana. Causou tanto tumulto que o supervisor veio pessoalmente pedir que ela o atendesse só para acalmá-lo.
É só por hoje, o supervisor prometeu. Amanhã ele vai ter que aceitar outro profissional. Mas no dia seguinte, a mesma cena se repetiu. E no terceiro dia também, Joana empurrou a porta do quarto 407 com uma mistura de frustração e antecipação. Não. Ela se recusava a admitir que havia qualquer empolgação em vê-lo.
Fernando estava sentado na poltrona ao lado da janela, vestindo um roupão hospitalar que, de alguma forma parecia elegante nele. Ele estava no telefone, a voz baixa e perigosamente calma. Eu não me importo com as desculpas dele, Ricardo. Quero os nomes até amanhã ou vai ter que procurar outro emprego. Uma pausa. E o tom ficou ainda mais gélido. Ótimo. Estamos entendidos.
Ele desligou e aqueles olhos escuros encontraram Joana instantaneamente, como se soubesse exatamente quando ela havia entrado. “Joana”, ele disse, “e maldito fosse o modo como seu nome soava naquela voz profunda. Estava esperando por você, senhor Monteiro.” Ela respondeu formalmente, aproximando-se com a prancheta. Preciso verificar seus sinais vitais e trocar o curativo.
Fernando, ele corrigiu. E pare de me tratar como um estranho. Você já viu meu sangue, literalmente. Joana ignorou o comentário e começou a medir sua pressão. Ele a observava em silêncio, mas ela podia sentir a intensidade daquele olhar sobre sua pele como um toque físico. “Por que você fica me recusando outros enfermeiros?”, Ela perguntou, não conseguindo mais conter a curiosidade.
Porque eu não os quero? Ele disse simplesmente, eu quero você. A franqueza brutal da resposta a fez tropeçar nas palavras. Isso, isso não é apropriado. Eu tenho outros pacientes, em Monteir, Fernando. Então, largue eles. Joana parou o que estava fazendo e o encarou incrédula.
Você está brincando, certo? Eu não posso simplesmente largar meus pacientes. Eu tenho responsabilidades, um trabalho, contas para pagar. Quanto? O quê? Quanto você ganha por mês? Joana sentiu o rosto esquentar. Isso não é da sua conta. Fernando se levantou, movendo-se devagar por causa dos pontos, mas com uma graça predatória que fez Joana recuar instintivamente.
Ele parou perto demais, invadindo seu espaço pessoal. 4.000, 5.000. Ele continuou ignorando a objeção dela. Seja quanto for, eu pago 10 vezes mais. Do que você está falando? Estou fazendo uma proposta. Os olhos dele aprenderam. Trabalhe para mim como enfermeira particular. Um mês. Você cuida da minha recuperação. Garante que eu siga todas as recomendações médicas. Eu eu não posso R$ 60.000, ele declarou.
E o número quase fez os joelhos de Joana cederem. por um mês de trabalho, R$ 60.000 era quase o que ela ganhava em um ano. Era o suficiente para pagar todas as dívidas médicas de sua mãe, que lutava contra um câncer no ovário em estágio avançado. Era a diferença entre continuar o tratamento experimental caríssimo ou desistir.
Fernando viu a hesitação nela. Claro que viu. Aquele homem parecia capaz de ler cada microexpressão em seu rosto. Pensei que você fosse dizer que dinheiro não compra tudo. Ela sussurrou mais para si mesma. Dinheiro não compra tudo. Ele concordou. E então seu tom mudou. Ficou mais suave, quase vulnerável. Mas pode comprar seu tempo.
E é o seu tempo que eu preciso, Joana. Por quê? Ela perguntou genuinamente confusa. Por que eu você pode contratar qualquer enfermeira particular de São Paulo, profissionais muito mais qualificados, porque você prometeu não me deixar? Ele disse tão simples e direto que roubou o ar de seus pulmões. E você manteve a promessa. Ninguém. Ele pausou. E Joana viu algo doloroso cruzar aquele rosto lindo.
Ninguém nunca manteve uma promessa comigo antes. O coração de Joana se apertou. Não, não podia sentir pena dele. Não podia se deixar afetar por esse homem que era claramente perigoso, controlador e acostumado a comprar o que queria. Mas R$ 60.000 a vida de sua mãe. Eu preciso pensar. Ela finalmente disse. Claro.
Fernando recuou, dando-lhe espaço, mas o sorriso pequeno que curvou seus lábios dizia que ele já sabia a resposta. Você tem até amanhã. Naquela noite, Joana visitou sua mãe no quarto modesto onde vivia desde que o câncer voltou. Célia Ferreira tinha apenas 52 anos, mas a doença a havia envelhecido décadas. Seus olhos, porém, ainda brilhavam com amor quando viu a filha.
Minha menina, ela sorriu fracamente. Você parece preocupada. Joana segurou a mão frágil da mãe, sentindo os ossos sob a pele fina. Mãe, eu recebi uma proposta de trabalho. Isso é bom. É complicado”, Joana explicou, omitindo os detalhes mais perturbadores. “É muito dinheiro, mas seria trabalhar para um homem muito intenso.
” Célia observou a filha com aquela sabedoria maternal que sempre teve. “Você está com medo dele ou de si mesma perto dele?”, a pergunta a pegou desprevenida. Joana abriu a boca para negar, mas as palavras morreram em sua garganta. Era uma boa pergunta, um pergunta que ela não tinha coragem de responder. Ele é seguro, Célia perguntou.
Você estaria em perigo físico? Não, eu acho que não. Então, o que está te segurando? O fato de que quando ele me olha, eu esqueço como respirar. Joana pensou, mas disse: “O dinheiro seria suficiente para continuarmos o tratamento experimental, mãe, para tentarmos aquela imunote, continuando, rapia em Ribeirão Preto.
Lágrimas encheram os olhos de Célia: “Joana, não, não se sacrifique por mim. Eu já vivi minha vida e vai viver muito mais.” Joana interrompeu, apertando a mão da mãe. Eu vou aceitar. É só um mês e depois você vai ficar boa, mentirosa. Ela não estava fazendo isso só pela mãe. Havia uma parte dela, uma parte que assustava Joana profundamente, que queria aceitar só para estar perto dele, para descobrir que mistérios se escondiam por trás daqueles olhos negros.
Na manhã seguinte, Joana entrou no quarto 407 com sua decisão tomada. Fernando estava esperando, já vestido com roupas caras, uma calça social preta e uma camisa de botão branca que destacava sua pele morena. Ele havia recebido alta médica. “Eu aceito”, ela disse antes de perder a coragem, mas com condições. Um sorriso lento, quase predatório, espalhou-se pelo rosto dele. “Estou ouvindo.
Isso é puramente profissional. Eu vou cuidar da sua saúde, mas minha vida pessoal continua privada. E quando o mês acabar, cada um segue seu caminho, sem complicações. Claro. Ele concordou rápido demais. Tudo que você quiser. Joana não acreditou nele por um segundo, mas já tinha ido longe demais para voltar atrás. Ela assinou o contrato que o advogado de Fernando trouxe, um documento detalhado demais para apenas serviços de enfermagem.
E quando a caneta deixou o papel, teve a nítida sensação de que acabara de selar um pacto com o diabo. Fernando estendeu a mão para ela. Bem-vinda à minha vida, Joana Ferreira. Quando os dedos dela tocaram os dele, uma corrente elétrica passou entre eles. Joana viu a pupila de Fernando dilatar, viu o maxilar dele contrair e soube com absoluta certeza que havia acabado de cometer o maior erro ou a maior decisão de sua vida.
O Mercedes-Benz Preto deslizou pelas ruas de São Paulo com uma suavidade que Joana nunca havia experimentado. Ela estava sentada no banco de trás ao lado de Fernando, que parecia perfeitamente à vontade no luxo ostensivo, enquanto ela se sentia completamente deslocada. “Relaxa, Fernando”, murmurou sem tirar os olhos do celular onde respondia e-mails. “É, você parece prestes a pular do carro.
” Eu não estou acostumada com isso, ela admitiu, observando a cidade, passar pela janela. Com o quê? Com isso. Motorista particular, carro que provavelmente custa mais que minha casa. “Vai se acostumar”, ele disse com uma confiança irritante. 40 minutos depois, o carro passou por um portão imponente e Joana sentiu seu queixo literalmente cair. A mansão à frente era digna de revista.
Três andares de arquitetura moderna, janelas enormes, jardins perfeitamente cuidados e uma fonte no centro da entrada circular. “Você mora aqui?”, ela perguntou, incapaz de esconder o espanto. “Nós moramos aqui”, ele corrigiu pelos próximos 30 dias, pelo menos. “Um homem de terno. Segurança, Joana, presumiu. Abriu a porta do carro.
Fernando saiu primeiro, movendo-se com cuidado por causa dos pontos, e estendeu a mão para ajudá-la. Joana hesitou apenas um segundo antes de aceitar. O interior era ainda mais impressionante. Mármore italiano, lustres de cristal, obras de arte que Joana tinha certeza que eram originais.
Uma mulher de meia idade, elegantemente vestida, aproximou-se, sorrindo. Bem-vindo de volta, senor Monteiro. Estávamos muito preocupados. Helena, esta é Joana Ferreira. Ela vai ser minha enfermeira particular. Por favor, mostre a ela o quarto. Claro, senrita Ferreira. Venha comigo.
Joana seguiu Helena por uma escadaria de mármore, seus tênis de enfermagem fazendo barulho desconfortável contra o piso caro. Eles passaram por diversos quartos até pararem em uma porta de madeira maciça. Esta será sua suíte, Helena anunciou abrindo a porta. Suí era um eufemismo. Era maior que o apartamento inteiro de Joana.
Uma cama king size com lençóis que pareciam seda, um closet enorme, uma varanda com vista para o jardim e um banheiro com banheira de imersão. Sua bagagem será trazida em breve. Helena continuou. O quarto do senor Monteiro fica ao lado. Há uma porta de conexão caso ele precise de você durante a noite. Claro que há, Joana pensou, mas agradeceu educadamente. Quando Helena saiu, ela se permitiu explorar o quarto tocando as coisas com reverência. Tudo era tão fino, tão caro.
Ela não pertencia a esse mundo. Uma batida na porta a fez virar. Entre. Fernando entrou e o quarto de repente pareceu menor. Ele havia trocado a camisa social por uma camiseta preta que marcava cada músculo de seu torço. Joana desviou o olhar rapidamente. “Está tudo ao seu gosto?”, ele perguntou, encostando na ombreira da porta, de um jeito que parecia estudadamente casual.
“Está? É muito mais do que eu esperava. Ótimo. Jantamos às 8. Quero que você coma comigo. Eu posso comer na cozinha ou não? Ele interrompeu. E o tom não deixava espaço para a discussão. Você come comigo na sala de jantar todas as noites. Por quê? Isso não faz parte do meu trabalho.
Fernando empurrou-se da porta e caminhou até ficar perto demais dela. Porque eu quero sua companhia. Porque passei os últimos cinco anos jantando sozinho nessa casa vazia e agora você está aqui. Então sim, Joana, você vai jantar comigo a menos que isso esteja acima do seu salário. A provocação a irritou. Tudo bem. Eu janto com você, mas não espere conversas fascinantes. Um sorriso tocou os lábios dele. Eu espero você.
Isso já é fascinante o suficiente. Antes que Joana pudesse responder, ele saiu, deixando-a sozinha, com o coração acelerado e uma confusão de emoções que ela não queria nomear. Às 8 em ponto, Joana desceu as escadas, vestindo a roupa mais apresentável que tinha, uma calça jeans limpa e uma blusa azul simples. Sentiu-se ainda mais inadequada quando viu Fernando esperando na sala de jantar, impecável em uma calça social e uma camisa cinza escuro.
A mesa estava posta para dois, com velas acesas e uma refeição que parecia ter saído de um restaurante cinco estrelas. Você não precisava, ela começou. Eu quis. Ele a interrompeu, puxando uma cadeira para ela. Sente-se. Durante os primeiros minutos, eles comeram em silêncio. Joan estava desconfortavelmente consciente de cada movimento seu, de como segurar os talheres corretamente, de não derramar nada. E Fernando a observava não discretamente, não de relance.
Ele a observava como se estivesse estudando uma obra de arte rara. Você está me deixando nervosa”, ela finalmente disse. Por quê? Porque você fica me encarando. Não posso olhar para você? Não desse jeito. E de que jeito estou olhando? Como se você quisesse me devorar. Ela pensou, mas disse: “Como se eu fosse algo que você comprou”.
A diversão morreu nos olhos dele, substituída por algo mais escuro. “Eu não te comprei, Joana. Eu contratei seus serviços. Há uma diferença. Não parece que há.” Fernando pousou o garfo e se inclinou para a frente. Me diga uma coisa, o que te assusta mais? O fato de eu te olhar ou o fato de você gostar quando eu olho? O rosto de Joana esquentou. Você é incrivelmente arrogante. Aí você é incrivelmente transparente.
Ele retrucou, mas sem crueldade. Seu rosto revela cada pensamento, cada emoção. É refrescante, perigoso, mas refrescante. Perigoso para mim, ele esclareceu. Porque quanto mais te conheço, mais eu quero. O ar entre eles ficou carregado. Joana sabia que deveria recuar, colocar distância, reafirmar os limites profissionais, mas ficou paralisada, presa naquele olhar negro que prometia coisas que ela nem sabia que queria. Fernando, isso não pode. Eu sei.
Ele interrompeu suavemente. Você deixou bem claro, profissional, sem complicações. Eu vou respeitar isso, Joana, mas não vou fingir que não sinto o que sinto e não vou parar de olhar para você como se você fosse a coisa mais linda que já entrou na minha vida. Porque você é. Joana ficou sem palavras.
Ninguém nunca havia falado com ela daquele jeito, com aquela intensidade bruta e honesta. Eu não sou linda”, ela finalmente murmurou. “Sou completamente normal. Cabelo castanho comum, olhos castanhos comuns. Você tem olhos cor de mel com manchinhas douradas que pegam a luz quando você sorri?” Fernando a interrompeu.
Tem uma covinha no canto esquerdo que só aparece quando algo te diverte de verdade. E quando está pensando em algo sério, você morde o lábio inferior do lado direito. Você é a pessoa mais interessante nesta sala, Joana. provavelmente nesta casa, possivelmente em toda São Paulo. O coração dela batia tão forte que ela tinha certeza que ele podia ouvir.
“Você mal me conhece, então me deixe te conhecer”, ele disse, e parecia um pedido genuíno. “Me conte, sua família, seus sonhos, seus medos.” Joana hesitou. Toda sua vida ela havia sido a cuidadora, a filha forte que sustentava a mãe doente, a enfermeira que colocava as necessidades dos outros primeiro. Ninguém nunca se interessou por seus sonhos. “Minha mãe está doente”, ela começou devagar.
“Câncer, o tratamento é caro e eu sei.” Fernando interrompeu gentilmente. “Eu investiguei você antes de fazer a proposta.” Joana ficou chocada. “Você investigou?” Eu sempre investigo as pessoas que entram na minha vida”, ele disse sem remorço. “É uma precaução necessária no meu mundo, mas saber os fatos no papel é diferente de ouvir a história de você.
Então me conta sobre sua mãe, sobre porque você se tornou enfermeira, sobre o que você faz quando não está salvando vidas”. E assim, sob as velas suaves da sala de jantar, enquanto a noite avançava, Joana se viu contando coisas que nunca havia compartilhado com ninguém, sobre assistir a mãe definhar, sobre a impotência que sentiu, sobre ter escolhido enfermagem para nunca mais se sentir inútil diante da dor de alguém.
Fernando ouvia com uma atenção total que era ao mesmo tempo reconfortante e assustadora. Ele não ofereceu platitudes vazias ou pena, apenas ouvia. e às vezes fazia perguntas que mostravam que estava realmente processando cada palavra.
Quando o relógio bateu meia-noite, Joana percebeu que haviam passado 4 horas conversando. “Você deveria descansar”, ela disse, lembrando-se de repente que ele estava se recuperando de uma cirurgia. “Preciso verificar seu curativo antes de você dormir. Sempre a enfermeira”, ele murmurou, mas havia carinho no tom. No quarto dele, que era ainda maior e mais luxuoso que o dela, Joana pediu que ele tirasse a camisa. Quando Fernando obedeceu, ela teve que lutar para manter o profissionalismo.
O abdômen dele estava coberto de ataduras, mas o resto, Deus, o resto era perfeito. Músculos definidos, uma tatuagem que ela não tinha notado antes. Algum tipo de dragão subindo pelo lado das costelas. “Está doendo?”, Ela perguntou, tocando delicadamente ao redor da incisão.
“Um pouco”, ele admitiu, observando o topo de sua cabeça enquanto ela trabalhava. “Mas você tem um toque gentil.” Joana trocou o curativo com eficiência, hiperconsciente de cada vez que suas mãos tocavam a pele dele. Quando terminou, ergueu os olhos e encontrou Fernando a observando com uma expressão que fez seu estômago revirar. Pronto, ela disse, a voz um pouco rouca.
Tome o antibiótico e o analgésico antes de dormir, Joana. Ela parou na porta sem coragem de virar. Obrigado ele disse suavemente, por me ouvir hoje, por me ver como mais do que bem do que as pessoas normalmente vem. E o que elas veem? Ela queria perguntar, mas não teve coragem.
Em vez disso, apenas assentiu e saiu, seu coração em conflito e suas defesas começando a rachar de formas perigosas. Naquela noite, deitada na cama macia demais, Joana se perguntou o que diabos estava fazendo 30 dias. Ela podia sobreviver 30 dias podia manter a distância profissional. Podia resistir à aqueles olhos negros e aquela intensidade perturbadora, não podia.
A primeira semana na mansão estabeleceu uma rotina. Joana acordava às 7, verificava os sinais vitais de Fernando, administrava medicações, trocava curativos. Eles tomavam café juntos. Fernando insistiu nisso também. E depois ele se trancava no escritório para trabalhar enquanto ela explorava a propriedade ou lia no jardim. Os jantares continuaram sendo a parte mais perigosa do dia.
Fernando tinha uma forma de fazer perguntas que a deixavam exposta, vulnerável. E pior, ela começava a se pegar, fazendo perguntas também, genuinamente curiosa sobre aquele homem complexo e contraditório. No oitavo dia, tudo mudou. Joana entrou no banheiro da suí de Fernando, como fazia todas as manhãs, mas desta vez ele estava saindo do box, apenas uma toalha amarrada baixa na cintura.
Gotas de água escorrendo por aquele corpo que parecia esculpido. Ela congelou. Desculpa, eu eu deveria ter batido. O médico disse que eu não posso molhar o curativo. Fernando disse calmamente, como se não estivesse praticamente nua à sua frente. Você pode me ajudar a fazer um banho adequado? Joana sabia que era parte do trabalho.
Ela já havia ajudado dezenas de pacientes com higiene pessoal. Mas isso era diferente. Isso era, Fernando. Eu, claro, vou pegar os materiais. Com mãos que tremiam levemente, ela preparou uma bacia com água morna, sabonete neutro e toalhas limpas. Fernando se sentou na borda da banheira, observando cada movimento dela com aquela atenção predatória que nunca diminuía.
“Pode tirar a toalha?”, Ela instruiu, tentando manter a voz firme. Mas cubra-se com esta aqui enquanto eu trabalho. Ele obedeceu e Joana teve que usar toda sua força de vontade para não olhar onde não deveria.
Começou lavando os ombros dele, tentando ser profissional clínica, mas quando suas mãos escorregaram pelas costas musculosas, ouviu Fernando inalar bruscamente. “Desculpa, machuquei?”, ela perguntou preocupada. “Não.” A voz dele saiu rouca. “Continua.” Joana continuou lavando seus braços, seu pescoço, evitando cuidadosamente a área do curativo. Quando chegou ao peito, suas mãos tinham que trabalhar perigosamente perto daquela toalha que cobria o colo dele.
“Joana,” Fernando disse de repente e havia uma tensão em sua voz que ela nunca tinha ouvido. “Você sente também?” “Sentir o quê?”, Ela perguntou, embora soubesse exatamente o que ele estava perguntando. A mão dele cobriu a dela, ainda apoiada em seu peito. Sob suas palmas unidas, ela sentiu o coração dele batendo selvagem. Isso.
Ele disse simplesmente, essa eletricidade, essa conexão, não finja que não sente. Joana deveria ter recuado. Deveria ter reafirmado os limites profissionais, mas quando ergueu os olhos e encontrou aquele olhar negro a consumindo, toda a razão a abandonou. “Eu sinto”, ela sussurrou, uma confissão arrancada, “mas não posso agir sobre isso.
Você é meu paciente. Eu sou sua enfermeira. Dane-se isso”, Fernando disse, puxando-a mais perto. “Eu não me importo com títulos ou protocolos. Eu me importo com você.” Sua mão livre subiu tocando o rosto dela, com uma gentileza que contrastava com a intensidade em seus olhos. Eu penso em você a cada segundo.
Ele continuou, o polegar traçando o contorno de seu lábio inferior. Quando acordo, quando durmo, quando deveria estar trabalhando, você invadiu cada canto da minha mente, Joana, e eu não quero te expulsar. O coração dela batia tão forte que doía. Fernando, você está confundindo gratidão com Não me insulte? Ele interrompeu, mas sem raiva. Eu sei a diferença entre gratidão e desejo, entre reconhecimento e obsessão.
E o que sinto por você? Ele pausou, os olhos escurecendo. É definitivamente obsessão. A palavra deveria tê-la assustado, mas em vez disso enviou uma onda de calor através de seu corpo. “Você vai ser minha, Joana”, ele prometeu. A voz um rosnado baixo. É só questão de tempo. Eu vou te provar que o que temos é real. Vou te mostrar que você pode confiar em mim se entregar a mim.
E quando isso acontecer?” Seus lábios quase tocaram os dela. “Você nunca vai querer outro homem além de mim.” Joana estava tremendo, capturada entre terror e desejo. “Isso é loucura”, ela sussurrou. “Então me chame de louco”, ele respondeu. “Mas não me peça para parar de te querer, porque isso eu não posso fazer”. Antes que ela pudesse responder, Fernando a soltou e recuou, quebrando o momento com uma força de vontade que deve ter custado tudo. “Termina o banho”, ele disse, a voz tensa.
“Por favor, com dedos trêmulos, Joana completou a tarefa, ambos dolorosamente conscientes da tensão sexual que praticamente vibrava no ar. Quando terminou, ela praticamente correu do banheiro, seu coração aos pedaços e sua mente em caos. Nas horas seguintes, ela evitou Fernando. Almoçou sozinha na cozinha, escondeu-se no jardim, mas quando a noite chegou, ele bateu na porta do quarto dela.
“Eu não vou descer para jantar”, ela disse através da porta fechada. “Então eu subo”, ele respondeu calmamente. “Fernando, Joana, abra a porta, por favor. O por favor a quebrou. Ela abriu e ele estava ali apoiado na ombreira, com uma expressão que misturava arrependimento e determinação. Desculpa. Ele disse: “Por esta manhã, eu ultrapassei limites. Você ultrapassou? Eu sei e vou tentar me controlar.
Mas Joana, eu preciso que você entenda algo.” Ele entrou no quarto, fechando a porta atrás de si. Joana deveria ter protestado, mas não o fez. “Eu nunca senti isso antes.” Fernando continuou e havia uma vulnerabilidade bruta em sua voz. Nunca quis alguém do jeito que te quero. E não é só físico.
Embora Deus sabe que eu te desejo tanto que dói. É você, seu riso, sua compaixão, o jeito que você morde o lábio quando está pensando. Eu estou obsecado e isso me assusta porque eu nunca me permiti ser vulnerável a ninguém. Joana sentiu seu coração amolecer perigosamente. Por que está me contando isso? Porque eu não quero que você pense que isso é um jogo para mim.
Ele disse, dando um passo mais perto. Não é, você não é. E se eu te assusto, se minha intensidade te afasta, eu preciso saber agora. Porque se há uma chance, mesmo que pequena, de você sentir algo por mim também, eu vou lutar por isso. Vou lutar por você.
As palavras a destruíram porque era tudo que ela secretamente queria ouvir e tudo que a assustava ao mesmo tempo. “Eu não sei o que sinto”, ela admitiu a honestidade dolorosa. “Você me confunde, me assusta, mas sim, eu sinto algo e isso me aterroriza.” Um sorriso lento, triunfante espalhou-se pelo rosto de Fernando. “Então vamos descobrir juntos”, ele disse, estendendo a mão, sem pressão, sem apressar. Apenas. Vamos ver onde isso vai.
Joana olhou para aquela mão estendida, sabendo que se a tomasse estaria cruzando uma linha que não poderia ser desfeita. Mas quando seus dedos tocaram os dele, quando ele a puxou gentilmente para mais perto e descansou a testa contra a dela, respirando junto, ela soube que já tinha atravessado aquela linha há muito tempo.
Talvez desde a primeira noite, quando ele murmurou: “Não me deixe”. E ela prometeu: “Eu não vou deixar”. Alguns destinos, ela percebeu eram inevitáveis e Fernando Monteiro era o dela. O despertar foi brutal. Joana estava lendo no jardim quando ouviu gritos vindos da casa.
Largou o livro e correu encontrando Fernando no escritório, cercado por quatro homens de terno, todos armados. “O que está acontecendo?”, ela perguntou, o coração disparado. Fernando ergueu os olhos e havia uma raiva fria neles que ela nunca tinha visto. “Para o quarto. Agora! Mas agora, Joana, o Tom não deixava espaço para a discussão. Ela recuou, mas não foi para o quarto. Ficou escondida no topo da escada, ouvindo.
Encontraram dois dos homens, dizia um dos seguranças. Eles estão planejando outro atentado. E desta vez, Senhor, eles sabem sobre ela. Joana sentiu o sangue gelar. Como? A voz de Fernando era mortal. Como diabos eles sabem sobre Joana? Alguém está vazando informações. Alguém perto de você. Um silêncio pesado. Reforcem a segurança.
Ninguém entra ou sai sem minha autorização e descubram quem está falando. Eu quero um nome até amanhã. Os homens saíram e Joana desceu as escadas com pernas trêmulas. Fernando estava parado de costas para ela, olhando pela janela. Fernando ele virou e a expressão em seu rosto a assustou. Era uma mistura de fúria e medo. Você ouviu? Não era uma pergunta o suficiente.
Quem são essas pessoas? Por que querem te machucar? Fernando passou a mão pelo cabelo, um gesto de frustração que ela estava começando a reconhecer. Negócios. Eu não sou apenas um empresário, Joana. Minha empresa lida com coisas que algumas pessoas preferem manter escondidas. Eu destruo, ele pausou. Eu tirei muito dinheiro de pessoas muito perigosas.
Você é do crime organizado? Ela perguntou, a voz saindo mais aguda que pretendia. Não, mas eu luto contra ele. Minha empresa de segurança cibernética fechou operações de lavagem de dinheiro, tráfico, esquemas de corrupção e, aparentemente alguém decidiu que eu seria melhor morto. Joana processou as informações e agora eles sabem sobre mim.
Sim, ele admitiu e pela primeira vez desde que o conheceu, viu real vulnerabilidade em seus olhos. E isso é culpa minha. Eu te trouxe para este mundo. Te coloquei em perigo. Pare. Ela interrompeu, aproximando-se. Eu sou adulta. Fiz minha escolha. Você não sabia no que estava se metendo, então me diga agora tudo. Eu mereço saber a verdade.
Fernando a estudou por um longo momento, então a sentiu. Durante a próxima hora, ele contou sobre a empresa que construiu do zero, sobre os casos que aceitou, sobre as ameaças de morte que recebia mensalmente, sobre como havia crescido acostumado ao perigo, até que se tornou parte de quem ele era. “Por que você continua?”, Joana perguntou quando ele terminou.
Se é tão perigoso, por que alguém tem que fazer?”, ele disse simplesmente: “E porque eu sou bom nisso. Mas Joana, ele pegou as mãos dela. Se você quiser ir embora, eu vou entender. Vou te pagar o valor total do contrato. Vou providenciar segurança para você e sua mãe. Você não precisa ficar aqui.” Joana deveria dizer sim. Deveria pegar o dinheiro e correr. Mas quando olhou para aquele homem que havia se tornado tão importante tão rapidamente, soube que não podia. Eu fico ela disse firme.
Joana, eu disse que fico. Eu prometi não te deixar, lembra? E eu mantenho minhas promessas. Algo quebrou nos olhos dele. Fernando a puxou para um abraço apertado, enterrando o rosto no cabelo dela. Você é a coisa mais pura que já entrou na minha vida, ele murmurou contra sua têmpora.
Eu não posso deixar nada acontecer com você. Não posso, Joana. Então não deixe”, ela sussurrou de volta, permitindo-se pela primeira vez abraçá-lo completamente. Nos dias seguintes, a mansão se transformou em uma fortaleza. Seguranças por toda parte, câmeras instaladas, rotas de fuga planejadas.
Fernando mal a deixava sair de sua vista, ficando cada vez mais tenso e possessivo. Durante um jantar particularmente silencioso, Joana finalmente confrontou. Você está me sufocando. Estou te protegendo. Está me aprisionando. Ela corrigiu. Fernando, eu entendo o medo, mas você não pode me manter em uma bolha. Posso e vou, se isso te mantiver segura. E quem vai me manter segura de você? Ela explodiu.
Do seu controle, da sua obsessão. Fernando se levantou tão bruscamente que a cadeira caiu. Você acha que eu gosto disso? Ele praticamente rugiu. Você acha que eu quero ser este cara que não dorme porque fica checando se você está respirando no quarto ao lado? Eu nunca Sua voz quebrou.
Eu nunca tive algo para perder antes, Joana. Nunca me importei se eu vivia ou morria. Mas agora você está aqui e a ideia de algo acontecer com você me paralisa de um jeito que nenhuma bala jamais fez. A raiva de Joana evaporou, substituída por compaixão. Fernando, eu não vou embora, mas você precisa confiar em mim também. Confiar que eu posso me cuidar, que eu não sou uma boneca de porcelana que vai quebrar.
Ele a estudou por um longo momento, então sentiu devagar. Vou tentar, mas Joana, não me peça para não me preocupar, porque isso é impossível. Ela se aproximou, colocando a mão em seu rosto. Eu não estou pedindo isso. Só estou pedindo que me deixe ser sua parceira nisso. Não apenas alguém que você precisa proteger. Fernando cobriu a mão dela com a sua, virando o rosto para beijar sua palma.
Parceiros, ele concordou e então seus olhos escureceram, mas ainda totalmente minha. O possessivo na declaração deveria tê-la irritado, mas em vez disso enviou um arrepio por sua espinha. Ainda não sou”, ela sussurrou sem pensar. Os olhos dele lampejaram, mas vai ser em breve. E quando ele a beijou, o primeiro beijo de verdade desde aquela noite, Joana soube que ele estava certo. Era inevitável.
Ela já era dele, em todos os sentidos, menos um. E era só questão de tempo até que ela se rendesse completamente. A tempestade começou ao anoitecer. Raios cortavam o céu de São Paulo enquanto o trovão sacudia as janelas da mansão. Joana sempre teve medo de tempestades, uma fobia irracional desde criança, quando um raio atingiu a casa ao lado, e ela viu as chamas devorarem tudo.
Ela tentou dormir, mas cada estrondo a fazia pular. Às 3 da manhã, após um trovão particularmente violento, desistiu. Sentou-se na cama, abraçando os joelhos, tentando controlar a respiração acelerada. A porta se abriu suavemente. Joana Fernando entrou vestindo apenas uma calça de pijama. Sua cicatriz estava quase curada, apenas uma linha rosada, marcando onde os projéteis haviam entrado.
“Você está bem?”, ele perguntou preocupação genuína em sua voz. “Eu eu tenho medo de tempestades.” Ela admitiu, sentindo-se ridícula. “É irracional. Eu sei.” “Não é”, ele disse, sentando-se na beira da cama. Medos são medos. Não há nada de errado nisso. Outro trovão explodiu e Joana não conseguiu conter o tremor.
Sem pedir permissão, Fernando a puxou para seus braços, deitando-se ao lado dela e envolvendo-a em um abraço protetor. “Eu te protejo”, ele murmurou contra seu cabelo. “Nada vai te machucar, eu prometo. Pela primeira vez desde que entrara naquela casa, Joana se permitiu ser vulnerável. enterrou o rosto no peito dele, sentindo os batimentos cardíacos fortes e constantes.
O cheiro dele, algo amadeirado, misturado com sua essência, era confortante. “Minha mãe está piorando”, ela confessou de repente, as palavras saindo em um sussurro quebrado. “O médico ligou ontem. Disseram que talvez ela não passe do inverno. Os braços de Fernando a apertaram. Eu sinto muito.
Eu não sei o que vou fazer sem ela. Lágrimas finalmente caíram. Ela é tudo que eu tenho. Meu pai nos abandonou quando eu tinha se anos. Foi sempre só eu e ela contra o mundo. E agora você não está sozinha. Fernando disse firmemente, forçando-a a olhar para ele. Você me tem e eu prometo, Joana. Eu vou cuidar de você.
Vou providenciar os melhores médicos, os melhores tratamentos. Não é sobre dinheiro. Ela soluçou. É sobre tempo, sobre todas as coisas que eu ainda queria fazer com ela, lugares que queria levar ela. Então, leve, ele disse, amanhã mesmo. Para onde ela sempre quis ir? Joana piscou através das lágrimas. Campos do Jordão.
Ela sempre sonhou em ver a neve de perto, mas está tão fraca. Eu providencio tudo. Médicos, ambulância particular, o melhor hotel. Levamos ela no fim de semana. Fernando, você não precisa. Eu quero ele interrompeu, limpando suas lágrimas com os polegares. Deixa eu fazer isso por você. Por ela? O coração de Joana se encheu de um sentimento tão intenso que doía.
Naquele momento, vendo a sinceridade nos olhos dele, toda sua resistência começou a desmoronar. “Por que você é assim comigo?”, ela sussurrou. “Assim como? Tão gentil, tão cuidadoso? Todo mundo fala que você é um homem perigoso, controlador, mas com ela você, com você eu sou quem eu sempre quis ser. Ele admitiu, a voz rouca. Você me faz querer ser melhor, Joana.
Me faz querer ser o homem que merece você. A tempestade continuava lá fora, mas dentro daquele quarto tudo ficou quieto. Seus rostos estavam tão próximos que ela podia contar os cílios dele, ver as manchinhas douradas em seus olhos quase negros. Fernando, ela respirou e não sabia se era um protesto ou um convite. Ele entendeu como a segunda opção.
Seus lábios tocaram os dela com uma gentileza que contrastava totalmente com a intensidade que sempre emanava dele. Era um beijo de descoberta, de pergunta, dando a ela total controle para recuar, se quisesse. Mas Joana não queria recuar. Pela primeira vez em sua vida. Ela queria mergulhar de cabeça. Aprofundou o beijo, suas mãos subindo para o cabelo dele e sentiu Fernando gemer baixo contra seus lábios.
O beijo mudou, ficou mais urgente, mais desesperado. As mãos dele a exploraram com reverência, traçando sua coluna, apertando sua cintura, como se estivesse memorizando cada curva. Quando os lábios dele desceram para seu pescoço, Joana arquejou sensações que nunca havia experimentado explodindo em seu corpo.
“Fernando, ela gemeu e o som de seu nome em seus lábios naquele tom pareceu quebrar algo nele. Ele a virou, colocando-a por baixo dele, seus corpos se encaixando perfeitamente. Joana sentiu a evidência do desejo dele pressionando contra ela e, por um momento, o medo tomou conta. Espera!” Ela o fegou. empurrando seu peito. Fernando congelou imediatamente, recuando como se ela o tivesse queimado. “Desculpa, eu não.
” Ela interrompeu rapidamente, vendo a autorecriminação em seus olhos. “Não é você, é só que eu eu nunca”. A compreensão atravessou o rosto dele, seguida por algo que parecia admiração e possessividade intensificada. “Você nunca esteve com ninguém.” Joana balançou a cabeça, o rosto queimando de vergonha. Eu sei que é ridículo aos 26 anos. Não é ridículo.
Fernando a interrompeu. Sua voz tensa de emoção contida. É. Ele fechou os olhos como se estivesse travando uma batalha interna. Você não faz ideia do que isso significa para mim. Significa o quê? Ele abriu os olhos e a intensidade neles a fez tremer.
Significa que quando você finalmente se entregar, vai ser para mim. Só para mim. Significa que vou ser o único homem a te tocar. a te conhecer dessa forma. Sua mão traçou seu rosto com uma gentileza que contrastava com as palavras possessivas. E Joana, quando isso acontecer, eu vou me certificar de que seja perfeito. Vou adorar cada centímetro de você, te fazer sentir coisas que você nunca imaginou.
O corpo dela respondeu às palavras, um calor se espalhando por seu ventre. Mas não vai ser esta noite. Ele continuou deitando-se ao lado dela novamente, mas mantendo uma distância segura. Quando você vier para mim, quero que seja porque não consegue mais lutar contra isso. Porque me quer tanto quanto eu te quero, sem medos, sem hesitações.
E se eu nunca chegar nesse ponto? Ela desafiou, sabendo que era uma mentira. Ela já estava quase lá. Um sorriso predatório curvou os lábios dele. Você vai. É só questão de tempo, meu amor, e eu posso ser muito, muito paciente quando quero algo. Eles ficaram deitados juntos, ouvindo a tempestade diminuir gradualmente.
Fernando segurou sua mão entrelaçando os dedos e Joana percebeu que aquilo, aquela intimidade simples, era tão poderosa quanto o beijo tinha sido. “Fica comigo esta noite”, ela pediu quando seus olhos começaram a pesar. “Só fica sempre.” Ele prometeu, puxando-a para mais perto. Onde quer que você esteja, Joana, é onde eu vou estar. E com os braços dele ao redor dela, pela primeira vez desde que entrara naquela casa, Joana dormiu profundamente, sem pesadelos, sem medos, apenas pais.
No dia seguinte, fiel à sua palavra, Fernando providenciou tudo. No sábado, eles estavam em Campos do Jordão, Joana, Fernando, Célia, em uma ambulância particular equipada com tudo que ela precisava e uma equipe médica completa. Ver o rosto de sua mãe quando ela viu a neve pela primeira vez fez Joana chorar.
Célia estava fraca, mal conseguia ficar de pé, mas seus olhos brilhavam como os de uma criança. É tão bonito? Ela sussurrou, estendendo a mão trêmula para pegar os flocos. Fernando, que havia ficado discretamente ao fundo, aproximou-se e gentilmente colocou um cobertor mais quente sobre os ombros de Célia. “Obrigada”, Célia, disse, olhando para ele com gratidão, “Por fazer o sonho de uma velha se realizar.
” “A senhora não é velha?”, Fernando respondeu com um sorriso. E foi um prazer. Qualquer coisa que faça Joana feliz vale cada esforço. Célia olhou entre ele e a filha, uma compreensão maternal nos olhos. Você cuida bem da minha menina, ouviu? Ela parece forte, mas tem um coração muito delicado. Eu sei, Fernando, disse sério.
E eu prometo, senora Célia, que vou protegê-la com minha vida. Mais tarde, quando Célia estava descansando no hotel, Joana e Fernando caminharam pela cidade. Ele segurou sua mão como se fosse a coisa mais natural do mundo. “Obrigada”, ela disse. “Por hoje, por tudo. Não me agradeça por fazer o óbvio.” Ele respondeu. “Sua felicidade é minha prioridade, Joana.
Sempre vai ser.” Ela parou de andar, forçando-o a parar também. “Eu estou apaixonada por você”. As palavras saíram antes que pudesse pensar melhor. Eu sei que é louco, que é rápido demais, mas eu Fernando a silenciou com um beijo que roubou todo o ar de seus pulmões. Quando se separaram, ambos estavam tremendo.
Eu também estou apaixonado por você, ele confessou a testa encostada na dela, desesperadamente, completamente apaixonado. E isso me aterroriza porque eu nunca permiti que ninguém tivesse tanto poder sobre mim. Que poder? O poder de me destruir, ele disse simplesmente, se algo acontecer com você, Joana, eu não sobrevivo a isso.
Nada vai acontecer, ela prometeu, selando a promessa com outro beijo, mas ambos sabiam que era uma promessa que talvez não pudessem manter, porque o perigo ainda espreitava, esperando o momento certo para atacar. A segunda-feira chegou fria e cinzenta. Joana estava no jardim da mansão, terminando uma ligação com o hospital. para checar seu antigo plantão.
Quando um carro desconhecido entrou pela portaria, um homem desceu alto, cabelos loiros, sorriso amigável. Dr. Rafael Mendes, o cirurgião que havia operado Fernando naquela primeira noite. “Joana”, ele acenou, aproximando-se. “Consegui seu endereço com a administração do hospital. Espero que não se importe da visita.” Dr. Mendes. Ela sorriu genuinamente surpresa. “Claro que não.
O que te traz aqui? Vim ver como nosso paciente está se recuperando. E bem, confesso que tinha curiosidade sobre como você estava. Senti sua falta no hospital. Eles estavam conversando sobre casos médicos, rindo de uma piada interna, quando Joana sentiu um arrepio na nuca.
Virou-se e viu Fernando na varanda, observando a cena com uma expressão que poderia congelar o inferno. Ele desceu as escadas com movimentos controlados demais, perigosos. Fernando Joana sorriu tentando aliviar a tensão que sentiu emanando dele. Este é o Dr. Mendes, o cirurgião que te operou. Eu lembro, Fernando disse, a voz gelada, estendeu a mão e quando o médico a apertou, Joana viu os nós dos dedos de Fernando ficarem brancos de tanta força. Senhor Monteiro, que bom ver você de pé.
Rafael disse, aparentemente alheio ao perigo. Joana deve estar cuidando muito bem de você. Está Fernando? Concordou passando o braço pela cintura de Joana de uma forma claramente possessiva. Muito bem. Um silêncio constrangedor se instalou. Bem. Rafael finalmente disse. Acho que vou indo. Joana, foi bom te ver. Se precisar de alguma coisa, me liga.
Não vai precisar. Fernando cortou antes que Joana pudesse responder. Ela tem tudo que precisa aqui. Rafael ergueu as sobrancelhas, finalmente captando atenção. Certo, até mais, então. Assim que o carro do médico saiu pela portaria, Joana se virou para Fernando. Isso foi incrivelmente rude. Rud? Ele a encarou. Fúria mal contida em seus olhos.
Aquele homem veio aqui com intenções que não tinham nada a ver com medicina. Você está delirando. Ele é apenas um colega. Ele te olhava como se quisesse te devorar. Fernando praticamente rosnou. E você estava lá rindo, tocando o braço dele. Eu não toquei o braço dele. Vi você fazer exatamente isso. Joana respirou fundo, tentando manter a calma.
Fernando, você está sendo ridículo e mesmo que ele estivesse interessado, que não está, você não tem direito de me controlar assim. Algo perigoso lampejou nos olhos dele. Não tenho direito. Ele deu um passo ameaçador em sua direção. Você disse que está apaixonada por mim. Você me beijou como se eu fosse o único homem no mundo e agora está me dizendo que eu não tenho direito de me incomodar quando outro homem vem aqui te cantar.
Ele não estava me cantando. Estava. Fernando explodiu e pela primeira vez desde que o conheceu, Joana viu ele completamente fora de controle. E me deixa louco, Joana. A ideia de outro homem olhando para você, te tocando, pensando em você do jeito que eu penso, me deixa absolutamente transtornado. Você não pode me prender em uma bolha.
Posso e vou se isso significa manter outros homens longe de você. Você está sendo obsessivo. Eu sei ele gritou. E então, mais baixo, mais perigoso. Eu sei que sou obsessivo. Sei que sou possessivo demais, ciumento demais, mas não consigo evitar. Joana, você não entende o que desperta em mim. Essa necessidade, essa obsessão doentia de te manter só para mim, de marcar você de formas que nenhum outro homem ouse olhar em sua direção.
O coração dela batia selvagem, medo e excitação se misturando de forma confusa. Isso não é saudável, Fernando, isso é louco ele terminou, avançando até encurralá-la contra a parede da casa. Eu já te disse, me chame de louco, mas não me peça para parar de te querer do jeito que eu quero, porque isso é impossível.
Suas mãos apoiaram-se na parede de cada lado do rosto dela, aprisionando-a sem tocá-la. “Você é minha, Joana”, ele disse. A voz um rosnado baixo. Pode não ter acontecido ainda fisicamente, mas em todos os outros sentidos você já me pertence. Seu coração é meu, seus pensamentos são meus. E em breve seus lábios roçaram a orelha dela.
Seu corpo vai ser meu também. Joana tremeu, seu corpo traindo completamente sua mente racional. Você não me possui”, ela sussurrou, mas sem convicção. “Não?” Ele desafiou, uma das mãos descendo para seu pescoço, não apertando, apenas segurando com uma possessividade que enviou ondas de calor através dela.
“Então, por que seu coração está disparado? Por que você está tremendo? Por que seus olhos estão escurecendo do jeito que escurecem quando me quer? Fernando diz que não me quer.” Ele ordenou os lábios a centímetros dos dela. Olha nos meus olhos. E diz que não pensa em mim toda a noite, que não imagina como seria ter minhas mãos em você, minha boca em você. Diz que não se toca pensando em mim.
O rosto dela explodiu em chamas. Eu eu não. Mentirosa. Ele acusou. Mas havia triunfo em sua voz. Você quer, Joana? Tanto quanto eu. A diferença é que eu tenho coragem de admitir. E então ele a beijou. Mas não foi gentil como os beijos anteriores. Foi selvagem, possessivo, exigente.
Suas mãos finalmente a tocaram, explorando cada curva com uma urgência que roubou todo o pensamento racional dela. Joana deveria tê-lo empurrado. deveria ter estabelecido limites, mas em vez disso, ela se entregou, seus dedos cavando nos ombros dele, seu corpo se arqueando contra ele, pequenos gemidos escapando quando a boca dele desceu pelo pescoço, sugando e mordendo de maneiras que definitivamente deixariam marcas.
“Você é minha”, ele rosnou contra sua pele. “Diz, diz que é minha”. “Eu,? Ó Deus, Fernando. Suas mãos subiram por baixo de sua blusa, traçando a curva de seu seio sobre o sutiã. E Joana gritou baixo, sensações explodindo em seu corpo. Diz, ele ordenou, beliscando suavemente.
Eu sou sua Ela finalmente gritou, além do ponto de negação. Eu sou sua, Fernando. Feliz. Ele recuou ligeiramente, os olhos selvagens e respiração irregular. Muito”, ele disse e então mais suave, quase vulnerável. “Você não tem ideia do quanto isso significa para mim.” Joana estava tremendo, seu corpo em chamas, sua mente confusa. “Você me deixa louca”, ela acusou.
“Bom”, ele respondeu com um sorriso torto. “Agora você sabe como me sinto a cada segundo de cada dia.” Ele a pegou nos braços, carregando-a para dentro da casa, apesar dos protestos dela sobre seus pontos já curados. Fernando, coloca eu no chão. Não ele disse simplesmente, subindo as escadas. Você precisa descansar e eu preciso de uma ducha fria, muito fria.
Ele a colocou delicadamente em sua cama, mas quando foi sair, Joana segurou seu pulso. Fica! Ela pediu. Não assim, só fica comigo. Algo derreteu nos olhos dele. Fernando se deitou ao lado dela e Joana se aconchegou em seu peito, ouvindo os batimentos cardíacos gradualmente desacelerarem. “Eu não gosto de me sentir assim”, ele confessou depois de um longo silêncio.
“Tão fora de controle, tão vulnerável a você?” “Eu também não.” Ela admitiu, “Mas acho que acho que vale a pena. Você vale a pena.” Fernando beijou o topo de sua cabeça e Joana sentiu algo molhado cair em seu cabelo. Ergueu os olhos e ficou chocada ao ver lágrimas nos olhos dele. Fernando, ninguém nunca disse isso para mim antes.
Ele confessou a voz rouca, que eu valia a pena. Meu pai sempre disse que eu era um erro. Minha mãe me abandonou sem olhar para trás. Cada pessoa que eu já Ele pausou que eu achei que amava sempre teve segundas intenções: poder, dinheiro, status. Mas você você me quer, apesar de tudo isso. Não por causa disso. O coração de Joana se partiu por aquele homem forte e quebrado ao mesmo tempo. Você vale tudo, Fernando.
Ela prometeu, limpando suas lágrimas. E eu vou passar o tempo que for necessário provando isso para você. Eles adormeceram juntos, entrelaçados, dois seres feridos, encontrando cura um no outro. E quando Joana acordou horas depois, encontrou Fernando, observando-a com uma expressão tão intensa, tão cheia de amor, que roubou seu fôlego.
“Eu te amo”, ele disse simplesmente, “Mais do que achei que fosse possível amar alguém.” “Eu também te amo”, ela respondeu. E era a verdade mais pura que já havia dito. Mas lá fora, nas sombras, o perigo esperava e seu tempo de paz estava prestes a acabar. O acidente aconteceu na quarta-feira seguinte. Joana estava procurando um livro no escritório de Fernando. Ele tinha dado permissão para ela usar sua biblioteca quando esbarrou em uma pilha de pastas.
Papéis se espalharam pelo chão. Resmungando, ela se ajoelhou para recolher, mas um documento específico chamou sua atenção. Era uma certidão de óbito de Valentina Monteiro, mãe de Fernando. Curiosa, Joana continuou lendo. Havia mais relatórios policiais, fotos de hospital. prontuários psiquiátricos.
Quanto mais lia, mais seu coração doía. Fernando tinha apenas 12 anos quando sua mãe se suicidou, mas antes disso havia anos de abuso documentado, álcool, drogas, negligência. E o pai Alberto Monteiro tinha um histórico de violência doméstica, prisões por agressão, suspeitas de crimes muito piores. Havia fotos de Fernando criança, machucados, ossos quebrados, olhos assustados.
um relatório do Conselho Tutelar falando sobre a remoção de uma criança do lar, mas depois uma anotação: “Pai ofereceu suborno, caso arquivado. Lágrimas caíram nos documentos. Agora ela entendia. Entendia o controle obsessivo, a necessidade de proteger, a dificuldade em confiar.
Fernando tinha sido ferido das piores formas possíveis pelas pessoas que deveriam tê-lo amado. O que você está fazendo?” A voz dele era gelo puro. Joana pulou, virando para encontrar Fernando na porta, o rosto uma máscara de raiva. Eu esbarrei nas pastas e e decidiu invadir minha privacidade.
Ele cortou, entrando no escritório com passos controlados demais. Ler coisas que não são da sua conta. Fernando, eu não quis. Saia. Ele rugiu e Joana nunca o tinha visto tão fora de si. Saia do meu escritório. Saia da minha vida. As palavras a atingiram como um tapa físico. Você não quer dizer isso, não? Ele deu uma risada amarga. Eu confiei em você, Joana. Abri minha casa meu coração.
E você? Você me trai dessa forma? Eu não traí ninguém. Foi um acidente. Acidente? Ele pegou as pastas do chão, segurando-as como se fossem preciosas. Essas são as piores coisas da minha vida. Minha vergonha, minha dor. E você? Sua voz quebrou. Você não tinha direito. Joana deu um passo em sua direção, mas ele recuou.
Não me toca, Fernando, por favor, deixa eu explicar. Não tenho que explicar, ele disse, virando as costas. Vai fazer as malas. Eu vou te pagar o valor total do contrato, mas quero você fora desta casa até o fim da tarde. Você não pode me mandar embora por causa disso. Ele se virou e havia tal dor em seus olhos que Joana sentiu como se tivessem arrancado seu coração. Posso e estou mandando.
Você quebrou minha confiança, Joana, e isso? Isso não tem conserto. Ela ficou parada, vendo-o sair, lágrimas escorrendo livremente. Mas não, não, ela não ia deixar que ele a empurrasse para longe, que usasse isso como desculpa para se proteger. Joana foi atrás dele, encontrando-o no quarto, enfiando roupas em uma mala.
O que você está fazendo? Se você não vai sair, eu vou. Ele disse sem olhar para ela. Fernando Monteiro, você olha para mim agora. A ordem na voz dela o fez pausar. Olha para mim. Lentamente ele se virou. Você quer me mandar embora? Tudo bem, ela disse, avançando até ficar bem na frente dele. Mas antes você vai me ouvir. Sim, eu li aqueles documentos e sim, foi errado.
Eu admito e peço desculpas, mas Fernando, ela pegou o rosto dele entre as mãos, forçando-o a mantê-la olhando. Eu também entendi. Entendeu o quê? Por que você é como é? Porque tem tanto medo de confiar. de amar, de se entregar, porque cada pessoa que deveria ter te protegido te machucou. Seu pai abusou de você.
Sua mãe te abandonou da pior forma possível. E, provavelmente, cada pessoa depois disso só confirmou que você não podia confiar em ninguém. Ele tentou se afastar, mas ela segurou firme. Mas eu não sou eles, Fernando. Eu não sou seu pai que bateu em você quando deveria terte abraçado. Não sou sua mãe que desistiu quando deveria ter lutado.
Eu estou aqui. Estou lutando por você mesmo quando você tenta me empurrar para longe. Joana, você quer saber o que eu vi naqueles documentos? Ela continuou lágrimas escorrendo. Vi um menino corajoso que sobreviveu ao inferno. Vi um homem que transformou toda aquela dor em algo produtivo, que luta para proteger outros de passarem pelo que ele passou.
Vi cicatrizes, sim, mas também vi força, resiliência e tanta capacidade de amar que te assusta sentir. Eu não tenho capacidade de amar, ele disse, mas havia incerteza em sua voz. Mentira. Ela o sacudiu suavemente. Você ama tanto que dói. É por isso que controla tanto, protege tanto, fica tão desesperado com a ideia de perder alguém. Porque quando você ama, você ama com tudo e isso te aterroriza.
Fernando fechou os olhos, lágrimas finalmente caindo. Eu não quero que você me veja assim, fraco, quebrado. Você não é fraco. Joana o interrompeu ferozmente. Você é a pessoa mais forte que eu conheço. Passar por tudo isso e ainda ter coragem de se abrir para mim? Isso não é fraqueza, Fernando, é coragem pura.
Ele a puxou para um abraço esmagador, enterrando o rosto em seu pescoço. “Eu tenho tanto medo”, ele confessou, a voz quebrada. “Medo de te machucar como fui machucado. Medo de te perder.” “Medo de não ser suficiente para você. Você é mais do que suficiente”, ela prometeu, apertando-o com força. “E eu não vou te machucar. E você não vai me perder. Eu estou aqui, Fernando. Eu não vou a lugar nenhum.” Eles ficaram assim por longos minutos.
Ele se permitindo ser vulnerável, ela oferecendo força silenciosa. Quando finalmente se separaram, Fernando segurou o rosto dela, limpando suas lágrimas. “Me desculpa”, ele disse, “por ter explodido assim, por ter tentado te mandar embora. E eu peço desculpas por ter invadido sua privacidade.” “Não.” Ele balançou a cabeça.
“Na verdade, é um alívio você saber não ter que esconder essa parte de mim. Você nunca tem que esconder nada de mim, ela prometeu. Suas cicatrizes, suas feridas, seus demônios. Eu aceito tudo porque eu te amo. Todo você. Fernando a beijou profundo e lento, colocando toda a sua gratidão, todo o seu amor, todo o seu alívio naquele beijo.
“Eu não mereço você”, ele murmurou contra seus lábios. Isso não é verdade, mas você tem que começar a acreditar que merece ser amado, Fernando, porque merece tanto. Ele descansou a testa contra a dela. Eu vou tentar com você. Eu vou tentar. E naquele momento, algo mudou entre eles. A intimidade se aprofundou, não apenas física, mas emocional.
Fernando havia se permitido ser visto completamente em sua forma mais vulnerável e Joana havia provado que não ia correr aquela noite. Eles conversaram até tarde. Fernando contando histórias que nunca havia compartilhado com ninguém. Joana ouvindo e oferecendo conforto. Ele falou sobre as noites que passou escondido no armário enquanto o pai ficava violento, sobre encontrar a mãe naquele dia terrível, sobre os anos em lares temporários até conseguir emancipação aos 16.
“Como você sobreviveu?”, Joana perguntou. Admiração genuína em sua voz. Raiva, ele admitiu. No começo era só raiva. Raiva do meu pai, da minha mãe, do mundo. Usei essa raiva para estudar obsessivamente, para criar minha empresa, para me tornar alguém que nunca mais poderia ser machucado. Mas você percebe que construiu muros tão altos que também impediu qualquer coisa boa de entrar.
Percebi, ele disse tocando seu rosto. Até você. Você escalou cada muro, derrubou cada defesa e agora? Agora eu não sei como viver sem você. Então não viva ela disse simplesmente, vive comigo, ao meu lado, sempre ele prometeu. E quando a beijou de novo, ambos souberam que haviam cruzado outro limiar. Não havia mais volta.
Eles eram um do outro em todos os sentidos que importavam, exceto um. E esse também estava se aproximando, inevitável como a maré. As duas semanas seguintes foram as mais intensas da vida de Joana. Fernando se abriu completamente para ela, compartilhando não apenas seu passado doloroso, mas também seus sonhos, seus medos, suas esperanças.
E a cada revelação, Joana se apaixonava mais profundamente. A tensão sexual entre eles era quase palpável. Cada toque acidental enviava sentelhas. Cada beijo deixava ambos tremendo e querendo mais. Fernando, fiel à sua palavra, nunca pressionava. Mas Joana via o desejo em seus olhos. Sentia na forma como suas mãos asseguravam, ouvia nos gemidos baixos quando ela se afastava.
Foi na sexta-feira à noite, após um jantar particularmente romântico, que Joana tomou sua decisão. Ela estava deitada na cama, usando apenas uma camisola fina, quando bateu na porta de conexão entre os quartos. Fernando, você está acordado? Silêncio. Depois estou. Precisa de alguma coisa. Posso, posso entrar? Mais silêncio. Depois o som de passos.
A porta se abriu, revelando Fernando em calças de pijama e nada mais. O cabelo estava desalinhado, como se ele tivesse passado as mãos por ele repetidamente. “Joana!”, sua voz saiu rouca. “São 2as da manhã, algo está errado?” Não, eu eu não consigo dormir. Os olhos dele a percorreram, notando a camisola fina, e ela viu sua mandíbula contrair.
Quer que eu faça um chá? Te dê algo para relaxar? Não. Ela deu um passo para dentro do quarto dele. Eu sei exatamente o que preciso. Fernando congelou. Joana, não brinque comigo não. Esta noite eu estou Ele passou a mão pelo cabelo. Estou por um fio aqui. Eu não estou brincando. Ela disse, fechando a porta atrás de si. Eu quero você, Fernando, esta noite.
Agora ela viu o momento exato em que o controle dele se rompeu. Seus olhos escureceram, as pupilas dilatando até quase cobrir a íris. Tem certeza? Sua voz era um rosnado baixo. Porque se eu te tocar agora, do jeito que eu quero te tocar, não vai ter volta. Eu tenho certeza. Ela afirmou, caminhando até ficar bem na frente dele.
Eu confio em você e eu te quero. Fernando tremeu visivelmente, lutando com si mesmo. Então, com uma gentileza que contrastava completamente com a intensidade em seus olhos, ele a pegou no colo e a carregou para a cama. Se em qualquer momento você quiser parar”, ele disse, deitando-a cuidadosamente. “Você diz, e eu paro.” “Entendido?”.
“Entendido?” Ele se deitou ao lado dela, apoiando-se em um cotovelo para poder vê-la. “Eu vou ir devagar”, ele prometeu, uma mão traçando seu rosto. “Vou te tocar em todos os lugares. Vou aprender cada parte de você. E quando finalmente te fizer minha”. Ele se inclinou, os lábios roçando sua orelha. “Vai ser a melhor noite da sua vida. Um arrepio percorreu todo o corpo de Joana.
Fernando começou com beijos lentos, profundos, exploradores. Sua boca mapeou a dela como se fosse um território precioso. Sua língua provocando, exigindo, prometendo. As mãos dele eram igualmente pacientes, traçando seus braços, sua cintura, sua coxa, sempre por cima da camisola. Fernando, ela gemeu contra seus lábios, por favor. X.
Ele a silenciou com outro beijo. Estamos só começando, meu amor. Ele desceu, beijando sua mandíbula, seu pescoço, sugando e mordiscando de maneiras que arrancavam sons que Joana não sabia que podia fazer. Quando chegou à curva de seus seios, ele pausou. Posso? Ela assentiu sem voz.
Fernando puxou as alças da camisola lentamente, revelando centímetro por centímetro, até que ela estava nua da cintura para cima. Ele ficou simplesmente olhando. Admiração clara em seu rosto. “Você é perfeita”, ele sussurrou. “Absolutamente perfeita.” E então sua boca a envolveu e Joana arqueou da cama, um grito escapando de seus lábios. As sensações eram avaçaladoras, sua língua provocando, seus dentes mordiscando gentilmente, sua mão adorando o outro seio. “Gosta disso?”, ele murmurou contra sua pele.
“Sim”, ela o fegou. Sim, por favor, não pare. Ele continuou sua jornada para baixo, beijando cada costela sua barriga, enquanto suas mãos puxavam a camisola completamente para fora. Quando chegou à borda de sua calcinha, ele ergueu os olhos, uma pergunta silenciosa. Joana a sentiu. Confiança absoluta em seus olhos.
Fernando removeu a peça final com reverência e então então ele a tocou íntima e completamente de formas que enviaram Joana a um mundo de sensações que ela nunca imaginou existir. “Fernando!” Ela gritou, seus dedos cravando nos lençóis. “Eu sei amor”, ele murmurou sua voz rouca. “Deixa acontecer. Eu te peguei”. E quando o prazer finalmente explodiu, Joana gritou seu nome, seu corpo tremendo incontrolavelmente, enquanto ele a guiava gentilmente através da primeira vez.
Quando ela finalmente recuperou a capacidade de pensar, encontrou Fernando a observando com tal adoração que seu coração se apertou. Foi começou sem palavras, que ainda não acabou. Ele prometeu, removendo suas próprias roupas. Joana ouviu Nuela pela primeira vez e seu coração acelerou com nervosismo e antecipação. Ele era impressionante, grande e poderoso.
E por um momento, o medo voltou. Fernando viu e pausou. Você ainda quer isso? Sim. Ela disse firme. Eu quero. Eu te quero. Ele se posicionou entre suas pernas, segurando seu rosto com ambas as mãos. Vai doer um pouco no começo ele avisou. Mas eu prometo fazer valer a pena depois. E então ele entrou devagar, dando tempo para ela se ajustar.
Houve dor, um ardor, uma queimação, mas também uma sensação de plenitude, de conexão que transcendia o físico. “Respira para mim”, Fernando, instruiu. Sua voz tensa pelo esforço de se controlar. Só respira, amor. Joana obedeceu e gradualmente a dor diminuiu, substituída por algo mais, algo intenso e avaçalador. “Move!”, ela sussurrou.
“por favor, Fernando, move”. Ele obedeceu, estabelecendo um ritmo lento e profundo, seus olhos nunca deixando-os dela. E então o prazer veio, ondas sobre ondas, construindo até que Joana estava tremendo, gemendo, implorando por algo que não sabia nomear. “Deixa ir. Fernando ordenou, sua própria voz quebrando. Vem para mim, Joana.
E ela veio gritando alto, seu corpo inteiro convulsionando com a intensidade. O aperto ao redor dele enviou Fernando ao limite também, e ele a seguiu enterrando o rosto em seu pescoço enquanto se derramava dentro dela. Por longos momentos, eles ficaram entrelaçados, respirações irregulares, corações acelerados, suor misturado.
“Joana”, Fernando, finalmente conseguiu dizer, erguendo-se para vê-la. “Você está bem?” Lágrimas escorriam pelo rosto dela, mas ela estava sorrindo. Eu nunca, nunca senti isso, Fernando. Eu nunca, ela sussurrou, sua voz quebrada de emoção. Foi. Você foi perfeito. Algo quebrou nos olhos dele. Ele a puxou para um abraço esmagador e ela sentiu seu corpo tremer.
“Obrigado”, ele sussurrou contra seu cabelo. “Obrigado por confiar em mim, por se entregar a mim. Você não tem ideia do que isso significa. Eu acho que tenho”, ela disse, apertando-o de volta, porque eu senti também a conexão como se como se nos tornássemos uma pessoa só. “Nós somos”, ele confirmou.
A partir de agora, Joana, você é minha em todos os sentidos e eu sou seu, completamente, irrevogavelmente seu. Eles fizeram amor mais duas vezes naquela noite, cada vez mais intenso, mais conectado que a anterior, e quando finalmente adormeceram, entrelaçados tão intimamente que era impossível dizer onde um terminava e o outro começava, ambos sabiam que haviam selado algo permanente.
Não importava o que viesse a seguir, ameaças, perigos, desafios, eles enfrentariam juntos, porque agora eram verdadeiramente um. Os dias seguintes foram uma bolha de felicidade. Fernando mal deixava Joana sair de seus braços e ela não reclamava. Eles faziam amor constantemente, na cama, no chuveiro, uma vez escandalosamente no escritório, cada vez mais intenso que a anterior, mas o mundo exterior não podia ser ignorado para sempre.
Foi na quinta-feira, exatamente três semanas após Joana entrar naquela casa, que tudo desmoronou. Ela estava no mercado. Fernando finalmente havia cedido e deixado ela sair com dois seguranças quando seu telefone tocou. Número desconhecido. Alô, Joana Ferreira. Uma voz distorcida perguntou. Quem é uma amiga.
Tenho um recado para você passar ao seu amante. O sangue dela gelou. Eu não sei do que você está falando. Não fingja ser estúpida, Fernando Monteiro. Diga a ele que o tempo acabou. Diga que sabemos tudo sobre você, seu apartamento, sua mãe no hospital, seu endereço antigo e diga: “A voz ficou sinistra, que se ele não parar de investigar, você vai ser a próxima a sentir uma bala”. A ligação caiu.
Joana ficou paralisada no meio do corredor do mercado, seu coração batendo violentamente. Os seguranças perceberam imediatamente. Senhora Ferreira, está bem? Ela não estava, mas forçou um aceno e foi para o carro, suas mãos tremendo enquanto ligava para Fernando. Joana, ele atendeu no primeiro toque. Algo errado. Eles eles me ligaram, ameaçaram.
Fernando, eles sabem sobre minha mãe, sobre volta agora ele ordenou e ela ouviu uma porta bater. Marcos, busquem a Joana agora. 20 minutos depois, ela estava de volta à mansão, sendo praticamente arrastada para o escritório, onde Fernando esperava, cercado por sua equipe de segurança. “Me conta tudo”, ele ordenou seu rosto uma máscara de controle feroz, cada palavra.
Joana repetiu a conversa, vendo a fúria crescer nos olhos dele. “Senhor, precisamos mover a senhora Célia”, disse Ricardo, o chefe de segurança. “Se eles sabem sobre ela, façam isso agora. Hospital particular, quarto com segurança, 24 horas. E dobrem a segurança aqui, Fernando.” Joana segurou seu braço. “Talvez eu devesse ir embora. Se eu não estiver aqui, eles não têm mais poder sobre você”.
Ele a encarou como se ela tivesse perdido a cabeça. Você não vai a lugar nenhum, nunca. Entendeu? Mas não. Ele segurou o rosto dela. Nós vamos acabar com isso juntos. Mas eu não vou te perder, Joana. Eu prefiro morrer. Não diz isso. É a verdade. Ele disse simplesmente. Nas horas seguintes, a mansão se transformou em um búnker. Joana viu um lado de Fernando que ele sempre havia escondido.
O estrategista frio, o homem perigoso que não hesitava em dar ordens que provavelmente significavam violência. Isso não é você, ela disse quando finalmente ficaram sozinhos. É sim, ele corrigiu. Sempre foi. Eu só tentei esconder de você. Mas Joana, esse é meu mundo. Violência, perigo, decisões impossíveis. E agora você está nele também. Então me ensina a sobreviver nele. Ela disse firme.
Para de me tratar como algo frágil que precisa ser guardado. Me ensina a lutar. Fernando a estudou por um longo momento. Você tem certeza? Absoluta. Então, amanhã começamos. Treino de defesa pessoal, manuseio de armas, protocolo de segurança. Se você vai estar no meu mundo, vai estar preparada. Naquela noite, eles fizeram amor com uma urgência desesperada, como se sentissem o tempo se esgotando.
Fernando a tocou como se estivesse memorizando, adorando, temendo perdê-la. Prometa que vai lutar, ele implorou contra seus lábios. Se algo acontecer, promete que vai lutar para voltar para mim. Eu prometo, ela jurou. Mas você tem que prometer o mesmo sempre. Ele garantiu.
E quando se uniram, foi com uma intensidade que deixou ambos em lágrimas, porque ambos sabiam. A tempestade estava chegando e quando viesse mudaria tudo. Os dias seguintes foram intensos. Fernando cumpriu sua promessa. Todas as manhãs, Joana treinava defesa pessoal com o instrutor ex-militar. À tarde, aprendia sobre armas, rotas de fuga, códigos de emergência.
Ela descobriu que era mais forte do que imaginava. “Você é uma guerreira natural”, Fernando disse, observando-a derrubar o instrutor durante uma simulação. “Deveria ter confiado nisso desde o início. Você estava tentando me proteger.” Ela respondeu, limpando o suor. “Eu entendo, mas proteção não significa prisão. Ele a puxou para um beijo suado e intenso.
“Eu te amo tanto”, ele murmurou, “tanto que assusta. Foi na sexta-feira que tudo desmoronou. Joana precisava visitar sua mãe. Célia havia sido transferida para um hospital particular conforme planejado, mas estava pedindo para ver a filha. Fernando não queria deixá-la ir, mas finalmente cedeu sob a condição de que ele a acompanhasse junto com quatro seguranças.
O hospital ficava a 40 minutos da mansão. Eles estavam a meio caminho quando o primeiro tiro atingiu o pneu. O carro derrapou violentamente. Fernando jogou seu corpo sobre Joana, protegendo-a enquanto o motorista lutava para controlar o veículo. Mais tiros. O vidro à prova de balas rachou, mas não quebrou. Aguentem! Gritou o motorista, fazendo uma manobra brusca.
O carro de segurança atrás deles não teve a mesma sorte. Uma explosão ensurdecedora, violenta, e Joana viu o veículo capotando em chamas. Marcos, Fernando gritou, mas não havia resposta. Os homens naquele carro estavam mortos. O motorista conseguiu sair da emboscada, mas apenas temporariamente. Eles estavam sendo perseguidos por duas vãs pretas.
“Ligando para reforços,” Ricardo disse do banco da frente. Mas então outro tiro, este certeiro, atingiu seu ombro. Ele gritou largando o telefone. Ricardo! Joana tentou alcançá-lo, mas Fernando assegurou. Fica abaixada. Mais tiros. O motorista foi atingido na cabeça, morto instantaneamente. O carro saiu da estrada batendo violentamente contra uma árvore.
O airbag explodiu e, por um momento, tudo ficou em silêncio, exceto o zumbido nos ouvidos de Joana. Fernando? Ela chamou tonta. Fernando aqui. Ele respondeu a voz rouca. Estava sangrando. Um fragmento de vidro havia cortado seu braço. Você está machucada? Não, eu A porta foi arrancada. Mãos ásperas a puxaram para fora.
Joana lutou usando tudo que havia aprendido, mas eram muitos. Ela conseguiu quebrar o nariz de um, chutar outro, mas então algo duro atingiu sua cabeça e o mundo escureceu. Quando acordou, estava em um galpão abandonado, amarrada a uma cadeira. Sua cabeça latejava e havia sangue seco em seu rosto. Quanto tempo havia-se passado? Horas, dias. Finalmente acordou. Uma voz disse.
Joana ergueu os olhos e viu um homem, 50 e poucos anos, terno caro, cicatriz no rosto, observando-a com interesse clínico. “Onde está Fernando?”, ela exigiu, sua voz saindo mais fraca que pretendia. “O namoradinho?”, o homem riu. Ainda vivo por enquanto. Depende de você. “Do que você está falando?” “Simples.
” Fernando Monteiro destruiu meu império, expôs minhas operações, congelou minhas contas. Agora ele vai pagar. E você? Ele tocou seu rosto fazendo Joana recuar com nojo. Você é minha vingança. Ele vai te matar por isso. Joana disse com convicção. Você não faz ideia do que acabou de despertar. Estou contando com isso. O homem sorriu. Vou fazer ele assistir enquanto te machuco.
Vou quebrar ele do jeito que ele me quebrou e então vou matar vocês dois. Medo real, visceral. Percorreu Joana. Mas ela não podia mostrar. Não ia dar a esse monstro a satisfação. “Faça o que quiser comigo”, ela disse, erguendo o queixo. “Mas você está certo sobre uma coisa. Fernando vai vir e quando vier que Deus tenha misericórdia de você, porque ele não vai ter.
” A bofetada veio rápida e violenta, virando sua cabeça. Sangue encheu sua boca. “Temos uma corajosa aqui”, o homem disse. “Vamos ver quanto tempo essa coragem dura. As horas seguintes foram um borrão de dor. Eles não a torturaram. ainda, mas a fome, a sede, o frio e, principalmente a preocupação com Fernando a consumiam. Ela rezou. Pela primeira vez em anos, Joana rezou pedindo força, pedindo salvação, pedindo que Fernando estivesse vivo e vindo buscá-la. E como se suas preces fossem ouvidas, ouviu uma explosão distante.
Fernando estava transtornado. Ele havia acordado no hospital com ferimentos leves, nada que importasse, e imediatamente começou a caçar. Sua equipe trabalhou sem parar, rastreando pistas, torturando informantes, seguindo cada fio. Quando finalmente descobriu onde Joana estava sendo mantida, ele armou um plano.
Não um plano cuidadoso e calculado, um ataque brutal e direto. “Senhor, deveríamos esperar pela polícia.” Ricardo começou seu braço em uma tipóia. “Dane-se a polícia.” Fernando rugiu. “Eles têm Joana. Cada segundo que passa, ela pode estar sendo Ele não conseguiu terminar a frase. A ideia de alguém tocando ela, machucando ela, era insuportável.
“Vamos entrar atirando”, ele ordenou, checando sua arma. “Qualquer um que estiver entre mim e ela, morre.” E foi exatamente o que aconteceu. Fernando invadiu aquele galpão como um furacão de violência. Homens caíram ao seu redor. Ele não hesitava, não se importava. Seu único pensamento era Joana, quando finalmente a viu amarrada, sangrando, mas viva, algo dentro dele desmoronou e se reconstruiu simultaneamente.
Joana, ela ergueu os olhos e o alívio que viu neles quase o matou. Fernando ele correu, desamarrando-a com mãos trêmulas, mas então ouviu o clique inconfundível de uma arma sendo engatilhada. Quão tocante”, disse o homem que comandava tudo, pressionando uma arma contra a têmpora de Joana. “Você veio salvar sua princesa como romântico.
” Fernando congelou sua própria arma apontada para o homem. Solta ela, Augusto. Isso é entre você e eu. Errado. Augusto sorriu. Isso é sobre te destruir. E a melhor forma de destruir um homem é tirar o que ele mais ama. Tudo aconteceu em câmera lenta. Augusto apertou o gatilho. Fernando gritou. jogando-se na frente.
O tiro o atingiu no peito, girando-o para trás. Não! Joana gritou finalmente livre das cordas, jogando-se sobre Fernando enquanto ele caía. Ricardo atirou, matando Augusto instantaneamente. Outros seguranças invadiram, neutralizando os homens restantes. Mas Joana não via nada disso. Seu mundo inteiro era Fernando sangrando em seus braços. Não, não, não, não.
Ela chorava suas mãos pressionando a ferida. Fernando, não, você não pode me deixar, Joana? Ele ofegou, sangue escorrendo do canto de sua boca. Eu te amo. Não ousa se despedir de mim, ela gritou. Ricardo, ambulância, agora. Suas mãos trabalhavam automaticamente. Enfermeira primeiro, mulher apavorada depois.
Ela pressionava a ferida tentando estancar o sangue, mas havia tanto sangue. “Fica comigo”, ela implorava. lágrimas caindo sobre o rosto dele. Por favor, Fernando, você prometeu. Prometeu que ia lutar. Estou tentando. Cada palavra era um esforço por você. Sempre por você. Então, luta ela praticamente gritou. Eu morreria mil vezes por você, mas você precisa viver. Viver por mim, viver por nós. E foi como se suas palavras o alcançassem.
Fernando piscou, focando nela com toda sua força de vontade. Por nós Ele concordou sua mão apertando a dela mesmo fraca. A ambulância chegou eternos 8 minutos depois. Paramédicos a empurraram para o lado, mas ela não soltou a mão dele. “Senhorita, precisamos. Eu sou enfermeira”, ela cortou. “E eu vou com ele. Não tentem me parar.
Ninguém tentou”. No hospital, ironicamente o mesmo onde tudo começou, Joana se recusou a deixar o lado dele, mesmo quando tentaram fazê-la tratar seus próprios ferimentos, mesmo quando a cirurgia durou 7 horas torturantes. Quando finalmente o cirurgião saiu, Joana estava de pé, tremendo, mas determinada. Ele vai sobreviver. O médico anunciou.
Foi por pouco, muito pouco. Mas ele é um lutador. Joana desmoronou. Lágrimas de alívio finalmente caindo. Ricardo assegurou e pela primeira vez desde a emboscada, ela se permitiu sentir toda a dor, todo o medo, todo o terror. “Ele está vivo”, ela soluçava. Ele está vivo. Quando finalmente a deixaram vê-lo, Joana puxou uma cadeira para perto da cama dele, exatamente como naquela primeira noite, e segurou sua mão. “Você ouviu isso, Fernando Monteiro?”, ela sussurrou.
Você sobreviveu de novo porque você é teimoso demais para morrer. E eu te amo por isso, por toda a sua teimosia, toda sua força, toda sua determinação em ficar comigo. E enquanto segurava sua mão, enquanto ouvia os bips constantes do monitor confirmando que ele estava vivo, Joana fez uma promessa silenciosa.
Nunca mais ia deixar o medo vencer. Nunca mais ia deixar nada ou ninguém ameaçar o amor deles, porque alguns amores valiam a pena lutar, e o dela com Fernando valia uma guerra. Fernando acordou três dias depois. Seus primeiros olhos foram para Joana, ainda ao lado da cama, segurando sua mão, com olheiras profundas e roupas amarrotadas.
“Você não dormiu?” Ele raspou a voz rouca de desuso. Joana pulou, os olhos se enchendo de lágrimas. Fernando, ela se jogou sobre ele, cuidadosa com os tubos. Você está acordado. Graças a Deus, você está acordado. Eu prometi lutar, ele disse, abraçando-a de volta. Por nós. Nas semanas seguintes, enquanto Fernando se recuperava, Joana descobriu que sua captura havia mudado algo fundamental nela. Ela não era mais a enfermeira doce e cuidadosa que havia entrado naquela mansão.
Era uma mulher que havia olhado a morte nos olhos e sobrevivido, e agora queria vingança. Acabou. Fernando disse quando ela mencionou ir atrás dos homens restantes da organização de Augusto. O líder está morto. Os outros vão se dispersar. Não acabou enquanto houver ameaça. Ela contradisse, você destruiu o império deles. Eles vão querer vingança, então deixa comigo. Não.
Ela o interrompeu firmemente. Não mais. Você quase morreu me protegendo. Agora é minha vez de te proteger. Somos parceiros, lembra? Então vamos terminar isso juntos. Fernando a estudou por um longo momento e ela viu o momento em que ele realmente havia, não como algo frágil para proteger, mas como uma igual, uma guerreira ao seu lado. Juntos, ele concordou.
Durante o mês seguinte, enquanto Fernando terminava sua recuperação, eles trabalharam com a equipe de segurança para identificar e neutralizar cada ameaça restante. Joana se mostrou surpreendentemente boa em estratégia, vendo ângulos que outros perdiam. Você devia considerar trabalhar comigo permanentemente”, Fernando brincou após ela resolver um problema de segurança particularmente complicado.
“Tem talento para isso.” “Eu sou enfermeira”, ela respondeu. “Mas talvez possamos encontrar um meio termo. Sua empresa de segurança poderia ter um departamento médico, ensinar primeiro socorros, protocolo de trauma. “Você é brilhante”, ele disse, puxando-a para um beijo. “Como não vi isso antes? Porque você estava muito ocupado, tentando me manter em uma torre. Ela provocou.
Justo, ele admitiu. Mas agora eu vejo. Você não é minha princesa para proteger. Você é minha rainha para reinar ao meu lado. A última operação foi na quinta semana. Eles haviam rastreado o último tenente de Augusto, um homem chamado Vinícius, que havia jurado vingança. “Deixa eu ir”, Joana disse.
Ele não vai suspeitar de uma mulher sozinha. Absolutamente não. Fernando, confia em mim? Ela perguntou, segurando seu rosto. De verdade? Ele fechou os olhos, lutando com seu instinto protetor. Eu confio, mas não gosto. Eu sei. Ela beijou-o suavemente. Mas preciso fazer isso. Preciso provar para mim mesma que posso.
No final, ele cedeu, mas com a condição de ter franco atiradores posicionados e uma equipe de resgate a segundos de distância. A operação foi surpreendentemente simples. Joana se disfarçou de cliente potencial, marcando um encontro com Vinícius em um café. Quando ele se sentou arrogante e confiante, ela sorriu doce.
Vinícius, prazer. Meu nome é Joana Ferreira. Talvez você me reconheça. Eu sou a mulher que você sequestrou. A cor drenou do rosto dele. Ele tentou se levantar, mas homens de Fernando o cercaram, armas discretamente apontadas. Senta, Joana. ordenou e havia aço em sua voz. “Vamos ter uma conversa.
” Meia hora depois, eles tinham tudo. Nomes, localizações, planos. A organização foi completamente desmantelada, as autoridades foram informadas e, finalmente, finalmente acabou. Naquela noite, de volta à mansão, Fernando e Joana ficaram na varanda observando as estrelas. “Aou de verdade?”, ela perguntou.
“Acabou?”, Ele confirmou, puxando-a para mais perto, sem mais ameaças, sem mais perigos. Só nós, nós, ela repetiu gostando do som. Gosto disso. Eu também. Ele virou-a para encará-lo. Joana, esses últimos meses foram os mais intensos da minha vida. Conheci você, me apaixonei por você, quase te perdi e depois aprendi que você é muito mais forte do que eu jamais imaginei.
Fernando, me deixa terminar, ele disse. E então, então ele se ajoelhou. O coração de Joana parou. O quê? Joana Ferreira? Ele disse tirando uma caixa do bolso. Você me salvou. Não só naquela noite no hospital, mas todos os dias desde então, você me ensinou que amar não é fraqueza, é força, que proteger não é aprisionar, é apoiar, que ser vulnerável não é assustador quando você tem a pessoa certa ao seu lado. Lágrimas escorriam pelo rosto dela.
Eu sei que é rápido. Eu sei que sou intenso demais, obsessivo demais, possessivo demais. Mas Joana, eu não quero passar um único dia sem você. Não quero acordar sem você do meu lado. Não quero viver sem saber que você é minha. Não porque eu te possuo, mas porque você escolheu ser minha.
Ele abriu a caixa, revelando um anel deslumbrante, um diamante central cercado por pedras menores, desenhado para parecer uma flor. Você vai se casar comigo? Vai me dar o privilégio de te amar pelo resto da minha vida? Sim. Joana gritou, jogando-se em seus braços. Sim, sim, mil vezes sim. Ele assegurou apertado, ambos chorando, ambos rindo, ambos completamente irrevogavelmente apaixonados.
Quando finalmente se separaram para ele colocar o anel, Joana olhou para aquela pedra preciosa e depois para o homem que havia mudado sua vida completamente. “Eu te amo”, ela disse com cada fibra do meu ser, Fernando Monteiro. “Eu te amo e eu te amo”, ele respondeu obsessivamente, desesperadamente, eternamente.
E quando se beijaram sob as estrelas, selando sua promessa de para sempre, ambos sabiam que haviam encontrado algo raro, algo precioso. Haviam encontrado o amor verdadeiro, imperfeito, intenso, mas absolutamente real. Nota ajustando a ordem dos eventos para seguir melhor o arco narrativo. O casamento foi marcado para daqui a três meses.
Joana queria algo simples, mas Fernando insistiu em algo que refletisse o quanto ela significava para ele. Eles chegaram a um acordo, uma cerimônia íntima apenas com família próxima e amigos queridos. Mas uma semana antes do casamento, quando tudo parecia finalmente tranquilo, o impossível aconteceu. Joana estava visitando sua mãe. Célia estava melhorando com o novo tratamento que Fernando providenciou, ganhando peso e força quando seu telefone tocou, número privado.
Ela quase não atendeu, mas algo a fez apertar o botão. Alô, senrita Ferreira. Uma voz que ela reconheceu do sequestro. Seu sangue gelou. Sinto informar que ainda não acabou. Vocês foram presos. Vinícius confessou tudo. Vinícius era um idiota. A voz cortou. Um entre muitos. Mas eu eu sou o verdadeiro poder por trás de tudo.
E você, uma risada sinistra, você e seu noivo vão pagar por destruir minha organização. Fernando vai te encontrar. Estou contando com isso. Na verdade, já preparei um presente especial para ele. O endereço está sendo enviado para seu telefone agora. Você tem uma hora para chegar sozinha. Se trazer alguém, seu namorado morre. Se chamar a polícia, ele morre.
Se tentar ser esperta? Bem, você entendeu como eu sei que você realmente tem Fernando? Uma pausa. Depois a voz de Fernando, fraca, dolorida. Joana, não venha. É armadilha. A ligação cortou. Joana ficou paralisada por exatos 5 segundos. Então a enfermeira nela assumiu o controle. Ela precisava de um plano. Não podia ir sozinha. Seria suicídio. Mas se levasse muita gente, Fernando morria.
Ligou para Ricardo. Eles têm Fernando ela disse. Rapidamente. Mandaram um endereço. Querem que eu vá sozinha? Mas isso é obviamente uma armadilha. Senrita Ferreira, não podemos arriscar. Eu vou. Ela interrompeu. Mas não sozinha. Preciso que você e mais dois homens me sigam a uma distância segura. Quando eu der o sinal, três tiros rápidos vocês entram.
Entendido? Isso é perigoso demais, Ricardo. Ela usou o tom que Fernando usava quando dava ordens. Cada segundo que perdemos é um segundo que Fernando está em perigo. Estamos fazendo isso do meu jeito ou não estamos fazendo de jeito nenhum? Silêncio depois. Sim, senhora. O endereço levou a um armazém abandonado no porto. Clássico Joana pensou amargamente.
Ela estacionou o carro, checou a pequena arma que Ricardo insistiu que levasse e respirou fundo. Você é forte. Ela se lembrou. Você sobreviveu a coisa pior. Você pode sobreviver a isso. Dentro do armazém estava escuro e frio. Joana seguiu o som de vozes até um escritório improvisado no segundo andar. E lá estava Fernando, amarrado a uma cadeira.
sangrando de vários cortes, mas vivo, vivo, “Joana! Não!” Ele gritou quando a viu. “Vai embora! Quieto! O homem que claramente estava no comando atingiu Fernando. Era um homem mais velho, com cabelos grisalhos e olhos mortos. Senrita Ferreira, que pontual. Me solta ele. Joana exigiu. Você me queria. Aqui estou eu. Ó, eu quero vocês dois.
O homem sorriu. Vou matar seu noivo na sua frente. Vou fazer você assistir enquanto a vida escorre dele. E então, então vou te matar também devagar dolorosamente. Você a Estevão? Joana disse reconhecendo o nome que Vinícius havia mencionado. O verdadeiro chefão inteligente. Ele aplaudiu e agora também morta. Ele ergueu a arma, apontando para Fernando.
Joana não pensou, apenas agiu. Jogou-se na frente e o tiro que deveria ter matado Fernando atingiu seu ombro. A dor foi cegante, mas Joana usou o momento de choque para sacar sua própria arma e disparar, uma vez no peito de Estevão, duas vezes mais, como sinal para Ricardo. Estevão caiu, surpresa estampada em seu rosto enquanto morria.
Segundos depois, Ricardo e sua equipe invadiram, mas Joana já estava cambaleando até Fernando, desamarrando-o com mãos trêmulas e ensanguentadas. Você está louca? Fernando ofegou livre das cordas, puxando-a para seus braços. “Podia ter morrido, mas não morri”, ela disse, sua visão começando a escurecer. “E você também não.
Nós ganhamos, Fernando. Ganhamos.” Ela desmaiou em seus braços. quando acordou, estava em um quarto de hospital de novo. E Fernando estava ao seu lado de novo, mas desta vez ele estava acordado, segurando sua mão com força suficiente para doer. “Sa você”, ele disse e havia fúria e alívio em partes iguais em sua voz.
“Você se jogou na frente de uma bala. Por mim, você fez o mesmo”, ela apontou. Sua voz rouca. Mais de uma vez. Isso é diferente. Como? Porque? Porque ele lutou por palavras e então desistiu, puxando-a para um beijo desesperado, cuidadoso, com seu ombro ferido, mas intenso mesmo assim. Porque se eu te perco, Joana, eu perco tudo.
Tudo? Você entende? Você é minha vida agora e você é a minha. Ela respondeu tocando seu rosto machucado. Então, paramos de discutir sobre quem pode morrer por quem e começamos a focar em viver um pelo outro. Combinado? Combinado. Ele concordou, descansando a testa contra a dela. Mas se você algum dia se jogar na frente de outra bala, você vai fazer o quê? Ela desafiou. Vou.
Vou. Ele desistiu novamente, beijando-a uma vez mais. Vou te amar ainda mais ferozmente do que já amo. Ameaça terrível. Ela brincou. Nos dias seguintes, enquanto Joana se recuperava, detalhes emergiram. Estevan havia sido o verdadeiro chefe de todo o cartel. Augusto era apenas seu tenente favorito.
Com sua morte, a organização inteira desmoronou completamente. Agora acabou? Joana perguntou. De verdade dessa vez? De verdade? Fernando confirmou. A polícia prendeu todos os membros restantes. Não há mais ameaças. Só paz. Paz, ela repetiu, testando a palavra. Acho que posso me acostumar com isso. Melhor se acostumar, ele disse, beijando sua têmpora.
porque vou fazer todo o possível para te dar uma vida de paz daqui para frente. E pela primeira vez desde aquela noite no hospital, quando tudo começou, Joana realmente acreditou que era possível, que eles poderiam ter seu final feliz. Três meses depois, quando o ombro de Joana havia curado completamente e os pesadelos finalmente pararam de atormentá-los todas as noites, chegou o dia do casamento. Mas Fernando tinha uma surpresa primeiro.
Na manhã do grande dia, ele vendou os olhos de Joana e a levou para algum lugar. Quando finalmente tirou a venda, ela descobriu que estavam de volta ao hospital São Lucas. O que estamos fazendo aqui? Ela perguntou confusa. “Vem comigo”, ele disse segurando sua mão. Ele a levou através dos corredores familiares até a sala de emergência, exatamente onde tudo havia começado.
E lá, montado como se o tempo tivesse parado, estava uma recreação perfeita daquela noite, a maca, os monitores, até as luzes idênticas. Fernando, foi aqui que minha vida mudou”, ele disse, e sua voz estava carregada de emoção. “Foi aqui que eu olhei nos olhos de uma mulher desconhecida e soube, de alguma forma impossível que ela seria a minha salvação, não só do meu corpo, mas da minha alma.” Lágrimas já escorriam pelo rosto de Joana.
“Você me salvou naquela noite, Joana.” Ele continuou pegando ambas as mãos dela, não só meu corpo, mas minha alma. Eu estava morto por dentro há anos. apenas existindo. E então você entrou com sua gentileza, sua força, sua luz e me trouxe de volta à vida. Ele se ajoelhou novamente, ali mesmo na sala de emergência recriada.
Eu já te pedi uma vez, mas queria fazer de novo aqui, onde tudo começou. Joana Ferreira, me dá o privilégio de te amar pelo resto da vida, de te honrar, te respeitar, te proteger, mas não aprisionar, te desafiar e crescer ao seu lado? Sim. Ela chorou, puxando-o para cima e beijando-o. Sempre sim. A cerimônia aconteceu ao pôr do sol no jardim da mansão.
Apenas 40 pessoas, família, amigos próximos, a equipe que se tornou família. Célia estava lá, fraca, mas radiante, usando um vestido novo que Fernando havia presenteado. Ricardo e os seguranças estavam lá, todos internos formais. Até alguns colegas do hospital compareceram, mas quando Joana desceu aquele corredor improvisado no jardim, quando Fernando a viu no vestido branco simples, mas deslumbrante, nada mais existiu, exceto eles dois. “Você é a mulher mais linda que já vi”, ele sussurrou quando ela chegou ao altar. “E você é o homem mais
absurdamente lindo que já existiu”, ela sussurrou de volta. O juiz começou a cerimônia, mas ambos mal ouviram. estavam muito ocupados se olhando, comunicando mil coisas sem palavras. Quando chegou a hora dos votos, Fernando foi primeiro. “Joana”, ele começou sua voz firme, apesar das lágrimas. “Eu não sei o que fiz para merecer você. Talvez nada.
Talvez você seja simplesmente um presente que eu não merecia, mas vou passar o resto da vida tentando ser digno de Você me ensinou a confiar, a amar, a ser vulnerável. me mostrou que força não é nunca precisar de ninguém, mas ter coragem de admitir quando precisa. Eu prometo te amar ferozmente, te proteger, mas não te aprisionar, te respeitar como minha igual e te escolher todos os dias pelo resto da nossa vida.
Você é minha parceira, minha rainha, meu amor e eu sou eternamente irrevogavelmente seu. Joana estava chorando abertamente agora. Limpou as lágrimas e começou seus próprios votos. Fernando, quando te conheci, você era este homem intenso, assustador, impossível de ignorar. E aos poucos descobri camadas. Vi o homem ferido por baixo da armadura.
Vi a gentileza escondida atrás do controle. Vi um coração capaz de amar tão profundamente que assustava até você mesmo. Você não é perfeito, mas é perfeitamente meu. E eu prometo te amar em todos os seus momentos. Os intensos, os vulneráveis, os teimosos, os doces. Prometo te desafiar, te apoiar, te curar quando estiver ferido e te deixar me curar quando eu estiver.
Você disse que eu te salvei, mas a verdade é você me salvou. Também me mostrou que eu podia ser forte e vulnerável, independente e amada. Você me deu uma vida que eu nem sabia que queria, e eu prometo passar o resto dos meus dias te mostrando o quanto você significa para mim. Não havia um olho seco na cerimônia, as alianças. O juiz pediu. Ricardo as trouxe.
Simples bandas de ouro branco com suas iniciais gravadas dentro. Fernando Monteiro, você aceita Joana como sua esposa para amar e respeitar na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte o separe? Aceito? Ele disse firme, para sempre. Joana Ferreira, você aceita Fernando como seu marido para amar e respeitar na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, até que a morte o separe? Aceito ela disse, para sempre.
Então, pelo poder que me foi concedido, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. Fernando não precisou ser avisado duas vezes. Puxou Joana para um beijo que era promessa, celebração, amor puro. Os convidados aplaudiram, mas nenhum dos dois ouviu. Minha esposa Fernando murmurou contra seus lábios. Meu marido ela respondeu, testando as palavras perfeitas.
A festa foi alegre, mas curta. Ambos estavam ansiosos para ficarem sozinhos. Quando finalmente conseguiram escapar, Fernando pegou Joana no colo e a carregou até o quarto principal. O que você está fazendo? Ela riu. Tradição. Ele respondeu. Carregar a noiva pela porta. Suas costelas ainda estão se curando. Você pesa nada, ele disse, depositando-a gentilmente na cama.
E além disso, ele se ajoelhou entre suas pernas. Tenho planos para você que requerem força total. O calor imediato que percorreu Joana a fez corar. Ah, é? Ó, sim. Ele prometeu, suas mãos subindo pelas pernas dela por baixo do vestido. Vou te fazer amor a noite toda, senhora Monteiro. Vou te tocar em cada lugar, te beijar em cada centímetro. Vou te fazer gritar meu nome tantas vezes que amanhã você vai estar rouca.
Isso é uma promessa? Ela desafiou já fegante. É uma garantia. Ele corrigiu e então a beijou profundo e prometedor. Eles fizeram amor até o sol nascer. urgente no início, depois lento e exploratório, depois urgente novamente. E cada vez era uma reafirmação, uma celebração, uma promessa física do que haviam prometido verbalmente, quando finalmente deitaram exaustos e satisfeitos, entrelaçados tão intimamente que era impossível dizer onde um terminava e o outro começava, Joana traçou padrões preguiçosos no peito de Fernando. Ainda não acredito que você é meu marido”, ela confessou. “Melhor acreditar”, ele respondeu,
beijando seu cabelo. “Porque não está se livrando de mim nunca.” Obsessão: “Bra? Você ainda me faz sentir o que nunca senti antes.” Ela sussurrou, ecoando as palavras daquela primeira noite. “E nunca vou sentir com outro, porque não existe outro, só você”. Fernando a virou para poder vê-la, emoção crua em seus olhos.
Eu te amo tanto”, ele disse, voz rouca, “tanto que às vezes assusta. Mas agora, agora eu sei que posso confiar nisso, em nós sempre.” Ela prometeu. Eu sou sua, Fernando, completamente, irrevogavelmente sua. E você é meu para sempre. Para sempre. Ele concordou. E quando adormeceram finalmente, enquanto o sol de um novo dia pintava o céu de rosa e dourado, ambos sabiam que haviam encontrado algo raro, algo precioso, algo que valia cada batalha que haviam lutado, haviam encontrado seu para sempre. Epílogo, um ano depois.
A vida de Joana mudou de formas que ela nunca imaginou. Ela continuou trabalhando como enfermeira, mas agora dirigia o departamento médico da empresa de segurança de Fernando, treinando equipes em trauma e emergências. Célia estava em remissão, vivendo em uma casa confortável que Fernando comprou para ela, com cuidadores em tempo integral, mas independente o suficiente para ser feliz.
E Fernando, Fernando ainda era intenso, ainda era possessivo, ainda a olhava como se ela fosse a coisa mais preciosa no mundo, mas havia uma paz nele agora, uma felicidade que irradiava. Tem algo que eu preciso te contar. Joana disse uma manhã durante o café. Fernando ergueu os olhos do jornal, imediatamente alerta. Está tudo bem? Está.
Ela sorriu, pegando a mão dele e colocando sobre sua barriga ainda plana. Mais do que bem. Nós vamos ter um bebê. O rosto dele passou por mil emoções. Choque, medo, alegria, admiração. Um bebê, ele repetiu. A voz trêmula. Nós vamos ter um bebê em s meses. Ela confirmou. Fernando a puxou para um abraço tão apertado que ela mal conseguia respirar, mas não reclamou. Quando se separaram, havia lágrimas em seus olhos.
Eu vou ser pai”, ele disse maravilhado. “Joana, eu eu não sei como eu não tive exemplo. Você vai ser um pai maravilhoso.” Ela o interrompeu. “Porque você sabe exatamente o que não fazer e porque você ama tão profundamente. Nosso filho vai ser a criança mais amada, mais protegida, mais valorizada do mundo.
” “Protegida?”, ele repetiu e ela viu a preocupação crescer. “Joana, os perigos já desapareceram. Ela o lembrou. E mesmo que apareçam novos, vamos enfrentar juntos, como sempre. Juntos. Ele concordou. E então um sorriso lento espalhou-se por seu rosto. Vamos ter um bebê. Vamos ter um bebê. Ela riu. E então ele a pegou no colo, girando com ela. Os meses seguintes foram uma preparação frenética.
Fernando foi previsivelmente super protetor, contratou os melhores obstetras, leu todos os livros sobre gravidez, instalou sistemas de segurança no quarto do bebê que rivalizavam com cofres de banco. “Você está exagerando”, Joana disse quando viu as câmeras. “Nunca”, ele respondeu sério.
“Nada de ruim vai acontecer com você ou nosso bebê enquanto eu tiver poder para prevenir.” Mas havia também ternura. Ele conversava com a barriga dela todas as noites, contando ao bebê sobre como conheceu a mamãe. Cantava canções de ninardes afinadas, montava o berço pessoalmente, recusando ajuda.
E quando finalmente o dia chegou, três semanas adiantado, claro, porque até o bebê tinha a mesma impaciência do pai. Fernando estava lá segurando a mão de Joana através de cada contração, chorando abertamente quando ouviram o primeiro choro. É uma menina. A enfermeira anunciou colocando a bebê no peito de Joana, uma menina perfeita, com olhos escuros como o pai e cabelos castanhos como a mãe.
Helena, Joana sussurrou, olhando para Fernando. Se você concordar, em homenagem à sua governanta, que sempre foi tão gentil, Helena Ferreira Monteiro. Fernando disse, tocando delicadamente a bochecha da filha. É perfeito. Ele segurou a filha pela primeira vez e Joana viu algo quebrar e se reconstruir dentro dele. O homem que nunca soube o que era amor familiar, que foi abusado e abandonado, agora segurava sua própria filha com tal reverência, tal amor absoluto, que não havia olho seco no quarto.
Eu prometo, ele sussurrou para Helena, que você nunca vai sentir dor se eu puder prevenir. Que você nunca vai duvidar que é amada. Que você vai crescer sabendo que é preciosa, valorizada, capaz de qualquer coisa. Eu prometo ser o pai que eu nunca tive. E você vai ser? Joana prometeu tocando o rosto dele. Porque você já é.
Naquela noite de volta em casa com Helena, dormindo entre eles, Joana observou seu marido olhar para a filha com adoração absoluta. “Eu nunca imaginei que podia ser tão feliz”, ele confessou suavemente. “Você me deu tudo, Joana. Uma família, um lar, uma razão para ser melhor. Como eu te agradeço? Amando-nos.” Ela disse simplesmente, “Do jeito que você já faz. É tudo que eu sempre quis”. Fernando se inclinou e a beijou gentil e reverente.
Você ainda treme para mim, ele murmurou contra seus lábios, notando o arrepio. Porque você ainda me faz sentir o que nunca senti antes? Ela respondeu, ecoando as palavras que haviam se tornado sua promessa pessoal. E nunca vou sentir com outro. Você é meu para sempre. Para sempre. Ele concordou.
E enquanto deitavam ali sua pequena família de três, Joana pensou em toda a jornada da enfermeira nervosa que salvou um estranho baleado ao poderoso empresário que se tornou sua vida, das ameaças e perigos à segurança e paz, do medo e incerteza ao amor absoluto. havia sido uma montanha russa, havia sido assustador, havia sido intenso, mas valeu cada segundo porque os levou aqui, a este momento perfeito, a este amor que desafiou todas as probabilidades.
E Joana sabia com absoluta certeza que não importava o que o futuro trouxesse, eles enfrentariam juntos. Porque alguns amores eram destinados, escritos nas estrelas inevitáveis. E o dela com Fernando Monteiro era exatamente isso. Um amor obsessivo que se tornou verdadeiro, uma paixão proibida que se tornou eterna, uma conexão impossível que se tornou inquebável para sempre. M.
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